DIÁRIO PROIBIDO

Capítulo 86

Capítulo 86 🔥

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— Eu sei, mas não sou assassino. — Franziu o cenho.

— Indiretamente, você é! — Levantei as sobrancelhas.

— Lís, e o que importa? Eu te amo, a gente se ama e eu já larguei tudo isso! Eu deixei tudo isso por você, por nós dois. — Gesticulou com as mãos.

— Não muda o que sinto por você, não muda nada do nosso amor. Fico feliz que você tenha deixado isso de lado, mas... me assusta. — Deixei a primeira lágrima escorrer.

— Lís...

— São muitas coisas passando na minha cabeça. — Limpei meu rosto.

— Não sou um monstro, Lís! Sei que errei e reconheço. Eu deixei tudo pra trás, me deixa recomeçar ao seu lado. — Segurou minha mão. — Por favor! — Insistiu.

— Vamos recomeçar, sim. Só me dá um tempinho pra digerir tudo isso? — Falei e ele assentiu, cabisbaixo.

— Você vai embora? — Voltou a me olhar.

— Embora?

— Ainda temos mais uma semana e meia pra ficarmos juntos, quero saber se você vai pra casa. — Abaixou os ombros.

— Não sei. — Me encostei no sofá.

— Eu posso fazer o que você quiser! Só não posso me entregar pra polícia, porque se eu fizer isso, a organização é capaz de me matar. — Passou as mãos no cabelo.

— Não quero que você se entregue pra polícia, não quero que você faça nada! Só me deixa engolir tudo isso. — Olhei na sua direção e ele apenas concordou com a cabeça. Luan se encostou no sofá e nós ficamos em silêncio. — Já que você me contou seu segredo, eu vou contar mais um meu, além do diário.

— Conta. — Me olhou novamente.

— Só não é tão sujo quanto o seu. — Revirei os olhos e ele sorriu, negando com a cabeça.

— Você é uma rosa, incapaz de fazer qualquer maldade. — Colocou uma mecha do meu cabelo, para trás da minha orelha.

— Eu traí o Oliver outras duas vezes. — Falei de uma vez e ele me encarou, assustado. — Não sei porque eu fiz isso, mas eu fiz! A primeira foi com um velho amigo da minha faculdade, a outra foi com um primo dele e agora... com você! Eu não sou uma... vadia... eu acho. — Torci os lábios e Luan ainda me encarava, assustado. — Fala alguma coisa, Luan, pelo amor de Deus, não quero me sentir uma prostituta com esse seu silêncio. — Esbravejei.

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