(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...

CAPÍTULO 95 - Sequestro

Como tudo que é bom dura pouco... Olha só o que aconteceu à Camila um dia depois de dar entrada nos papéis do casamento com o seu gatinho...

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**Camila**

Terminei a prova de contabilidade e deixei a sala de aula por volta das dez da noite. O estacionamento onde eu paro o carro fica fora do prédio da EIM.

Caminhava sossegada pela calçada, quando, do nada um carro pára do meu lado e dele pula um homem mal encarado. Nem tive tempo de reagir. O homem voou pra cima de mim, me jogou dentro do carro, enquanto o outro homem, no volante, arrancou em disparada.

O carro era um opala antigo, mas até que conservado. Vidro fumê bem escuro. E corria um absurdo.

Eu gritava, esperneava, me descabelava. Pra ninguém.

O que tava no banco de trás comigo, logo me manda calar a boca. Ignoro.

— Onde eu tô? Fala pra mim, por favor!!! — implorava.

— Cala essa boca, mulher!!! — o da direção agora era quem berrava.

— Me diz o que tá acontecendo pelo menos.

— E preciso explicar?

Calei-me. É lógico que não... Meu marido sendo quem é, mais do que evidente, um sequestro em troca de dinheiro. Muito dinheiro. Se não fizerem coisa pior comigo...

Ai Meu Deus! Por que eu fui peitar o Kiko quando ele tentou colocar os seguranças atrás de mim...? Camila teimosa! Burra! Caí num choro angustiado. Intenso. De soluçar.

— Seda ela, Mourão.

— Não!!! Por favor, não! Eu me acalmo. Desculpa... Eu tô muito nervosa só.

— Tudo bem, dona... — e vi o sorriso esganado e nojento do motorista pelo espelho retrovisor. — Passa o lenço na boca dela e coloca o capuz.

— Não precisa! — imploro outra vez. — Eu fico quieta.

— Por precaução, dona.

E lá fui eu, ser amordaçada e sufocada debaixo de um saco preto de pano que cobria a cabeça. Amarraram meus punhos também por uma corda que esfolava a pele.

Andamos cerca de meia hora, uma hora talvez... Pra onde, nem ideia.

Depois disso, o carro finalmente parou. Desci com a ajuda de um deles e fui sendo conduzida, ainda com o rosto coberto. Os pés pisavam fofo. Parece que eu caminhava sobre grama.

Inevitável lembrar das semelhanças entre esse pesadelo e a surpresa que meu gatinho tinha preparado no dia anterior, quando fomos ao cartório dar entrada nos papéis do casamento.

Ele cobriu meus olhos com a gravata, até o cartório. Chegando, me conduziu, segurando no meu braço até a frente do balcão. Bola e Cabeça juntos, rindo sem parar. Eu lembro das risadas em volta de mim... Tão alegre. Eles tentavam disfarçar e não conseguiam...

O que foi um dos melhores momentos da minha vida ontem, hoje, seria um trauma difícil de ser apagado.

Chorei, angustiada, por baixo do capuz. Tudo de novo. Ainda tentei não fazer barulho, mas era impossível.

— Cuidado o degrau. — o que me conduzia, alerta, ignorando minha descompensada.

Subi o degrau tateando com o pé e parece que entrei num lugar fechado. Dei dois passos e escutei barulho de porta batendo atrás de mim. Era um lugar fechado... Dei mais alguns passos e uma segunda porta foi fechada também.

Quando removeram meu capuz, me vi dentro de um quartinho escuro e claustrofóbico. Sem janelas, só havia uma cama no canto, um filtro de água, pacote de bolachas, chocolates entre outras tranqueiras.

— Se o seu namorado cooperar direitinho, você sai logo daqui, dona. — o motorista me avisa. — Tem banheiro, sabonete, comida nesse canto. Agora é só esperar... Alguma dúvida?

— Vocês tem o telefone dele?

— Acha que a gente é moleque, dona?! — e escancara o mesmo sorriso indigesto pra mim.

— Já fizeram contato?

— Logo você vai saber... — saiu primeiro o motorista, depois o outro, que trancou o quartinho por fora.

Só me passava pela cabeça o Kiko desesperado, procurando por mim, tentando entender o que aconteceu. Deus queira que esses desgraçados cumpram o que prometeram e liguem logo pra ele...

Chorei noite a dentro, sem conseguir dormir, inconsolável. Impotente...

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Não deixem de me dizer o que estão achando da história... Curtir, comentar... Isso é muito importante pra mim! Obg *-*