CÓPIA E PLÁGIO É CRIME!!!
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS!
Uma garota com tendências suicidas
cruza o caminho de um
Assassino em série.
Oque pode dar errado?
TUDO.
Rafael foi diágnosticado com psicopatia aos treze anos de idade,
e entendeu o motiv...
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O silêncio do quarto parecia denso, como se todo o hospital estivesse retido a respiração. Eu estava ali, ao lado de Claire, sentindo sua mão fria na minha, e de olho em cada batimento de seu coração ali naquele monitor, que começava a se tornar mais firme. Nada mais importava, eu não conseguia desviar os olhos dela, minha mente estava cheia de preocupações, dor, medo... Medo de perdê-la, de nunca mais ouvir sua voz doce e seu sorriso amável e angelical... E aquilo só me fazia sofrer ainda mais. Até que a dor mental começou a doer de verdade no meu peito, me trazendo a maldita da ansiedade. Droga... Eu não posso perdê-la, não posso. Não posso, de jeito nenhum. Ela, ela é... Tudo... Tudo pra mim. Ela é meu anjo, minha luz... Lágrimas inevitáveis começaram a correr, sem que eu pudesse evitá-las. Mas, de repente, o ar se moveu de forma diferente ali naquele quarto frio e silencioso. Claire se mexeu. Primeiro, foi uma leve respiração, seguida de um suspiro baixo. Eu congelei por um momento, tentando processar o que estava acontecendo. O monitor começou a emitir sons mais constantes, E então o que eu mais queria naquele momento, meu maior desejo, minha maior ansia, aconteceu. Claire... Ela abriu os olhos lentamente. Eles estavam fracos, como se ela estivesse lutando para se adaptar à luz, e o primeiro olhar que ela me deu foi um misto de confusão e dor. A princípio, ela parecia desorientada, como se não soubesse onde estava. Ou como se soubesse, mas odiasse. Eu não soube distinguir, seu olhar era frio, sem cor, mas me deixava maluco como se eu estivesse olhando o mais fundo de um espiral. - M-Meu Deus... C-claire?? Meu anjo?? V-Você... Voltou pra mim??? Minha voz saiu rouca, cheia de emoção. Eu queria tocá-la, queria abraçá-la, mas fiquei paralisado, com medo de que qualquer movimento abrupto a afastasse. Então me contive, e só pude observá-la enquanto ela voltava pra mim. Aos poucos, tentando se mover devagar, mas logo o desconforto da luz clara e forte a fez se acomodar de volta na cama, fechando os olhos novamente. Observei no monitor, Os batimentos dela ainda estavam fracos, mas com o tempo, começaram a se estabilizar, e eu percebi que ela estava realmente de volta, em algum nível. Em qualquer nível, nem que fosse no mais baixo, que se dane, oque importava era que ela estava... Viva. Ela havia sobrevivido a mais uma tentativa de suicídio. De novo. Mas ela estava aqui... E que se dane o resto. - E-Ethan…? Ela sussurrou meu nome, e suas palavras sussurradas em uma voz baixa e falhada, caíram sobre mim como uma bênção. Um sorriso se formou em meu rosto, parecia até que eu havia ganhado na loteria, mas logo percebi que havia algo diferente no seu olhar. Algo sombrio. Algo além. Algo que eu não entendia. Aquele espiral profundo que me torcia todo antes de eu sequer começar a desvendá-lo. -C-Claire, você… você voltou para mim!! Eu sabia que você voltaria!!! M-meu anjo... Minhas palavras saíram entrecortadas, emocionadas. Embargadas em um choro de alegria e excitação, e logo sem me controlar, eu a segurei com mais força, como se temesse que ela fosse desaparecer novamente, como se o simples fato de tocá-la fosse a prova de que ela ainda estava aqui. Viva. Mas o olhar dela… ainda estava distante. Ainda estava girando e girando... Escuro e sombrio. Havia uma tristeza profunda, algo que me fez apertar os lábios, inquieto. Algo que me preocupou. - E-Ethan, eu… Eu… Ela tentou falar, mas as palavras se desvaneceram devagar, Seus olhos se fecharam por um momento, como se estivesse tentando reunir forças para dizer algo. E Quando abriu os olhos novamente, aquele vazio presente ali, mostrou mais algo. Mostrou uma dor que eu não sabia como interpretar. Ou como entender. Tudo oque eu pude foi rezar mentalmente para que ela me dissesse oque estava sentindo. - Ah não... E-Eu… eu não queria voltar... D-Droga... Aquelas palavras foram um golpe. Dissipando totalmente a sensação de alívio que eu sentia, a transformando em uma angústia ainda maior. E então eu a olhei com um peso no peito, logo entendendo oque ela queria dizer. Mais uma vez, arrependida por estar viva. Não... Ela não pode pensar isso... Vê-la viva era literalmente tudo oque eu mais queria, e agora vendo-a aqui, respirando e me olhando... Era como a realização de um sonho!!! Ela precisa entender... Que estar viva... É como me manter vivo também... Eu não sei como explicar, mas... Ela... Não pode morrer. Apenas isso. - P-porfavor, não diga isso meu anjo... Você está viva, está aqui! E isso é tudo que importa!! Meu Deus, eu... N-não sei oque dizer. Lágrimas caíram dos meus olhos, e eu levei sua mão fria e leve até meus lábios, os beijando enquanto chorava. Ela então me olhou, os olhos cheios de uma tristeza que cortava meu coração. Não era uma tristeza de quem havia perdido algo, mas de quem havia se perdido. - V-Você não... Não entende, Ethan. Eu… eu sou um peso para você. Eu sou um fardo. Eu deveria ter ido embora, deveria estar morta!! E-Eu não queria te arrastar para o fundo desse poço comigo. Eu não queria te fazer sofrer por minha causa... Me dói muito ver você dessa maneira... Eu senti minha garganta apertar, e as lágrimas começaram a se formar em meus olhos novamente. Não eram mais lágrimas de esperança, ou alegria, mas de impotência. Eu queria, desesperadamente, entender o que ela estava sentindo e arrancar aquilo dela, queria deixá-la livre, mas não conseguia. Eu só sabia que não podia deixar Claire partir. Ou acreditar que aquilo era o certo pra ela. Ela precisa viver... É isso que quero que ela entenda. - C-Claire, você não entende. Eu te amo, te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo. Eu não me arrependo de nada, nem de estar aqui, nem de lutar por você. Eu só preciso que você saiba o quanto você é importante para mim. E não, você não é um peso. Nunca foi. Jamais pense uma coisa dessa, você... é uma luz pra mim, na verdade. Eu me aproximei dela, acariciando sua face fria com as mãos tremendo. E Ela olhou para mim, e eu vi um pequeno brilho de lágrimas nos olhos dela também. A dor ainda estava ali, e agora se intensificou quando ela me olhou por completo, com aqueles grandes olhos frios e escuros estudando até o mais profundo da minha alma. - Você… você me ama mesmo... Não é?... A pergunta dela saiu baixa, quase como um sussurro, mas, para mim, foi a coisa mais importante que ela poderia ter dito. Na verdade, só de ouvir a voz dela, já era tudo pra mim! Na mesma hora eu segurei a sua mão com força, olhando profundamente em seus olhos, buscando transmitir todo o amor que eu sentia por ela. - Eu te amo, Claire. E vou te amar sempre. Eu sei que você está sofrendo, e eu não posso fazer tudo desaparecer, mas eu vou estar aqui. Não importa o que aconteça. Você não está sozinha. Nunca mais... Meu anjo... Consegui firmar a voz sem gaguejar, demonstrando firmemente oque eu sentia por ela, mesmo chorando e tremendo muito. Mas ali, naquela hora, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela, dessa vez. E era como se ela estivesse começando a entender tudo oque eu estava demonstrando durante tanto tempo, era como se... Ela finalmente estivesse enxergando toda aquela situação através dos meus olhos. E não dos dela. A dor que ela sentia ainda estava lá, mas havia algo mais também. Algo que eu não entendi naquele momento, mas que parecia ser mais profundo do que qualquer outra coisa. Do que qualquer outro sentimento, qualquer outra sensação. Logo, ela então com as poucas forças que havia recuperado, apertou minha mão com mais força, e eu senti um pequeno suspiro escapar de seus lábios. O medo e o arrependimento ainda pairavam sobre ela, mas, por um momento, parecia que ela estava se permitindo respirar. Como se, ao menos por agora, ela soubesse que ainda assim, em meio à tanto caos, havia uma esperança. Uma luz. Eu sorri, um sorriso fraco, mas cheio de esperança. Entre mil lágrimas salgadas. Mas em menos de segundos, quando encarei por pouco tempo seus pulsos cheios de marcas, o desespero me tomou novamente, me fazendo pensar na mínima chance de perdê-la novamente. - O-Olha... nós vamos passar por isso juntos, Eu estou com você. Sempre estarei. Só... Não tente ir embora de novo... Porfavor... Eu apertei sua mão enquanto via minhas lágrimas caírem no chão branco e brilhoso do hospital. Ela me olhou, e seus olhos brilharam com algo que eu não via há muito tempo. Talvez fosse o começo da cura, ou apenas um pequeno sinal de que ela poderia começar a acreditar novamente na vida, na nossa vida juntos. Eu não soube distinguir, mas aquilo era tudo oque parecia, e tudo que eu queria de novo. - eu te imploro, Não faça isso... Porfavor, não faça... Prometa pra mim... Eu continuei chorando, dessa vez, levantando o olhar para o teto pra tentar conter minhas lágrimas, sem sucesso, enquanto ainda segurava a mão dela. - Me dê um tempo... Eu... P-preciso pensar, preciso respirar... Ela pediu por tranquilidade e paz, um tempo para si, e eu mesmo com a dor tomando