Ignorei o fogo que me consumia agora com mais força, e tentando acelerar as coisas antes que ele mudasse de ideia me afastei um pouco e comecei a desabotoar minha camisa. Queria fazer aquilo rápido, mas como estava um pouco tonta e nervosa, meus dedos só conseguiram se livrar do primeiro botão depois de algum tempo.
Fui socorrida por Bruno em questão de segundos. Obviamente vendo meu estado deplorável, ele me levantou e trabalhou nos botões com uma rapidez fantástica, me desnorteando com um beijo intenso e molhado. Fechei os olhos, deixando que ele terminasse o serviço e simplesmente acabasse comigo.
– Devo levar em consideração seu estado alterado e parar por aqui? - Ele perguntou ofegante em meu ouvido, e tudo o que podia sentir eram suas mãos passeando pelo meu corpo de forma faminta.
– Se você não me comer agora, juro que te capo com os dentes enquanto você dorme!
Ele soltou uma gargalhada sonora e forçou minhas pernas a se enlaçarem em seus quadris.
No segundo seguinte, já estávamos dentro do box.
Bruno me sentou no banco de mármore que havia ali, seguindo todo o comprimento da parede lateral, e se ajoelhou à minha frente enquanto deixava suas mãos deslizarem pelas minhas coxas.
– Quer saber como foi meu dia hoje?
Eu não queria saber. Por mais que adorasse ouvi-lo conversando banalidades comigo, por mais que me importasse com ele, naquele momento eu só queria que ele calasse a boca e se enfiasse dentro de mim com tudo.
Mas eu não respondi, então ele continuou.
– Meu dia foi difícil. - Ele falou, e então me beijou novamente - Tive que fazer muita força pra não ir com Duda ver você. - Outro beijo - E acabei saindo mais cedo da empresa do que queria, porque estava ansioso pra te ver, então tive que ficar esperando até que você resolvesse descer. - Lambidas no meu pescoço - E tudo porque eu não consegui parar de pensar nessa coisa linda que você tem entre as pernas. - Ele parou nos meus seios - E no seu gosto. - Mordidas na minha barriga.
Eu já ofegava como se estivesse me afogando no meu próprio desejo, agarrada aos cabelos molhados de Bruno e escorregando pelo azulejo molhado como mel.
– Sabe o que eu acho? - Ele falou, finalmente sentando em seus calcanhares e abrindo com força minhas pernas - Acho que vou precisar fazer isso todo dia, pra que você não sinta mais vergonha de mim.
Isso, Bruno Coolin. Acaba comigo de uma vez.
Senti sua língua quente me invadir de repente, e soltei um gemido de prazer que se tornou ainda mais alto pelo eco do banheiro.
Ele me pegou pelos quadris com força e me puxou mais para perto de si, posicionando estrategicamente meus pés em seus ombros.
Estava tentando me controlar, porque sabia que no momento em que baixasse a guarda, meu orgasmo chegaria. Por isso, a ideia de olhar para Bruno não foi nada inteligente.
A cada lambida que ele dava, se demorava um pouco parado me olhando como um leão olha para um javali fresco temperado com barbecue, um sorriso torto assassino nos lábios e o contentamento de uma criança de dez anos ao se dar conta de que podia voar.
Ele estava tão compenetrado que não notou quando mordeu meu clitóris com mais força do que devia, me provocando uma pequena e momentânea dor.
– Ai! - Eu pulei para longe dele, dando um puxão rápido e violento em seus cabelos para afastar seu rosto de mim - Não faz isso!
Só então notei que havia sido rude, e de novo culpei o álcool pelo meu comportamento não habitual.
Bruno pareceu um pouco chocado com a forma como eu falei e com a agressão física, mas seus olhos pareciam brilhar com alguma coisa.

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De repente, amor
Romansa♦ De repente, amor. Bruno é um jovem homem de negócios, embora não saiba nem do que se tratam os contratos que assina. Anne é uma prostituta de luxo, que apesar de se sentir extremamente mal por isso, não encontra uma saída para mudar de vida. Como...