E hoje descobriremos se Camila e Cristiano Nunes foram embora do Brasil ou se amaleraram (outra vez...) :-/
Simbora!
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**Cristiano**
Por via das dúvidas, não interrompi os planos, mesmo com minha esposa murchando cada vez mais. Dia após o outro.
Mantivemos as despedidas dos amigos. Rolou festa em casa, barzinho, baladas... Enfim... O pacote completo. Afinal, se tudo correr conforme os planos, a chance da gente não mais voltar pro Brasil é enorme.
No escritório, a cinco dias da viagem, assim que pisei na minha sala, a secretária dele me interfonou. Eu tava passando as últimas duas semanas que antecediam à viagem, na Performer, pra fazer a passagem de bastão com o cara que ia ficar com a maior parte das minhas atribuições.
— Diz aí, dr. Alberto...
— Bom dia, filho. Tudo bem...?
Tarde demais pra sentimentalismo...
— Sente-se aqui. — e apontou a cadeira, ignorando minha podada.
— Pode dizer...
— A Samara foi embora ontem.
— Pra onde?
— Londres.
— Como?
— Não importa. O que você precisa saber é que ela não poderá mais retornar ao Brasil, já que é considerada foragida da justiça, por conta do processo sobre o sequestro não ter sido julgado.
— E...?
— Acho importante frisar que você e a Camila estão livres dela. Enquanto estiverem aqui no Brasil, é claro.
Dei de ombros.
— Já em outro lugar...
— Só pra eu entender... Isso é uma ameaça, dr. Alberto? — ele não tem mais a que apelar...
— Isso é um alerta. — na cara lavada de sempre. — Aqui, vocês estão protegidos.
— E com a vida feita... — eu mesmo era capaz de completar a frase.
— Fora daqui, não conte comigo para nada.
Enchi os pulmões de ar com força. Prendi a respiração por segundos, sentindo a pele queimar de dentro pra fora.
Não vai ter fim... A frase piscava feito um letreiro na minha cara.
Nunca vai ter fim... Eu não precisava de qualquer outro sinal pra chegar a conclusão.
— Sabe que eu tava quase desistindo da mudança, pai...? Nada a ver com você. Mas, por causa da Camila. Ela não tá encarando isso numa boa.
Ele continuava com os olhos vazios fixos em mim.
— Mas acabo de tomar a decisão. — levantei da cadeira, rumo à porta.
A única reação dele foi fechar os olhos e esmagar os dedos dentro da mão.
— Sábado eu almoço com você e minha mãe antes da gente pegar o vôo.
***
Era quarta-feira. Mais três dias no Brasil. E, se tudo corresse conforme planejado, os últimos três vivendo no país em que nasci.
Tava apreensivo. Inevitável. Mas muito além de decidido.
Cheguei em casa mais cedo. Não tinha muito mais que fazer na Performer, já que o Gustavo, meu substituto, tinha assumido minhas funções e caminhava bem, sozinho.
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(COMPLETO) Meu mundo é dela! - A história da Mila e do Kiko...
RomanceEm meio a um ginásio lotado e duas torcidas adversárias em guerra, surge uma visão inebriante atrás do gol. Algo inexplicável, que mexe com todos os sentidos... Impossível de definir ou... descrever. Sem pensar duas vezes, Cristiano abandona os co...