cada artéria do meu coração, apenas pude assentir. Vê-la se negar a prometer não tirar a própria vida me dói, pois me faz acreditar que ela fará isso novamente, droga!! Mas... Eu não posso, não posso obrigá-la a prometer nada pra mim, não por agora, não quero deixá-la estressada ou alterada, ela precisa descansar... Precisa pensar... Mas eu ficarei cuidando dela, eu não vou deixá-la, não quero arriscar perder meu anjo novamente de jeito nenhum. - Tudo bem, eu vou te dar esse tempo, só... Fique. Porfavor. Eu continuei segurando sua mão, tentando manter a calma, mas o medo ainda me consumia. A dor de vê-la tão quebrada, tão perdida, era um peso que eu carregava com ela. Mas, naquele momento, Claire estava ali, ao meu lado, viva. E isso era o que eu mais precisava. Era oque eu mais queria. E então, interrompendo nosso momento ali, a porta do quarto se abriu, afastando aquele turbilhão de pensamentos que tomava minha mente. Logo, o doutor entrou, acompanhado de uma enfermeira que carregava uma prancheta. Ele olhou para Claire com um sorriso suave, algo reconfortante e esperançoso, e foi até a cama dela. - olá Claire, vim informar que os resultados dos seus exames estão bons. A sua recuperação tem sido difícil , mas positiva e, com base no seu progresso, acreditamos que já podemos te dar alta. Mas, claro, o processo de cura vai continuar, você precisa ser forte. Ele fez uma pausa, olhando para nós dois, como se estivesse avaliando a dinâmica entre nós. Eu me senti, por um momento, um pouco vulnerável, mas ainda assim, não consegui desviar o olhar de Claire -E, claro, se em algum momento você sentir que precisa de ajuda, não hesite em nos procurar. Estamos aqui para apoiar você, Claire. Estamos aqui pela sua saúde, seja física, ou mental. Eu vi a expressão dela se suavizar um pouco. Ela estava exausta, mas havia algo de novo em seus olhos, uma pequena centelha de alívio. Eu queria acreditar que ela estava começando a perceber que, apesar de tudo, o pior havia passado. - Vai ficar tudo bem, meu anjo… eu murmurei, mais para mim mesmo do que para ela, enquanto acariciava sua mão. - Vamos passar por isso juntos. Ela olhou para mim com uma expressão indefinível. Algo entre gratidão, mas ao mesmo tempo, medo. O doutor então se virou para mim, como se precisasse garantir que eu estivesse ciente de tudo. - Ethan, é importante que você esteja ciente de que, mesmo que ela tenha alta, a jornada dela está apenas começando. O apoio de você e dos profissionais será fundamental para o processo de recuperação dela. Não é um caminho fácil, e talvez ela tenha dias bons e dias ruins, mas tenha paciência e cuide dela como você tem feito até agora. Eu assenti, sentindo um tremor só de pensar em vê-la em um dia ruim novamente, mas também um raio de esperança, como se aquele momento fosse o início de algo novo, um começo. Não seria fácil, mas eu estava disposto a enfrentar qualquer coisa, se isso significasse que eu poderia continuar com ela ao meu lado. - Eu entendo, doutor. E vou fazer tudo para estar aqui por ela. O doutor sorriu novamente, um sorriso de aprovação. Ele fez um aceno para a enfermeira e, antes de sair, olhou para nós uma última vez. - Se precisar de qualquer coisa, não hesite em nos chamar. Aproveite esse momento, e lembre-se, vocês não estão sozinhos. Vou deixar aqui a minha enfermeira auxiliar para limpar os ferimentos e fazer um rápido check-up, e então, vocês podem ir pra casa. O doutor me olhou mais uma vez, como se quisesse ter certeza de que eu estava preparado para o que viria. Claire estava prestes a sair do hospital, mas o caminho que a aguardava não seria fácil. Eu sabia disso. Mas o fato de ela estar mais forte, mais estável, já era um avanço significativo. Ela então olhou para o doutor com um olhar que misturava alívio e uma pontada de apreensão. Eu pude ver a hesitação em seus olhos. Estava claro que a ideia de sair dali a deixava nervosa, talvez até um pouco perdida, como se o ambiente seguro e controlado do hospital fosse mais fácil de lidar do que o mundo real lá fora. E eu não podia culpá-la. A enfermeira se aproximou, começando a preparar os aparelhos para desligar. O som dos monitores e os outros dispositivos que estavam ligados a Claire foram se apagando aos poucos, e eu me senti como se uma pesada cortina estivesse caindo, abrindo espaço para o futuro dela, que agora começava a ser escrito fora desses muros brancos e altos. - Quando estiver pronta, podemos ir. Para a sala de curativos. Estou aguardando aqui fora. A enfermeira disse suavemente, dando a Claire um momento para processar tudo. Eu estava ao lado dela, ainda segurando sua mão, e ela me olhou com uma expressão mista de dúvida e medo. - E- Ethan, eu... Eu não sei se sou forte o suficiente para isso. a voz dela era baixa, mas cheia de dor. Aquelas palavras cortaram meu coração, e eu sabia o quanto ela ainda estava se sentindo frágil. Mas, mesmo assim, eu me mantive firme. - Você é mais forte do que imagina, Claire. Você pode ir para casa, e vai ser difícil, mas eu estarei ao seu lado. Passo a passo, um dia de cada vez, oque importa é que você não está sozinha. Eu estou com você, sempre. Ela soltou um pequeno suspiro, e vi uma leve centelha de alívio nos seus olhos. Eu a observei enquanto ela se preparava para levantar da cama. Quando ela colocou os pés no chão, pude perceber o quanto estava fraca. A cada movimento, ela parecia hesitar, como se o simples ato de se levantar fosse um esforço monumental. Ela tentou dar o primeiro passo, mas o equilíbrio lhe faltou. Quando ela tropeçou, meu reflexo foi instantâneo. Fui rápido o suficiente para segurá-la, antes que ela caísse. Claire ficou por um instante parada, com a mão no meu peito, os olhos grandes e surpresos, e algo mais — algo que eu não conseguia definir, mas que fazia meu coração bater mais forte. Era um momento de vulnerabilidade, de fragilidade, mas também de proximidade. - Cuidado, meu anjo. falei suavemente, segurando-a com mais firmeza, sentindo sua mão contra o meu corpo. E eu a puxei para mais perto, de forma cuidadosa, como se ela fosse quebrar a qualquer momento. Como se ela fosse uma pequena bonequinha de porcelana. A minha bonequinha de porcelana. O cheiro suave do seu cabelo, o toque da sua pele fria... Tudo isso me lembrava o quanto ela significava para mim. Ela me olhou, e por um segundo, nossos olhares se encontraram. Algo entre nós parecia estar se aquecendo, como se estivéssemos nos reconectando de uma forma que eu sabia muito bem que precisava. Não era apenas sobre os momentos difíceis, mas sobre as pequenas coisas, os toques silenciosos e os gestos que nos lembram de que, apesar do caos, ainda há beleza na vida. Por mais difícil que fosse enxergar. - E-Eu... eu não queria te deixar preocupado, Ethan... ela sussurrou, piscando algumas vezes para se adequar a claridade do hospital. - Se preocupar é a essência principal do amor, Claire. Eu só quero você bem, e isso é inevitável, então fique bem, porfavor... Eu a segurei por mais um momento, até ela recuperar o equilíbrio. Não era só o corpo dela que eu estava segurando, mas uma parte de mim que eu havia deixado se perder quando ela quase se foi. Agora, com ela de volta a mim, não havia mais nada que eu temesse. Nada, exceto perdê-la novamente. Mas isso... Não vai acontecer. Não vai. Eu não vou deixar. Ela respirou fundo, tentando se recompor, e finalmente, com a minha ajuda, ela deu o primeiro passo firme em direção à porta. A enfermeira sorriu gentilmente, como se estivesse testemunhando a recuperação de um ser precioso, e então, ela nos deu espaço. - Vamos fazer o curativo e o checkup, e depois vamos para casa, meu anjo. eu disse, minha voz quase um sussurro, mas cheia de toda a emoção que eu não conseguia colocar em palavras. Ela me olhou, e, pela primeira vez em muito tempo, seus olhos brilharam com um tipo de esperança que eu não via nela há meses. Foi pequeno, mas visível. Ela assentiu, e nós saímos do quarto do hospital juntos. O corredor parecia diferente agora, como se a luz do dia lá fora tivesse um brilho mais forte, mais real. Claire estava ainda frágil, mas eu sabia que aquele primeiro passo era importante. Ela estava indo para um recomeço. E eu, ao lado dela, faria o que fosse preciso para ajudá-la a enxergar que, apesar de toda a dor, ela ainda tinha uma razão para seguir. E então, logo depois de uma passada rápida para renovar os curativos e fazer um checkup rápido, nós saímos do hospital, e a chuva estava implacável, caindo em cortinas finas, mas densas, que se espalhavam pelo asfalto molhado. O céu estava cinza, coberto por nuvens pesadas que pareciam refletir a ansiedade que ainda estava no ar. O vento cortava a rua, e eu sentia Claire tremendo ao meu lado, seu corpo encolhido contra o frio. Ela estava tão frágil, e o mundo lá fora, com suas ruas alagadas e o clima gelado, parecia um campo de batalha, o contraste brutal com o calor e a segurança do hospital. - Vamos sentar ali? Vou chamar um táxi pra gente. falei suavemente, apontando para um banco a frente do hospital, que ficava embaixo de um tipo de gazebo, logo, a levando comigo devagar até lá, em passos lentos e pacientes. - Não é bom que você fique em pé, não até recuperar toda sua força, então Podemos esperar o táxi aqui, até você se sentir melhor. Ela não respondeu