Ele permaneceu calado por algum tempo, e eu odiei o fato dele ter se arrependido de brincar daquela forma.
– Eu... Queria...
Me virei entre suas pernas e fiquei de frente para ele. Aproximei minha boca da sua orelha e mordi com um pouco de força a cartilagem, usando os dedos para brincar de forma provocante pela barra da sua calça.
– Queria? - Falei, muito baixo, soltando ali lufadas intensas de ar - Não quer mais?
Ele tremeu, e suas mãos, antes suaves na minha barriga, voaram para a minha cintura e me apertaram.
– Hmmm... - Ele murmurou, fechando os olhos e me apertando contra seu membro completamente duro.
– Eu sempre fui a sua vadia, Bruno. - Balbuciei ainda contra seu ouvido em uma voz rouca e propositalmente sexy - Vai precisar me foder quantas vezes mais pra entender isso?
Ele enrolou a língua tentando responder alguma coisa coerente, mas não se importou em se fazer entender. No segundo seguinte, sua boca já estava colada à minha sem muitas cerimônias, unindo-nos em um beijo quente e intenso. Uma de suas mãos migrou para a minha nuca, apertando os fios com vontade. A outra puxou minha calcinha sem o menor pudor e começou a brincar ali, como se eu realmente precisasse ser estimulada. Puxei o elástico da sua calça de uma só vez e seu pênis pulou para fora, tão firme que chegava a tocar seu próprio umbigo.
Passei o indicador pelo líquido viscoso que escorria pela cabeça já inchada e lambi, mas não dei tempo para que ele reagisse de qualquer forma. Segurando-o com firmeza, levantei de seu colo e sentei outra vez nele, de uma só vez, sentindo seu pau enterrar em mim tão fundo quanto era possível. Bruno se agarrou à barra da camisa que eu usava para manter as mãos ocupadas e não me apertar com a força que ele queria. Eu, por outro lado, não tinha o menor cuidado, tocando-o, apertando-o e o arranhando sem me preocupar se deixaria marcas ou não. Em algum momento daquela noite, a roupa que eu usava foi rasgada e arremessada a algum canto do quarto.
Já era madrugada quando consegui dormir agarrada a ele, exausta, sem sequer lembrar de começar a ficar ansiosa pela passagem rápida do tempo, me levando para cada vez mais perto do grande dia.
– E o bolo tem que ter, pelo menos, cinco andares!
Hérica e eu olhamos para Jhulie com cara de espanto, mas ela não pareceu notar. Não eram nem 10h da manhã naquela segunda-feira, e talvez eu estivesse ainda com muito sono para entender os exageros dela.
– Você é maluca? - Bruno soltou, sem deixar de sorrir - Nosso casamento não vai ter nem 70 convidados.
– Porque você está deixando um monte de gente de fora. - Ela argumentou.
– Só estou chamando quem realmente me importa, Jhulie. Ninha quer uma festa pequena, então vamos fazer uma festa pequena. Vai ser um bolo pra 70 convidados, no máximo. Se encomendar um de cinco andares, pode me dizer onde diabos eu vou enfiar tudo que sobrar?
– Posso. Você pode enfiar n...
– Ninha! - Hérica interrompeu-a, voltando nossa atenção para as mais de dez revistas espalhadas pela mesa - Quantos andares você gostaria que o bolo tivesse?
– Não sei... - Falei, temendo que Jhulie simplesmente parasse de falar comigo, ou pior, me assassinasse - Eu pensei em... Dois?
– Eu acho excelente. - Hérica falou, dando um sorriso maternal - Dois andares bem largos são mais do que o suficiente. Bruno?
– De acordo.
Era surpreendente como conseguíamos decidir as coisas, mesmo com Jhulie ao nosso lado. Diferentemente do que eu imaginava, ela não estava se metendo em cada pequeno detalhe e batendo o pé por decisões que não lhe cabiam. Mesmo que se mostrasse claramente contra, ela aceitava e não insistia na discussão. E isso, juntamente com a objetividade de Bruno e as boas ideias de Hérica, fazia com que as decisões fossem tomadas com bastante rapidez.
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De repente, amor
Romance♦ De repente, amor. Bruno é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Anne é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como...