CAPÍTULO 2/Parte II - Cadê esse homem, Meu Pai?!

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E o beijo?! Será que sai hoje? Ou ainda não...? Descubram já já ;-)

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**Camila**

O Kiko tava sem carro em Avaré. Tinha viajado com os amigos.

— Quer ficar mais um pouco?! — ele sugeriu, meio ansioso ao mesmo tempo que tímido.

— Mas você disse que sem carro.

— Eu empresto o do Cabeça.

Pensei um pouco...

Te vejo amanhã.

Ele não conseguiu disfarçar a frustração com a minha recusa. Mas eu tava insegura. A gente tinha acabado de se conhecer aquela tarde.

— Promete?

— Prometo. — eu devolvi.

— Então, vamo combinar a hora e o lugar. Não quero ficar dependendo desse telefone que nunca funciona. — Só digo uma coisa... Que garoto determinado...

— Por mim, pode ser... Onde você sugere?

Ele puxou um papel todo amaçado do bolso com os horários e os locais dos jogos. Infelizmente, não havia mais jogo algum em que nossas faculdades fossem se enfrentar, naquele sábado.

— Bom... A gente podia se encontrar no ginásio, uma e meia. Às duas, tem uma partida de vôlei da minha "facu" contra a Prestes Maia. — ele propôs, referindo-se a outra faculdade que também participava da competição.

Hum... E da minha? Tem algum jogo no ginásio? — espiei o papel junto com ele.

— Não...

— Eu sem carro também, então, preciso falar com a Lu. As meninas são tão enroladas pra sair de casa... — e fui jogando meu problema no ar de mansinho, pro Kiko não desistir de mim.

De fato, perguntar pra Luiza onde estaríamos no dia seguinte, à uma e meia da tarde, era o mesmo que perguntar o princípio da física molecular. Ou seja, minha chance de receber uma resposta conclusiva era zero.

— Quer saber de uma coisa?! A hora que você chegar aqui na cidade, me liga que eu vou te encontrar onde for. Tudo bem assim? — ainda bem que ele percebeu a minha situação mais que complicada.

Mas eu ligar para ele??? Que vergonha...

bem... — não tinha outra alternativa mesmo.

— Fechado! E eu fico esperando, hein?!

— Pode deixar. — sorri pra ele, levando um beijinho o mais perto possível dos lábios, pra minha surpresa.

Será que ele quer ficar comigo...?? Ainda não dava pra ter certeza, mas pensar sobre essa possibilidade me empolgou como nada mais.

Quando eu caminhava pro carro...

— Kiko!!?

Ele virou pra trás com tudo.

— Sua blusa! — e me lembrei do óbvio.

— Fica com ela. — ele sugere, quando me aproximo dele. — Assim, a gente tem um motivo pra se ver de qualquer jeito amanhã.

Eu ri sem conseguir disfarçar os olhos brilhando, fazendo-o abrir um sorriso lindo, que nunca tinha visto na vida alguém dar pra mim.

— Combinado! Até amanhã. — e me despedi outra vez.

— Até, linda.

Noooooossa!!! Desmontei quando ele enfiou a mão por baixo do meu cabelo e puxou meu rosto pra me dar outro beijinho providencial a um milímetro da boca. Ainda me chamando de linda...

Se eu tinha alguma dúvida das intenções dele, acho que essa segunda despedida respondeu tudo.

Noite de sonhar com os anjos... E cupidos, por favor!!!

Fique literalmente nas nuvens com a possibilidade do algo mais com o Kiko...

***

Dia seguinte, fomos conseguir sair de casa era quase duas da tarde.

Ainda bem que não combinei nada com ele, senão o mocinho ia tar plantado na porta do ginásio, emputecido da vida, se já não tivesse desistido de mim.

Pra piorar minha situação, as meninas tinham fome.

E lá fomos, direto pro restaurante à quilo que descobrimos na cidade.

Quando entramos na zona urbana e o sinal do celular retornou aos níveis minimamente aceitáveis, eu, mais que depressa, disquei o número dele.

Pra minha frustração, direto na caixa postal. Ai que saco!!!

Pensei em deixar recado, mas fiquei com vergonha.

As meninas, ao contrário de mim, almoçaram sem pressa.

Enquanto isso, fiz mais três tentativas — uma do meu aparelho e as outras duas do celular da Carol.

Do meu, de novo, direto na caixa postal.

Já do da Carol... Chegou a tocar. Mas terminou na caixa de mensagens.

Até passou pela cabeça que ele talvez não quisesse atender, mas ele tinha sido tão explícito ontem à noite.

Não é possível que vai me ignorar depois das indiretas mais que "diretas"...

Nossa faculdade, a EIM, disputaria a final de algumas modalidades da natação. A Amanda adora esse esporte e acabou convencendo as meninas a irem direto pro clube.

Por mim, teria ido ao ginásio atrás dele, mas fui voto vencido.

Já no clube, fiz mais três tentativas de ligar pra ele.

Sem sucesso...

Cheguei a dar uma volta pra procurá-lo, mas, infelizmente, nenhum vestígio do meu gatinho por ali.

E nem acredito que já tava chamando o Kiko desse jeito.

Quem dera, ele fosse o meu gatinho mesmo...

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora