CAPÍTULO 151 - Fim de ano

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E agora é a vez da Camila ficar numa encruzilhada... Vejam só o porquê. ;-)

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**Camila**

O segundo semestre foi uma correria tão absurda que eu pisquei o olho e o Natal já tava aí.

Dona Valentina, num esforço de retomar os planos frustrados do ano passado, graças às presepadas do meu sogro, convidou minha família pra passarmos juntos a noite de Natal na casa dela.

Os pais da dona Valentina tavam lá também, além de um dos irmãos dela com a família e a mãe do dr. Alberto que, apesar de viver na França, veio especialmente pra passar o Natal com o filho e o único neto, já que o avô paterno do meu gatinho é falecido há muito tempo.

Nosso (até que enfim!) primeiro Natal juntos foi uma alegria.

Bom... A festa teoricamente "íntima" providenciada pela minha sogra, pros familiares mais dois casais de amigos, tava qualquer coisa de esplêndida. Com direito a garçons, copeiras, chef de cozinha e uma decoração mais bonita que a de shopping center chique, que ela contratou de uma agência especializada em decorar casas de grã-finos nessas ocasiões especiais.

Minha família nunca tinha ido a casa dos meus sogros e, sem novidades, se puseram deslumbrados. Mas não fizeram feio, não. Pelo contrário, se enturmaram superbem. Até os meninos tiraram nota dez em comportamento, o que por si só foi motivo de celebração, já que sempre deixam sua marca registrada com uma aprontada memorável.

O almoço de Natal, dia seguinte, foi em casa, em São José, na farofa familiar de sempre.

***

Dia vinte e seis de dezembro, fomos direto pra Paraty, passar o ano novo na "singela casinha de praia dos todo-poderosos Nunes".

Nunca vi nada igual. É sério... Nem em revista. A mansão fica à beira da praia, dentro de um condomínio fechado que, prioritariamente, se acessa de helicóptero. Por acaso, o nosso meio de transporte pra chegar até lá.

Enquanto a gente tomava sol, estirado numa das espreguiçadeiras à beira do mar...

— Essa é a nossa cabana de praia? — lógico que eu não iria deixar passar em branco, depois do que meu marido me aprontou no inicio do namoro.

— Como?

— A que a gente ia viver, se tudo desse errado... Lembra?

Ele riu.

— Tá de bom tamanho pro meu anjinho?

—Seu danado!!! — acertei um tapa nele, em cheio. Fazia tempo que não enchia a mão com tanto gosto.

Ele se encolheu todo, dando risada. Nem reagia mais aos meus surtos psicóticos.

Ai que raiva só de lembrar dos perrengues que esse cidadão-sem-noção me fez passar, enquanto brincava de ser meu sapo-com-potencial!!!

***

Dia trinta de dezembro, véspera da véspera do ano novo, acordei, Cristiano não tava mais na cama.

Desci acelerada pra ver se ainda pegava o café da manhã com alguma companhia. Pra minha sorte, meu marido e os pais saboreavam o final do café na mesa da varanda com uma vista magnífica do mar esverdeado de Paraty, posta como num hotel de luxo, de tanta coisa que tinha pra comer.

Sentei ao lado do Kiko, não antes de distribuir "bom dia".

Meu sogro abaixou o jornal que parecia devorar pra me emitir um daqueles sorrisos dúbios e desejar um bom dia gentil. Minha sogra e meu marido me receberam com beijinhos na bochecha, como de hábito.

Enquanto eu devorava meu café, dona Valentina e meu marido saíram da mesa discretamente, me deixando pra trás com dr. Alberto.

Por mais que eu tenha implorado e feito o Cristiano jurar mil vezes que isso não ia acontecer, lá estava a nora tonta e o sogro vilão frente à frente e sozinhos.

Assim que me dei conta da cilada, engoli o pedaço do pão sem mastigar; bebi meia xícara de café de um gole só, até queimar a língua, e corri levantar pra evaporar dali.

— Camila? — dei um pulo, quase perdendo o equilíbrio ao escutar meu nome sendo pronunciado.

— Pois não, dr. Alberto? — ai-Meu-Pai... O que esse devorador de fígados quer comigo?

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E aí? Alguém tem um palpite do que esse dr. Alberto quer com a nora? Digam-me o que acham... E não deixem de votar na história se tiverem curtindo, por favorzinho :-) Obrigada! bjs

(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...Onde histórias criam vida. Descubra agora