imediatamente, seus olhos pareciam focados em algo distante, mas eu a vi assentir, um gesto quase imperceptível, e isso foi o suficiente. O medo e a insegurança ainda estavam presentes, mas havia algo mais ali também — uma pequena faísca de confiança que eu sabia que eu precisava proteger. Caminhei ao seu lado, apoiando-a em cada passo, e a chuva parecia ser apenas um detalhe quando ela estava tão perto de mim. Quando finalmente chegamos ao banco, Claire se sentou, seus ombros tensos e rígidos, mas ela parecia precisar daquele pequeno descanso. Eu fiquei em pé ao seu lado, meu coração apertado, e enquanto ela observava a chuva cair, eu retirei rapidamente meu moletom. O tecido preto e quente de lã ainda carregava o calor do meu corpo, e eu sabia que ela precisava disso mais do que eu. -Aqui, meu anjo. Eu disse em tom baixo enquanto suavemente colocava o moletom sobre os ombros dela, cobrindo-a com o material macio. - Fique quentinha. Não quero que sinta frio. Claire olhou para mim com um brilho de surpresa nos olhos, um olhar que fez meu coração bater mais rápido. Ela, timidamente, puxou as mangas do moletom para os braços, aninhando-se nele fazendo meu calor se transmitir a ela enquanto o vento fazia as gotas de chuva dançarem ao nosso redor, mas a pequena bolha de conforto que eu havia criado para ela parecia mais importante do que tudo o que estava acontecendo a nossa volta. Então, sentei ao seu lado, bem próximo, e rapidamente ela se aproximou de mim, e recostou sua cabeça no meu ombro, ainda em silêncio. Tão perto... Droga, eu só podia sorrir naquele momento como um bobo. Parecia que eu ia explodir como uma supernova de tanta felicidade. Vê-la aqui, viva, sentir seu calor, o cheiro fantástico de seu cabelo, simplesmente tê-la ao lado é como... Estar imergido em um sonho. Em um sonho que eu quero que nunca acabe. O som da chuva batendo contra o banco e contra as ruas era o único ruído que nos cercava, e o silêncio entre nós parecia carregado de um significado profundo. Como se, por um momento, nada mais fosse necessário além da nossa presença ali, um com o outro. Como se... Por um momento, Estivéssemos de alguma maneira... Mais próximos do que nunca. - Eu… n-não sei como agradecer por tudo o que você tem feito por mim... Claire sussurrou, sua voz trêmula, mas carregada de uma ternura que me fez sentir ainda mais próximo dela. - você sabe... eu tenho medo, Ethan. De tudo. De mim mesma... Mas você... Sempre me salva... S-sempre me protege... mesmo quando eu não te queria por perto... Você estava lá... Fechei os olhos por um segundo, sentindo o peso de suas palavras. Eu de verdade queria protegê-la de tudo, até da dor que ela sentia dentro de si mesma, mas sabia que não podia. Não podia arrancar de vez essa dor dela e deixá-la livre. Mas eu ainda poderia estar ali, ao seu lado, oferecendo-lhe a certeza de que não importava o quanto o caminho fosse difícil, ela não estava mais sozinha. - Se for por mim, Você nunca estará sozinha, Claire. Eu sempre vou estar lá pra você, sempre vou te salvar, não importa quantas vezes for preciso. Falei em voz baixa, minha mão tocando delicadamente o seu rosto. Levantei sua cabeça lentamente, para que ela olhasse em meus olhos. - Eu vou estar aqui, sempre. Todos os dias, sempre que precisar. Não importa o quão difícil seja, eu não vou te deixar. Eu te amo, e não vou parar de lutar por você. Ela me encarou por um momento, os olhos dela cheios de uma mistura de dor e algo que eu não conseguia identificar completamente, mas que era bonito, algo tênue e suave, que começava a surgir em meio à escuridão. A chuva caía ao nosso redor, mas ali, naquele banco, com o moletom que eu lhe dei e as palavras que eu disse, parecia que o mundo havia parado. Era apenas nós dois, conectados de uma forma silenciosa, onde os gestos simples se tornavam mais significativos do que qualquer coisa. Eu sabia que não era o fim da batalha, mas naquele momento, parecia que tínhamos encontrado algo precioso — a promessa de que, apesar da dor, estavamos juntos ali e era tudo oque importava. Claire então, inesperadamente, se aninhou um pouco mais contra mim, e eu a segurei com mais firmeza, como se estivesse tentando dar a ela um pouco mais de calor, de segurança, de força. Eu sabia que a estrada ainda seria longa, cheia de altos e baixos, mas uma coisa era certa: eu não deixaria ela se perder. Não deixaria ela tentar contra si própria de novo, de jeito nenhum. E então, quando o táxi finalmente chegou, me senti quase relutante em levantar, como se, ao ficarmos ali mais um pouco, pudéssemos adiar o mundo real e os desafios que ele nos impunha. Mas eu sabia que, embora o caminho à frente fosse incerto, esse momento de conexão, de calor e de proteção, ficaria gravado em nossos corações como um começo. Um novo começo. - O táxi chegou... Vamos, meu anjo. A ajudei a se levantar devagar e pacientemente, já que seu corpo estava fraco e frio, e devagar, a puxei para mais perto do táxi, abrindo a porta pra ela, a ajudando a se sentar, e logo me sentei ao seu lado, fechando a porta. - Olá! O endereço é esse mesmo, correto? O taxista perguntou, e eu assenti, puxando Claire pra mais perto, a aquecendo já que o ar condicionado do carro estava ligado. - Sim, correto. Ele então assentiu, e seguiu viagem, pelo asfalto molhado da cidade O céu estava escuro e frio, coberto por nuvens pesadas, como se o universo estivesse retendo sua respiração. A chuva batia contra o vidro do táxi, criando uma cortina sonora que preenchia o silêncio pesado entre nós. Claire estava quieta, os olhos perdidos na janela, como se quisesse absorver cada gota de chuva que caía, tentando entender os próprios sentimentos. Eu observava ela de canto, notando como a expressão dela refletia a melancolia do que ela havia passado. E eu Não precisava perguntar o que ela estava pensando. O silêncio dizia tudo. E afinal, eu sabia que ela precisava de espaço, mas também sentia que eu precisava estar perto. Estar perto tipo... sem pressionar. Apenas... presente. As ruas estavam vazias, e o farol do táxi cortava a escuridão enquanto nos aproximávamos da casa dela. Quando o carro parou em frente à casa dela, Eu sai primeiro e a ajudei a sair do táxi também, devagar, abrindo a porta pra ela. Meu moletom escuro destacava em seu corpo como uma sombra contra a luz da entrada. Ela olhou para trás, seus olhos se encontrando com os meus por um segundo, antes de dar um leve sorriso. Um sorriso tímido, como se estivesse tentando esconder a vulnerabilidade que transparecia em sua postura, em seu corpo frágil e cansado. O táxi logo se foi, a corrida em si já estava paga, e eu, naquele momento só queria sair daquele clima frio, daquela chuva. Então rapidamente fui até a porta com ela, e o calor da casa me envolveu assim que entramos. O som da chuva lá fora parecia distante, e por um instante, o ambiente quente e confortável parecia ser o único lugar onde o tempo não importava. Claire então foi até o sofá e se sentou, mas sua postura ainda estava tensa, como se estivesse carregando o peso de um mundo inteiro nos ombros. Eu fiquei parado na entrada da sala, sem saber se deveria seguir ou ir embora pra dar a ela um pouco de espaço. Mas logo, Foi ela quem quebrou o silêncio: – E-Ei, Ethan… Você pode ficar, se quiser. S-só preciso de um tempo para processar tudo isso. Aquela frase, dita em um tom baixo e calmo me atingiu de uma forma inesperada. Ela não pedia espaço, mas algo mais profundo. Talvez fosse ao contrário do que eu pensava e ela só quisesse companhia. E, de algum modo, aquela simples proposta fez o resto do mundo desaparecer. Eu estava ali, e isso era tudo o que ela precisava naquele momento. Então, é claro que eu ficaria. - Claro, pequena. Eu vou ficar com você. Respondi, sem pensar duas vezes, e entrei de vez pra dentro, fechando a porta. Mas então, enquanto olhava para a grande e extensa casa, me lembrei do inevitável. Dos pais dela, é claro. Droga... Eles vão me tratar como lixo quando me virem aqui. Mas quer saber? Que se dane. Eu não vou deixar aqueles narcisistas doentes machucarem ou deixarem Claire triste. Não, de jeito nenhum. Não agora, ela precisa de calma, de paz, precisa descansar. Mas vendo bem... Ali naquele momento, não havia sinal deles. Tudo estava vazio. E Claire também não havia comentado nada sobre eles, ou demonstrado medo ao entrar na casa, que era oque sempre acontecia. E eu era oque mais presenciava sua apreensão, seu medo... E aquilo acabava comigo. Vê-la daquele jeito, com medo dos próprios pais... Me quebrava totalmente. Droga... Então por precaução, resolvi perguntar. - Meu anjo... Onde estão seus pais? Perguntei, e ela então, de cabeça baixa deu um sorriso que parecia sarcástico, e frio ao mesmo tempo, sua expressão pôde ser visível, mas seus olhos escuros estavam escondidos por sua franja longa e suave como seda, dourada como ouro. Ela deu uma suave e fria risada, quase inaudível. - Longe. Bem longe. Não se... p-preocupe. Ela disse, enquanto ainda olhava para o chão. Será que eles estavam fora de casa mais uma vez? Eu pensei. - Ah... Eles estão em viagem? Isso é bom, você... terá paz, pelo menos enquanto eles estão fora. Eu disse enquanto dava um sorriso fraco, tentando animá-la. Claire então levantou seu olhar para meu rosto, seus olhos... Aqueles grandes espirais profundos que me engoliam por completo, devorando minha alma, me deixando louco porque eu nunca poderia saber no que ela estava pensando, ou sentindo. Ela então deu um sorriso, dessa vez um pouco mais, e ele expressava algo, mas eu não sabia dizer muito bem oque era. Seus olhos me deixavam totalmente confuso. - Então terei paz eterna. Ela disse, enquanto se levantava do sofá, indo até as escadas, as subindo. Paz... Eterna? Isso é bom, Claro. Mas... Oque ela quis dizer com isso? Droga, minha mente vai explodir. Corri até ela a ajudando a subir as escadas, com medo de que ela tropeçasse, ainda confuso com oque ela havia dito. - C-Como assim? Perguntei, enquanto estávamos subindo para o quarto dela, e lá , o ambiente era diferente. O quarto era rosa, com várias pelúcias e acolhedor, havia também uma luz suave vindo de uma lâmpada ao lado da cama. As cortinas em tom pêssego fechadas criavam uma sensação de conforto, e o som da chuva lá fora parecia quase um sussurro distante, como se o mundo inteiro tivesse sido deixado para trás. - Logo você vai saber... e-eu vou te contar tudo, prometo. V-Você fez tanto por mim... É... Injusto te privar de saber de algumas coisas. Saber certas coisas? Que coisas seriam essas? Será que... Seria algo parecido com oque aconteceu com laurie e lizzie? Será que ela fez... A mesma coisa com os pais? Naquele momento, calafrios passearam de forma abrupta pelo meu corpo, e eu me senti arrepiar, lembrando de tudo oque eu havia visto naquele dia, daquele cheiro de ferrugem forte e bruto. Ah não... Será que é isso mesmo que estou pensando? Pensei em questionar, sobre os pais dela, e principalmente sobre a cena que vi na casa do... Maldito namorado dela. E também, sobre seus pulsos... Sim, ela havia se cortado e cada corte formava em um conjunto, o nome daquele doente. São tantas perguntas, merda. Mas não vou fazê-las agora, não mesmo. Como dito, ela precisava de paz, precisava descansar. E logo ela então, cansada, se sentou na beirada da cama, seus ombros caídos, mas ao mesmo tempo, havia uma delicadeza em seus gestos. Eu me aproximei lentamente, sem pressa, querendo garantir que ela se sentisse segura. Quando ela levantou os olhos e me olhou, seus olhos refletiam uma necessidade que era muito mais profunda do que palavras poderiam expressar. E timidamente, ela abaixou a cabeça, sussurrando baixinho. – E-Ethan… Você... pode ficar aqui comigo? Só por um tempo, por favor. N-não quero ficar sozinha agora... Ela disse, a voz tão suave que quase se perdeu no ambiente. Meu coração deu um salto. O pedido não era apenas sobre companhia, mas sobre estar perto. Ela estava me convidando para estar mais perto, mais profundamente. Eu sabia que não se tratava só de algo físico, mas de uma necessidade emocional também, algo que ela não conseguia expressar de outra forma. Mas que parecia importante. E logo, eu assenti, com um sorriso bobo e alegre, por ela querer minha companhia - Sim, meu anjo. Eu vou ficar. Vou me deitar aqui no chão ao seu lado, só me dê um cobertor e está ótimo. Eu disse enquanto a olhava. Droga, tão linda... Mesmo fraca e cansada, com os olhos frios e fundos, Claire era... Um anjo, uma deusa na terra. A garota mais linda que meus olhos contemplaram. - N-não... Eu quero que... Você fique aqui comigo na cama... Ela disse, em um tom um pouco envergonhado e baixo. Seu rosto pálido e frio ganhando um leve rubor. Ficar com ela... Sim. Era tudo oque eu mais ansiava. Tudo oque eu mais queria. - Ganho um abraço se fizer isso? Sem hesitar, me aproximei mais e me sentei ao lado dela, me ajeitando entre suas cobertas e pelúcias fofas, com um leve sorriso, tentando fazê-la sorrir também. Oque felizmente, deu certo. Ela deu um suave e quase inotável sorriso. - S-Sim.. Ela disse, me dando um pouco de espaço pra me ajeitar, mas ao mesmo tempo, havia uma magnetismo que nos puxava mais perto. Eu a observei por um momento, e a olhei, abrindo os braços. - Então vem... Me deixa te esquentar. a atraí para perto de mim, envolvendo-a em um abraço firme, Ela se aconchegou no meu peito, e eu podia sentir a leveza da respiração dela, o calor dela misturando com o meu. Era como se a própria noite tivesse ficado em suspenso, como se o mundo não existisse mais, exceto nós dois ali. Acariciei seus longos cabelos loiros com cuidado e leveza, dando um suave beijo em sua testa, enquanto estávamos embaixo das cobertas, nos protegendo do frio e da chuva, juntos. Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas naquele instante, tudo o que eu queria era ficar ali, com ela, sentindo a suavidade do seu toque e o calor da sua presença. A chuva continuava a cair lá fora, mas dentro daquele quarto, o tempo parecia desacelerar. Eu a segurei mais forte, e ela relaxou, como se estivesse finalmente encontrando o conforto que tanto precisava. E então, como se tudo fosse uma dança silenciosa, ela levantou a cabeça e seus olhos encontraram os meus, com uma intensidade que eu não sabia que tinha. E Eu não precisava perguntar o que ela queria dizer com aquele olhar. As palavras eram desnecessárias. O que importava era o silêncio, a forma como nossas almas se conectavam, a maneira como o calor de nossos corpos preenchia o vazio de tudo o que não podia ser dito. Eu toquei seu rosto suavemente, meus dedos acariciando a pele dela com cuidado. Ela fechou os olhos, se entregando ao toque, e foi então que a tensão entre nós se quebrou de uma forma que me deixou sem palavras. A conexão era tão profunda, tão real, que tudo o que eu podia fazer era seguir o fluxo daquele momento, desejando que ele nunca acabasse. Eu sabia, ali, naquele instante, que havia algo muito mais forte nas entrelinhas do que simples desejo. Era um começo. Algo que estava crescendo entre nós, devagar, mas com a força de algo que não poderia ser ignorado. E quando ela se aproximou mais uma vez, com um olhar que desafiava tudo o que eu conhecia, eu soube que esse momento, esse simples gesto, estava mudando tudo. E ao mesmo tempo, me surpreendendo. Pois ela se aproximou de mim, um pouco devagar e ainda lenta, ela colocou sua coxa farta e macia sobre mim, e se inclinou, segurando suavemente em minha camiseta, se aproximando mais, e mais, para o meu maior desejo. Um beijo. Ela colou seus lábios aos meus, e eu me imergi naquela sensação que parecia me levar pra outra dimensão, mais uma vez. Era como se eu estivesse olhando para a mais bela galáxia, de olhos fechados. Ou como se eu estivesse sendo sugado e distorcido por um buraco negro. Que sensação, droga! Eu amo essa garota... Me deixei levar por aquela sensação, sem fazer nada para atrapalhar o momento, apenas sentindo aquela viagem mágica para o país das maravilhas, naqueles lábios doces e macios, com se corpo colado ao meu, e eu não pude me segurar, nem por um minuto, e a puxei mais contra mim, com minhas mãos em seu corpo, intensificando aquele beijo, o mais forte que pude. Merda... Como isso pode ser possível? Dias atrás eu quase a perdi pra sempre, a ansiedade quase me matou, o medo de nunca mais tê-la acabou comigo, mas agora, ela está aqui. Ela voltou. Ela está comigo. O meu doce anjo ainda está ao meu lado... Eu não sei mais como agradecer, eu só... Me sinto aliviado por ela não ter partido. Por ainda ser agraciado com seu toque, com o doce som da sua voz, com a graça de sua existência... Minha pequena... Se você soubesse o quando eu te amo... Então, em um impulso de alegria e realização, eu puxei sua coxa macia e farta, descendo minhas mãos pela mesma, a acariciando devagar embaixo do calor das cobertas. Até que, acabando com aquele beijo que mais parecia um sonho incrível, ela parou, e me olhou nos olhos. - E-Ethan, eu... Ela pausou, suspirando fundo, recuperando o ar que havia perdido com o nosso beijo. E eu também, suspirei aos poucos, ansiando que ela terminasse oque iria dizer. - Sim, meu anjo. Diga. Acariciei suas coxas novamente, subindo as mesmas um pouco mais, oque fez ela se arrepiar ali, mas surpreendentemente, não impedindo meu toque. - Se lembra que você havia dito que... Eu não poderia te curar, mas poderia te... a-ajudar com alguns band-aids? Ela disse, enquanto ainda me olhava. Tão corada quanto uma maçã. Então, eu a olhei, e assenti. - Sim, eu... M-me lembro. Porquê? Eu perguntei, ainda a olhando nos olhos. Ela então abaixou a cabeça, e ainda mais corada, disse em tom baixo envergonhado. - Eu... V-vou te ajudar. E P-podemos... Ficar algumas vezes... Quando você quiser na verdade... Ela disse em um tom baixo e carregado de timidez. Droga, não... Não... Não pode ser...??? Claire literalmente aceitou o meu pedido. Uhmm não é como se estivéssemos namorando é claro, mas é... Melhor que simplesmente sermos amigos. Já que eu preciso amá-la. E se eu guardar todo esse amor só pra mim, o meu peito vai explodir. Então, nós agora estamos... Ficando... Ela... É 'minha" então, ao menos... Por um tempo. Mas nesse tempo... Eu prometo dar a ela o amor e a calmaria que ela jamais teve. - E-Eu sei que não sou a Claire de antes, m-mas eu... P-Posso melhorar pra você, posso ser melhor, posso... Levei meus dedos até seus lábios, acariciando os mesmos, e dei um sorriso. - Apenas continue sendo você, meu anjo. É você que eu amo. Independente do que você faça ou deixe de fazer. Você é a minha Claire, sempre foi, e sempre será