Tem muita culpa, mágoa, medo, receio, insegurança, risco (para os dois), mas não deixa de ser deles e pra eles em momento algum.
Espero que gostem e, por favor, não esqueçam de dividir comigo suas opiniões e anseios.
Bjs mil e mais uma vez obrigada por estarem comigo até aqui... ;-)
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**Cristiano**
Enquanto o elevador não chegava, fui obrigado a escutar os gritos de dor dela. Minha linda chorava de soluçar. Mas eu não podia ajudá-la. Nem voltar atrás. Era a vontade dela. Ela pediu por isso.
Caralho! Mas a culpa é minha! Minha e do filha-da-puta do meu pai! Toda merda que deu com a gente, o culpado sempre fui eu. E sou eu quem devia, pelo menos, tentar consertar a cagada.
Voltei pro ap. O rosto dela inundado. Sentei no sofá com ela no colo, nua como a deixei.
— Eu não consigo ficar longe, mas não posso voltar pra você, gatinho.
— Eu sei, linda. Vamo levando desse jeito esquizofrênico até achar a solução.
Ela ainda conseguiu rir.
— Topa um casamento esquizofrênico?
— Casamento não... Um rolo esquizofrênico.
— Nada feito!
— Não me pressiona que você não tá em posição de pedir nada...
— Eu sei. Mas me pede tudo menos isso.
— Você é um caso perdido, Cristiano.
— E você é o fim da linha pra mim, Camila. Ou é você ou o abismo.
— Isso é responsabilidade demais pra jogar nas minhas costas, sabia? — ria e chorava ao mesmo tempo.
— Eu sei. Mas é a verdade.
Ela afundou o nariz no meu pescoço.
***
Quando já tava mais calma...
— Deixa eu por isso em você? — tirei o anel de casamento do bolso, que andava comigo por onde fosse, e ajeitei no dedo de onde nunca deveria ter saído.
Desceu uma lágrima pelo canto do olho dela, que peguei com a língua antes de escorrer pela bochecha.
— Por que fez isso? — acho que ela não esperava pela lambida.
— Não quero te ver chorando mais.
— Nem de alegria?
— Não.
— Para com isso, vai... Aliança no dedo sempre foi meu ponto fraco.
Eu devolvi um meio-sorriso pela confissão.
— Topa ser minha esposa, Mila?
— De novo?
— De novo...
— Posso pensar?
— Pode. Só não tira mais isso. — e beijei o anel. Era a minha vida nas mãos dela outra vez. — Promete pra mim?
— Você não tá merecendo promessa alguma minha. Já que não compre nenhuma das suas...
— Concordo, linda. Mas nem sempre é por vontade própria.
— Eu comendo na sua mão e você na do seu pai. Quando isso vai ter fim, hein?
Apesar de não concordar, tava difícil de contradizer...
— Eu como mais na sua que na dele, Camila... Pode ter certeza.
— Vou fingir que acredito.
Calei a minha boca. Esse é "o assunto" pra fazer a gente brigar. Tenho que conseguir deixar dr. Alberto pelo menos um segundo longe da nossa vida.
***
Fiquei com ela até ter certeza que ela tava tranquila.
— Vou te colocar na cama, depois vou embora.
Ela não reagiu. Só me encarava, sorrindo.
— Mas amanhã eu tô de volta...
Nada... Só sustentava o sorriso.
— Você vai abrir a porta pra mim?
— Hum... Deixa eu pensar? — no segundo que virou os olhos, ataquei minha esposa sem dar brecha.
Carreguei no colo até a cama e enterrei meu pau nela pra gastar mais um tanto da vontade que chegava a causar delírio, da falta que fazia. Que ela me fazia...
E assim, o caminho pra gente foi reaberto de vez...
Eu prometi pra mim que nada ia dar errado.
Custe o que custar, eu vou cumprir minha palavra de tocar a vida, com ela do meu lado.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...