Prólogo

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"Eu não amo, portanto, não me machuco." - Anahí.


A última vez em que Anahí sentiu amor, mas eu digo amor de verdade, faz tempo. Muito tempo. Ela era apenas uma criança. Uma criança que depois de um sonho ruim correu para o quarto de seus pais. Enrique e Marichelo a acolheram em seus braços e, fechando os olhos, a pequena ouviu a voz do pai dizendo que nada lhe faria mal enquanto estivesse com eles. Com um leve sorriso no rosto, ela adormeceu. Sentindo-se amada, segura e feliz. Infinitamente feliz.

Mas, infelizmente, seu pai não estava certo. Foi também naquela noite a última vez em que Anahí sentiu dor.

Com um estrondo do lado de fora da casa, ela acordou. Sua mãe, ao seu lado, tremia. Vozes exaltadas do outro lado da porta mostravam que Enrique discutia com alguém.

Anahí tentou levantar, mas Marichelo a impediu, abraçando-a. Um clarão irradiou por debaixo da porta, e logo veio um calor insuportável. Droga! O que estava acontecendo ali?

Em prantos, sua mãe saiu do quarto. Anahí iria atrás se algo não tivesse batido com força em sua cabeça. E então ela não conseguia distinguir mais nada. Sua visão ficou turva e seu corpo caiu mole no chão. A última coisa da qual se lembra é da sensação de estar sendo arrastada por alguém. Depois disso se perdeu naquilo que definia como um mar de escuridão. E aquela foi a última vez em que viu seus pais.


Anahí não sabia, mas se as coisas não tivessem acontecido daquela forma, sua vida hoje seria bem diferente, e ela não teria sido colocada no caminho dele, Alfonso Herrera.

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