CAPÍTULO 149 - Inicio das operações da Automatique

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E vamos ao que interessa! O casal mais fofo do wattpad ainda se deparando com surpresinhas desagradáveis pelo caminho.

Bjs mil! E não deixem de comentar e curtir... Obrigada! ;-) Vivi

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**Cristiano**

Bom... Como regra, sempre sobra umas pontas soltas por aí. Ainda mais numa decisão a toque de caixa como foi a nossa, de voltar pro Brasil.

Confesso que nem eu nem a Camila, mesmo pensando juntos durante horas, fomos capazes de prever a surpresa que ainda me aguardava.

***

Na segunda semana de setembro, retornei de vez pro Brasil. 

E tava morrendo de saudades da minha esposa. Nunca havia passado tanto tempo longe. Nem nas duas vezes que rompemos o namoro.

Tiramos o atraso na cama de forma triunfal. Comi minha mulher do avesso, de tudo quanto era jeito, no desespero de um macho que reencontra a fêmea no cio, depois de meses longe da "toca".

Matadas as saudades, hora de botar a mão na massa.

Minha sorte é que não era a primeira vez que a Automatique expandia suas operações pra fora dos Estados Unidos. Por isso, eles tinham um plano no gabarito que, se eu seguisse na íntegra, a chance de fracasso era mínima.

***

Minha mulher continuava maluca com a faculdade. Outra vez, uma caralhada de aulas de equivalência pela manhã, das matérias que não faziam parte da grade curricular da faculdade de San Diego, mais as aulas normais à noite, do segundo semestre do terceiro ano da EIM.

Ela de um lado estudando feito louca e eu do outro trabalhando como gente grande e mal tínhamos tempo pra gente durante a semana.

Sorte que minha mãe havia conseguido trazer todo mundo que trabalhava em casa de volta. Don'Ana, Dona Cleusa, Seu Aldo, o Chico, os seguranças. Pelo menos com a casa, nem eu nem a Mila tinha que esquentar cabeça.

Mas, ao estilo Dona Valentina, se ela ajuda de um lado, tira do outro. Sempre foi assim. E a exigência da vez, era o tal do casamento no religioso e a festa suntuosa que ela tava enchendo o saco que queria de qualquer jeito.

Apesar de mal termos tempo pra respirar e de ser a quadragésima prioridade na nossa vida, duvido que eu conseguiria fazer dona Valentina desistir dessa encrenca.

Com relação aos amigos, assim como a casa, tudo voltava como era antes. Bem... Não com a mesma frequência... Já que a nossa rotina pirada não nos permitia varar a semana na farra, vendo o sol nascer todo o dia, como antes.

Mas, independentemente da falta de tempo e do cansaço, sempre arrumávamos tempo pros amigos. Baladas, na atual conjuntura, só sexta-feira ou sábado. Mesmo assim, era suficiente pra manter os brothers por perto e a turma unida outra vez.

***

Meu pai, pra minha surpresa, tava cada dia mais na dele. Controlado, sensato, só dando as caras quando eu demandava.

Vez ou outra me ligava pra saber como eu tava. Eu sempre arrumava um tempo pra falar com ele — pelo menos uma ou duas vezes por semana — e de almoçar junto mais ou menos a cada quinze dias.

Além de tranquilo, dr. Alberto tava irreconhecível de prestativo. Sempre perguntando se eu precisava de algo; se podia fazer alguma coisa por mim. Além do esforço de ser o pai que ele nunca foi pra mim, respeitando meu espaço, me tratando de igual pra igual. É inegável o dedo da dona Valentina no doutor Alberto Nunes versão dois ponto zero — "O pai do século".

E tenho que tirar o chapéu que meu velho é realmente bom no que faz. Qualquer problema mais cabuloso que me aparecia, eu ligava pra ele e ele matava na hora, sempre com um conselho simples, direto, sem firula.

E isso tava bem legal. Afinal, eu finalmente consegui a tão sonhada independência dele, ficando só com o melhor dos mundos. Um pai empresário, experiente, com quem eu podia me aconselhar toda vez que me achava numa encruzilhada.

***

Dessa minha nova vida, a única coisa estranha era a relação com a Automatique, depois que voltei pro Brasil.

À medida que o plano de implementação avançava e a operação por aqui tomava corpo, ao invés de satisfeito, eu tava a cada dia mais encafifado.

A disponibilidade de dinheiro nas contas abertas pela Automatique no Brasil era de se estranhar. Nunca vi tanta grana disponível pra uma nova operação que podia não dar certo. Afinal, qualquer negócio novo tem a possibilidade de falhar. 

Além disso, à exceção das reuniões mensais com o Jeff, em San Diego, ninguém jamais me cobrava nada. Muito menos me pedia qualquer satisfação. Eu podia sacar o dinheiro das contas e sumir no mapa, que os caras só iam descobrir no mês seguinte, quando eu não aparecesse na reunião presencial.

Aliás, as duas primeiras reuniões em San Diego, no início de outubro e de novembro, foram como tirar bala de criança. Ninguém questionou um A do que eu fiz. Muito menos, fez qualquer consideração adicional, mesmo quando expus problemas específicos do meu país, tais como a burocracia excessiva, que nos tomou dois meses só pra conseguirmos a autorização pra operar, entre outros pormenores.

Os diretores da Automatique pareciam ter plena confiança em mim, o que me deixava bolado.

Será que esse comportamento era cultural dos americanos ou tinha algo mais por trás dessa confiança cega no meu trabalho...?

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E o que acharam, hein?! Estranha essa história, né? 

Não deixem de dividir comigo suas opiniões. Obrigada! ;-)

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora