Bruno's POV

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Ao final daquele primeiro dia de compras, levamos um bom número de peças, embora eu quisesse um pouco mais. Acabamos com alguns vestidos, pijamas de palhacinhos e todo tipo de coisa fofa, meias e luvas minúsculas de várias cores, toucas fofas e quentes, sapatinhos de lacinhos e babadinhos que me deixavam louco só de pensar em vê-los na minha filha, casaquinhos e macacões com capuz de coelhinhos. Por hora, era o suficiente; Mas eu ainda tinha mais quatro meses para convencer Anne a comprar mais coisas.

– Não dá, é tudo muito fofo. - Me defendi enquanto tirávamos as roupas de dentro das sacolas e arrumávamos tudo dentro do armário do quarto de bebê - Se eu pudesse, trazia tudo.

– Esse é o problema. Você pode. E é por isso que eu tenho que estar do seu lado, senão você compra tudo que vê pela frente. - Ela pontuou, pendurando a última peça em um dos cabides - Amanhã vamos comprar mais algumas coisas que faltam. Ainda não temos mamadeiras, chupetas, toalhas, fraldas, lençóis, todas aquelas coisas de higiene...

– Precisamos comprar mais alguns brinquedos também...

– QUÊ? - Ela exclamou de repente, e eu me assustei - Mais brinquedos? Olhe em volta!

– Mas e se ela cansar desses?

– Anne, não precisa de mais brinquedos. Se você rasgar uma folha de papel na frente dela, ela vai achar a coisa mais divertida do mundo.

– Mas...

– Não! - Ela me interrompeu, empregando um tom de mãe inédito na voz. Bufei contrariado, mas não respondi.

– Podemos ao menos comprar aqueles shampoos em formato de bichinhos? Pra ela se divertir no banho?

Ela começou a gargalhar de repente, e eu comecei a me sentir idiota.

– Que foi? - Perguntei, um pouco amargo. Ela se aproximou de mim e me abraçou pela cintura.

– Você é a coisa mais fofa que eu já conheci.

– Ei, não sou fofo. Sou gostoso, fodão, comedor... Essas coisas de macho.

– Ah, sim. E você fica mais gostoso quando banca o papai entusiasmado.

Estreitei os olhos e ela riu outra vez.

– Está tirando sarro da minha cara?

– Não. Pergunte àquelas mulheres que nos atenderam hoje.

– O que tem elas?

– Ora, você não é ingênuo. Elas estavam quase arrancando as calcinhas pela cabeça. Tenho certeza que hoje à noite todas vão sonhar com você fazendo um filho nelas.

– Hum... E o meu entusiasmo como papai surte esse efeito em você? - Perguntei, abraçando-a por trás de maneira indiscreta.

– É claro que surte. A diferença está no fato de que eu não preciso sonhar com você fazendo um filho em mim. Primeiro porque você já fez, e segundo porque, quando eu quero saber como é ter você dentro de mim, tudo que tenho que fazer é pular no seu colo.

Ela deu um sorriso inocente, ficando nas pontas dos pés e me beijando carinhosamente antes de completar: - Azar o delas, sorte a minha.

SEXTO MÊS 

Minha mãe ficou encarregada de encontrar uma professora de hidroginástica para Anne, e no início do sexto mês ela já havia começado a fazer as aulas. O nome da professora era Martha, tinha 52 anos e ia à nossa casa três vezes por semana para se exercitar com a minha mulher na piscina.

Eu continuava trabalhando mais de oito horas por dia, me esforçando para passar o maior tempo possível com ela e com a nossa filha. Estava começando a me sentir um pouco mal pelo meu papel de pai não poder ser desempenhado da forma que eu queria, mas felizmente as coisas começaram a melhorar.

De repente, amorOnde histórias criam vida. Descubra agora