Anne 54

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Suas palavras me colocaram em choque imediato, e minha reação involuntária foi fechar as pernas, mas ele foi mais rápido. Com firmeza, mas sem me machucar, senti suas mãos segurarem minhas coxas e afastá-las novamente, se colocando agora perfeitamente entre elas.

– Ninha... - Ele começou, chamando novamente minha atenção - Já chuparam você? 

– Não! - Respondi, minha voz mais estridente do que o normal, enquanto, inconscientemente e com desespero, tentava soltar suas mãos das minhas pernas. 

– Não quer saber como é? 

– Não! - Gritei, ainda desesperada. 

– Por que não? 

Eu ia tentar responder, mas nesse momento Bruno resolveu descer sua boca até meu centro nervoso e jogar lufadas de ar propositalmente intensas ali, sem sequer encostar em mim, mas fazendo com que meus olhos revirassem nas órbitas. 

– Pa... para! 

– Por que não quer saber como é? 

Cada letra sibilada que ele pronunciava resultava em novas sensações, porque sua maldita boca estava tão próxima a mim que seus lábios, ao se movimentarem, me tocavam sem querer (ou não), de uma forma extremamente suave, mas que estava me deixando completamente louca. 

– Eu não sei! - Falei, quase em um sussurro, sendo absolutamente sincera quanto ao motivo pelo qual eu tentava impedi-lo de continuar. Eu não sabia como era, porque nunca havia sido tocada daquela forma, mas não era ingênua a ponto de não saber que devia ser muito, muito bom. 

– Por que não me deixa fazer isso? Pode confiar em mim. Você manda eu parar, eu paro. 

Meu controle estava se esvaindo rápido demais. A expectativa e a sensação de ter seu rosto a centímetros do ponto onde eu queria que ele me tocasse estavam me deixando tão absurdamente excitada que tive que reunir toda a força existente em mim para conseguir me manter consciente. 

Nunca poderia imaginar o quão sensível eu era naquela área, mas Bruno estava ponto à prova toda a minha resistência.

Não respondi, e como afronta, ele suspirou de forma proposital. Meu corpo tremeu violentamente, então senti meus músculos se contraírem com tanta intensidade que chegaram a doer. 

Fechei os olhos com força, provavelmente arrancando mechas de cabelo da cabeça dele com meus dedos desesperados. 

– Eu já sonhei com seu cheiro mais de uma vez. - Ele começou - Mas você é mais doce do que eu pensava. 

Ele inspirou profundamente, e sem saber exatamente como ou quanto tempo levou, meu corpo se contorceu em uma explosão de prazer tão grande e quente que, por um bom tempo, fiquei completamente aturdida e fora de órbita.

E assim, sem mais nem menos, eu gozei. 

Esperei de olhos fechados minha respiração normalizar. Meus dedos, ao contrário do resto do meu corpo, estavam gelados e doídos pela força que eu fazia. Estava frio, eu sabia, mas mesmo assim não conseguia sentir. 

À medida que fui voltando a mim, fui sentindo novamente o toque das mãos dele envoltas nas minhas pernas e sua respiração fraca ainda no mesmo lugar.

O silêncio foi suficientemente longo a ponto de permitir que eu voltasse do clímax e ainda conseguisse notá-lo.

Abri os olhos lentamente e olhei para baixo, encarando-o, sem saber como agir. 

– Você gozou? 

Ele parecia mais confuso e aturdido do que eu, mas tudo que pude fazer foi confirmar com a cabeça. Bruno continuou me encarando por algum tempo, e por um momento tive uma visão do que seria sua reação explosiva.

De repente, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora