CAPÍTULO 161 - Visita ao ap. em reforma

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Retornando ao velho-novo lar... ;-)

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**Camila**

Com a cirurgia do Cristiano e o difícil período de recuperação, meus planos de arrumar um estágio foram pro espaço. Pelo menos por hora.

O fato de me envolver com a organização da nossa festa de casamento e a reforma do ap. fez eu me sentir menos inútil, acalmando parte dessa angústia. Afinal, eu já cursava o quarto e penúltimo ano da faculdade. A maioria dos meus amigos estagiava a pleno vapor, o que me fazia sentir ainda pior.

Dona Valentina me delegou várias tarefas. Era sempre algo que eu pudesse fazer de casa, pra não sair de perto do Kiko.

Vez ou outra, dona Lúcia dava um pulo até São Paulo pra participar das decisões mais importantes da festa. Afinal, mãe da noiva tem que fazer parte, né?

Foi difícil no começo explicar pra ela porque o casório seria em São Paulo, não em São José... Porque minha sogra assumiu a dianteira da festa... Porque ela e meu pai não precisariam ajudar com as despesas... etc, etc...

Dona Lúcia se aborreceu muito no início, mas... logo entendeu e aceitou de boa o papel de mãe da noiva, dando seus palpites a torto e a direito.

A escala dos valores investidos em cada detalhe era algo impensável pra nós, seres humanos normais. Até eu custei a me acostumar com a quantidade de zeros que dona Valentina preenchia em cada cheque que soltava na praça.

Minha mãe passou pela mesma fase de adaptação. Mas, no fim, era nítido que a intenção da minha sogra era proporcionar um casamento memorável a seu único filho.

Afinal, estamos falando de dona Valentina... A ricaça que melhor sabe dar uma festa em São Paulo...

Minha participação nas decisões sobre os detalhes do casamento e da reforma no ap. acabou nem sendo tão irrisória quanto eu imaginava. Mas... A intenção da minha sogra era nos fazer surpresas. Por isso, eu e meu marido só podíamos visitar o ap. até um mês antes da reforma terminar. E a festa, como seria ali, na casa dela mesmo, já que minha ultra-exigente sogra odiou todos os salões de São Paulo que avaliamos, não haveria problemas em nos fazer a tão esperada surpresa.

***

Dois meses depois da cirurgia, eu fui com o Kiko até o nosso lar.

Tava muito ansiosa. Ele também!

O Kiko ainda usava as muletas. O médico avisou que ele melhoraria bastante. Mas, provavelmente, nunca deixaria de mancar, pelo menos um pouco.

Assim que entramos no ap., tava tudo uma bagunça. Aquele aspecto de construção. Tapumes, pisos, poeira pra todo lado... Mas já dava pra ter uma ideia de como ia ficar...

E não é que tava um absurdo de lindo?!

Nem sei como seria possível o ap. ficar ainda mais incrível que já era. Mas minha sogra tava conseguindo.

Uma coisa só eu estranhei. Conforme explorávamos os ambientes, telas surgiam por todos os lados, numa quantidade impressionante. Portas, janelas, tudo antes livre, agora tinham telas. E não eram aquelas de mosquito, não. Eram reforçadas. Bem parrudas mesmo...

Mais três ambientes daquele jeito e eu não me segurei mais...

— Sua mãe vai montar um zoológico aqui, Cristiano...

Ele riu solto, antes de conseguir responder.

— Nada disso, linda. Ela só te deixando a casa preparada pro bando de neto que a gente vai arrumar pra ela.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora