Bruno 2

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Uma hora depois eu estava de volta ao grande salão do andar de baixo. Eram 23:40h e ainda havia muitos homens com mulheres dançando e se acariciando. Rayana parecia um pouco preocupada quando veio ao meu encontro, perto do bar.

 
– Bruno, querido! Estive te procurando! Então, como foi?

– Não se preocupe, Rayana. Sua novata é muito boa.

Vi uma expressão de alívio inconfundível em seu rosto.

– Ah, é o que dizem. Fico feliz que tenha ficado satisfeito.

– Bom, acho melhor ir pra casa. Amanhã acordo cedo.

– Não quer experimentar outras? Ainda está tão cedo!

– Não essa noite, Rayana. Amanhã eu volto.

Despedi-me dela e fui embora. Entrei no Volvo rumo à minha casa, enquanto dirigia um pouco distraído.

Afinal, eu havia tido o que queria. Tirei um atraso considerável com a mais nova garota da Casa, e ela era boa. Muito boa com a boca, principalmente. O que eu não esperava era conseguir gozar cinco vezes em uma hora. É claro que eu deveria atribuir esse fato ao meu atraso, mas eu já tinha passado por isso antes. E nunca, NUNCA tive tantos orgasmos em uma única hora.

A garota era mesmo boa.

Lembrei-me então dos hematomas espalhados por seu corpo. Aquilo explicava sua maneira de se vestir, que não deixava à mostra quase parte alguma dela.

De fato, ela era muito clara. Devia ser fácil criar manchas em sua pele, ainda mais porque Anne parecia ser incrivelmente macia e delicada.

E ela era macia. Muito macia. E perfumada. Um perfume diferente, mais suave que os das demais garotas. Lembrava amêndoas, o que, num misto de loucura e confusão de sentidos, combinava perfeitamente com seus olhos de chocolate líquido.

Tudo combinava estranhamente naquela garota, e a combinação dava água na boca.

Chegando em casa, tomei um banho prolongado e fui me deitar. Lembrei-me dos acontecimentos da noite. De como foi bom ter um corpo novo para explorar, e de como aquele corpo havia me dado prazer. Lembrei-me de como Anne era realmente clara, de suas sardas no peito e no rosto que a faziam ter um ar de inocência e graciosidade. De como os hematomas me assustaram quando os vi em toda a extensão dela, contrastando fortemente com o fato de todas as cores dela estarem entre o bege e o rosa claro.

Linda. Uma puta linda.

Embora eu não tivesse notado isso ao primeiro olhar, depois constatei que a beleza dela aumentava com o nível de intimidade que nós compartilhávamos.

Sorri ao lembrar de sua arrogância dizendo que ela me deixaria satisfeito, e que não aceitaria sexo anal.

Sorri porque ela era teimosa, como nenhuma das outras eram. Todas eram submissas e estavam sempre sorrindo quando eu pedia algo grosseiro. Assentiam e faziam, sem contestar. Ela, no entanto, ditava suas próprias regras.

– Uma gatinha braba. - Falei baixo comigo mesmo. E já estava pensando em como seria a próxima noite.

E pensando na próxima noite, adormeci.

O dia passou como os outros: Sem objetivos, sem ânimo, sem distrações. Cuidei dos negócios como me cabia cuidar, dando ordens e assinando papéis. Foram doze horas de puro ócio e vazio, até o relógio marcar 20h e eu sair da empresa deixando alguns papéis ainda por assinar.

Dei partida no Volvo e fui direto para a Casa de Rayana, onde mais uma noite me esperava.

– Tive medo que você fosse desaparecer por mais três semanas.

De repente, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora