CAPÍTULO 136 - Baile de formatura

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E esse baile tá uma delícia! Kiko e Cabeça se formando... A galera toda junta novamente... Camila realizando um sonho da super-power-sogra Dona Valentina...  Aproveitem... ;-)

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**Camila**

Chegamos no clube, onde seria o baile de formatura da JK, umas onze e meia.

Raul arrumou a mim, minha sogra e minha mãe em casa, deixando nós três deslumbrantes pra grande noite.

Entramos no salão da festa e o lugar tava incrível. Muitas flores, lamparinas, potes e vasos de vidro com velas espalhados por tudo quanto é canto... A mesa impecavelmente arrumada pro jantar. A decoração era predominantemente branca, com detalhes em azul, a cor da profissão de Administração. 

Meu marido tava animado também, feliz, mas, conforme prometido, bem comportado, maneirando na bebida.

Lógico que, pra arrancar essa promessa, tive que imperar ameaças. Afinal, não tava nem um pouco a fim de passar a metade dos perrengues que passei no "bota-fora". Além das nossas famílias, inclusive meus irmãos, tarem presentes ali.

Caso ele saísse dos trilhos, eu jurei que passaria o resto do mês dormindo no quarto do lado, de porta trancada, além de ficar duas semanas em São José sem ele, nas férias de janeiro. O que não seria uma má ideia, mas completamente fora de cogitação pra ele, que não se imaginava passando uma noite longe de mim, segundo ele mesmo me confessou.

Lógico que o Cristiano Nunes não aceitou de boa minhas retaliações. Passou uns três dias reclamando, revoltado, mas resolveu não pagar pra ver.

No baile, dava até gosto de ver o cidadão, comportado, bem bonitinho, bebendo socialmente. 

Todos os amigos dele foram. Mesmo os que não estudavam na JK. Apesar de cada aluno ter direito a dez convites, o Kiko comprou outros dez. Assim como fez o Cabeça pra não deixar ninguém de fora.

Aliás... A mesa do Cabeça era do lado da nossa, o que nos permitiu juntar tudo, criando a própria festa dentro da festa. Só pra variar... 

Minhas amigas também foram, a convite do meu marido, e se uniram à gente na mega-mesa, deixando a balada ainda mais animada.

A festa foi mágica... Incrível... Divertida... Apesar do clima estranho entre eu e meu sogro.

Foi nosso "primeiro" encontro depois do sequestro. Mas não chegou a ser tão difícil quanto eu pensava. Estávamos no meio de dezenas de pessoas queridas, além da minha sogra que fazia de tudo e mais um pouco pra me agradar, visivelmente tentando fechar a distância que eu mantinha do dr. Alberto e dela, por tabela.

O nível alcoólico da galera dessa vez tava no limite ideal. Perfeito pra se divertir, mas bem longe de sair do controle.

Tudo que eu podia esperar...

Perto da meia-noite, a banda parou de tocar, o orador assumiu o palco e convocou os formandos pra valsa.

Vamo, gatinho! Desse jeito a gente vai perder! — comecei a por pilha no Cristiano, porque ele simplesmente não se moveu.

Ele parou os olhos em mim, esquisito. Sem reagir.

— Você não vai me convidar pra dançar a sua valsa?! — indignada, já tava colocando meu marido contra a parede.

O olhar ainda estacionado em mim, ele não emitia um "A" sequer...

Vamo, Kiko! — desistindo de esperar, saí arrastando meu marido pela mão até o meio do salão.

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora