Anne's POV

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Com a maior naturalidade, peguei outra torrada com geléia e mordi um pedaço, fazendo cara de paisagem. Era claro que eu sempre tentava parecer casual nesses momentos, mas a verdade era que eu mesma queria sair por cima na situação. Mesmo que sua proximidade sempre me deixasse louca de vontade de dar a ele o que ele queria. E conforme a gravidez avançava mais difícil era controlar esses impulsos de jogá-lo em cima de uma mesa, arrancar suas calças e montar nele como se aquela fossa a última trepada da minha vida.

– Tudo bem. Eu te ensino a fazer hoje à noite. - Parei, encarando-o com um olhar de dona da situação, e apoiei um braço no banco onde ele estava sentado, entre suas pernas, fazendo com que meu braço tocasse propositalmente e sem a menor cerimônia seu membro já bastante animado - Mas se você deixar uma única gota... 

Ele soltou outro gemido, tentando se controlar ao falar ainda mais perto da minha boca e agarrando meu braço sem se dar conta, prensando-o com ainda mais força contra seu membro: 

– Não vou deixar... Você sabe disso... 

Continuei encarando-o, como se o desafiasse a perder o controle. 

Quando Bruno parecia prestes a implorar para me comer, fiquei de pé e me afastei. 

– Ok. Vamos logo. Seus pais e seus irmãos já devem estar nos esperando. 

Recolhi meu prato e meu copo, levando-os até a pia que ficava naquele mesmo balcão e comecei a lavá-los, parecendo distraída. Não o encarei outra vez, e ele não voltou a falar. Terminei de limpar as coisas, calcei minhas pantufas rosa chiclete e subi para o quarto, apressando-o a fazer o mesmo e trazer as malas quando subisse. 

Não demorou muito tempo, e Bruno apareceu sem mala alguma no quarto. 

– Vai mesmo me deixar assim? - Ele perguntou como se exigisse uma resposta. Me fiz de desentendida. 

– "Assim" como?

– Você sabe como. Essa gravidez está te deixando cruel.

Senti vontade de rir, mas me contive. 

– Não sei do que você está falando. 

Ele se aproximou de mim um pouco rápido, e por um segundo imaginei que ele fosse me atacar. Mas, ao contrário, parou na minha frente e, tomando minha mão sem cuidado, forçou-a contra seu membro outra vez. Ele estava duro como uma pedra. 

– Estou falando disso. - Ele disse, me olhando como se sentisse dor. 

– Simples palavras conseguem fazer isso com você? - Perguntei, fingindo surpresa. Eu sabia que ele estava daquela forma sem nem mesmo precisar tocá-lo. 

– Você sabe que sim.

Bruno falava como um menino triste, e aquilo era adorável. 

– Bom, já estamos atrasados... - Comecei, mas fui interrompida no mesmo segundo por palavras e por mãos bastante animadas. 

– Podemos nos atrasar mais um pouquinho.

– Não... - Comecei, tentando me desvencilhar dos braços e da boca dele - Controle seu tesão! 

– A culpa é sua! Não me julgue! 

Eu estava lutando, mas sabia que não adiantaria, simplesmente porque não estava me empenhando o suficiente. Se eu realmente deixasse claro que não queria, Bruno pararia com aquilo, mesmo contrariado. Mas seus hormônios em fúria de um menino de 17 anos estavam enfurecendo os meus próprios hormônios, até certo ponto controlados. 

– Se seus pais ou seus irmãos mencionarem o nosso atraso, vou deixar claro que a culpa foi sua. 

Segurei sua blusa pela gola e o virei, empurrando-o para a cama atrás de nós e pulando em cima dele como um tigre pula em cima da presa.

De repente, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora