(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...

CAPÍTULO 152 - Camila X dr. Alberto

Novos capítulos no ar! Mas os problemas... Bem... Talvez não sejam tão novos assim.

Só que tem novidade também! Surge uma Camila corajosa na área (oi?!). É isso mesmo... E vejam aqui logo abaixo o porquê...

bjs

..........................................................

**Camila**

— Se preferir, pode me chamar de Beto, Camila.

— Tá bem... Seu Beto. — já respirava curto, os olhos paralisados nele.

— Podemos conversar alguns minutos? — sua voz grave de monstro ecoava pela varanda, cortada somente pelo barulho das ondas que quebravam na praia, a alguns metros da gente.

— Claro... — meu estômago centrifugava o café-da-manhã, que já revirava dentro de mim.

Sem alternativa, retomei meu lugar à mesa.

— Está tudo bem com você, Camila?

— Sim. — dei de ombros, só querendo entender pra onde essa conversa inesperada iria.

Nem atinei o quanto eu tava encolhida na cadeira, acuada. É um fato que ele me faz sentir muito mal.

— Adaptou-se bem no retorno ao Brasil?

— Foi tudo bem, doutor... Desculpa. Seu Beto.

Ele riu sutil. Não falso nem forçado. Só sutil.

— Não pretendo tomar muito do seu tempo. Eu só pedi para que ficasse um pouco mais, pois gostaria de ter uma conversa a sós com a senhorita, se não se importar.

Arregalei os olhos pra ele, desprovida de qualquer outra reação.

— Claro... — e foi tudo o que meu cérebro conjurou.

— Primeiramente, obrigado por aceitar o convite de vir passar o ano novo conosco.

— Imagina... — abanei a cabeça, frenética, nem sabendo o que mais dizer.

— É muito bom ter a sua companhia e a do meu filho, durante as festas de fim de ano.

Onde esse papo de louco vai dar...? Confesso que temo pela resposta.

— Eu gostaria de aproveitar a ocasião também para me desculpar pela nossa falta de proximidade e pelo pouco contato que tivemos, desde que você e Cristiano começaram a se relacionar. — deu um gole mínimo no suco de laranja. — Eu não costumava ser um sogro muito presente. Em realidade, nem um pai muito próximo para o meu filho, mas estou procurando melhorar essa questão.

Estiquei os lábios, roxa feito batata. O que será que ele espera que eu diga? Que concorde? Ou negue...? Ou emita algum conselho...? Tô completamente perdida aqui...

— Nós nem tivemos a oportunidade de nos conhecermos apropriadamente, quando houve a questão do sequestro, que certamente te deixou uma má impressão em relação a mim. — os olhos hipnóticos pareciam me escanear feito um laser. — E não estou insinuando que você esteja errada, Camila. Sei que você tem as suas razões, mas gostaria que você ouvisse e procurasse entender as minhas...

Sério... Não creio que esse homem tá tentando se passar pelo sogro exemplar, justificando o injustificável.

Ele começou a soltar sua ladainha pra cima de mim. A maldita história que eu já conhecia de trás pra frente. Lógico, com todo e qualquer viés e parcialidade que favorecesse a imagem de "o melhor e mais benemérito sogro do mundo".