CAPÍTULO 48 - Chorar no ombro da amiga

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Mais alguns momentos de perrengue... E já antecipo que está por pouco pra acabar...

Mas... ainda com fortes emoções antes que as coisas se resolvam... De um jeito ou de outro...

Curtam, comentem, digam pra mim o que estão achando, sentindo, pensando... 

E obrigada mais uma vez por estarem comigo! ;-)

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**Camila**

— Minha amiga, como você ?

— Horrível, Lu. Nunca me senti tão mal...

— Vem, que eu vou te ajudar a arrumar suas coisas. A gente vai pra minha casa.

— Não precisa, Lu.

— Nunca que eu vou te largar aqui desse jeito, Camis!

Coloquei meia-dúzia de peças de roupa na mochila e fomos direto pra casa dela.

A Lu mora só com a mãe, já que os pais são divorciados, num ap. super-confortável. Seu irmão mais velho estuda nos EUA e a mãe passa praticamente o dia ausente, pois trabalha fora.

***

— Lu... Acho que não vou na aula. Tudo bem por você?

— Claro, Camis. Fica aqui em casa. Eu vou ligar pra minha mãe avisando que você por aqui.

Ela ainda ficou comigo na sala, conversando. E não demorou nada pra que o telefone dela começasse a tocar.

— Conhece esse número? — e me mostrou a tela.

— É ele, Lu!!! Não atende!!! Por favor!

— Claro que não.

Ainda bem que podia contar com ela...

Minha amiga foi pra aula. Dona Helena voltou do trabalho era umas oito da noite. Eu a ajudei a preparar o jantar. Comemos, conversamos um tanto... Confesso que eu não era a companhia mais agradável naquele momento, mas acho que a Lu contou pra mãe o que tinha acontecido e, no fim, dona Helena acabou me fazendo uma ótima companhia, falando de assuntos diversos, sempre procurando me animar.

***

Assim que saí do banho, dei de cara com a minha amiga acabando de chegar da Escola.

— Eu falei com o Kiko, Camis.

— Como assim??! Que horas???!!

— Depois da quadragésima ligação, eu vi que ele não ia desistir. Aí, eu atendi e contei pra ele o que aconteceu no banco. Na real, ele até já sabia. Um tal de Michael tinha ligado pra ele quando você foi embora.

— Você disse que eu tava aqui??!

— Não na hora, mas depois ele começou a me ligar tudo de novo. Quando a aula acabou, eu retornei a ligação e, de verdade, amiga, não tive mais como esconder.

— Como não, Lu????!!! Eu não acredito que fez isso comigo!

— Camila! Ele me ameaçou!!!

— Como assim??! — e me assustei ainda mais.

Quem era esse pessoa que passei seis meses da minha vida...? A cada hora eu sabia menos a resposta...

— Disse que, se eu não contasse, ele ia colocar a polícia atrás de você e falar pros seus pais que você tinha desaparecido.

— Não...!!

— Pois é... Aí não tive escolha.

— Nem me fala isso, Lu.

— Camis... Ele desesperado pra falar com você. Quer conversa e...

— Eu não vou falar com ele, Luiza!!! — dei um grito estridente, que assustou a minha amiga. — Desculpa... Eu muito nervosa. — recuei, recebendo um abraço de irmã dela.

— Eu sei, Camis.

— Me ajuda a manter aquele desalmado longe de mim.

— É claro que ajudo. Mas acho que não vou conseguir muito...

— Por quê?

— Ele aqui na porta do prédio, Camis. Disse que não vai embora enquanto não falar com você.

— O quê?! — e novamente fui pega por aquela notícia inimaginável.

— Eu cheguei da aula, Seu Mário me interfonou na garagem, dizendo que tinha um rapaz querendo falar comigo.

— E você foi????!!!

— Não tive escolha...

— Não acredito, Lu.

— Eu saí lá pra falar com ele. Ele me implorou pra deixá-lo subir. Mas eu avisei que não era um bom dia, que você não tava bem...

— E ele???

— Disse que ia esperar você decidir, não importava a hora. Que ele ia te esperar...

— Lu... de verdade... Eu não acredito...

— Eu expliquei pro Seu Mário a situação por cima e pedi que ele não interfonasse aqui, mesmo se o "rapaz" implorasse, oferecesse dinheiro ou sei lá.

— Ele deve ter ido embora. — eu especulei, mas não sabia mais o que pensar.

— Pera um pouco. — a Luiza saiu do quarto, retornando segundos depois.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora