Janis Joplin #1

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Atendendo aqui ao pedido da JanessaNascimento1 <3 Este imagine vai ser um pouco diferente pois, de acordo com o pedido, S/N vai ser um personagem masculino. Espero que gostem!

✨ 𝐈 𝐖𝐚𝐧𝐧𝐚 𝐂𝐚𝐥𝐥 𝐇𝐢𝐦 𝐌𝐲 𝐋𝐨𝐯𝐞𝐫 ✨

 Era 1969. Janis estava sentada numa canga de praia sobre a areia californiana. O sol já se escondia no horizonte, pintando o céu de laranja, porém, para a cantora, o dia só estava começando. Ela encheu mais uma vez as taças dela e das pessoas que se encontravam com ela com Southern Comfort. Ela nunca havia sequer visto aquelas pessoas, mas já sentia uma forte conexão com elas... Talvez fosse o álcool.

-- Vocês querem saber o porquê de eu gostar tanto de cantar aquela música, "Me and Bobby McGee"? -- Ela começou, impulsionada por uma vontade de manter a conversa naquela roda de pessoas tão peculiar acesa. Houveram alguns murmúrios de concordância e todos se aprumaram para ouvir o que a musicista tinha a dizer. -- É porque eu sinto que ela foi feita para mim... Eu já vivi aquilo...

P.O.V. Janis - Flashback

Foi em 1963. Eu ainda estava me acostumando com a ideia de estar longe do Texas. San Francisco era o lugar mais maravilhoso de todos mas, ainda assim, eu me sentia estranha... Estava praticamente sozinha naquele lugar, não conhecia ninguém e, bem, ninguém me conhecia. 

Como ainda não tinha nenhuma ligação com o lugar, nenhum trabalho fixo e nem nada do tipo, eu decidi viajar. Peguei minhas coisas, enfiei tudo numa mochila e saí caminhando pela estrada a espera do que o destino reservava para mim. Havia acabado de ler, naquele período, o livro de Jack Kerouac, On The Road, e uma aventura daquelas me parecia ideal.

Acabei topando com uma van repleta de jovens. Eles estavam visivelmente chapados e me contaram que estavam indo para Nova Orleans, onde estava acontecendo o Mardi Gras. Nem pensei duas vezes antes de me juntar a eles! Sim, eu estava prestes a cruzar o país na minha maior aventura até então, com apenas vinte anos de idade...

Foi um longuíssimo percurso, passamos praticamente cinco dias viajando e, nesse meio tempo, muita gente entrou e muita gente saiu. Gente de todo tipo, das mais extraordinárias que vocês podem imaginar... Mas, com toda certeza, nenhuma era como S/N. 

S/N esteve lá desde o início... Vivia quieto num cantinho da van, quase apagado diante da animação dos outros jovens, mas, ainda assim, ele me fascinava. Seus olhos, quase sempre distantes, como se ele estivesse se imaginando em outro lugar, às vezes se encontravam com os meus... E eu sabia... Sabia que nosso laço seria diferente dos outros. 

Certa noite, enquanto cruzávamos o Novo México, paramos a van num campo aberto, onde passaríamos a noite. Imaginem só, mais ou menos quinze jovens se amontoando num cubículo para dormir... Eu precisava de um pouco de ar puro. Me esgueirei entre todas aquelas pessoas e consegui sair do veículo. A noite estava abafada e quente, bem escura. Estávamos em um lugar totalmente deserto, ouvindo o som dos animais que viviam nas redondezas. No céu, uma lua gigantesca brilhava e diversas estrelas salpicavam a imensidão. Me senti muito pequena naquele momento, perdida no meio de um universo imenso... Então, quando percebi, estava sendo observada.

S/N havia me seguido para fora da van e observava o céu ao meu lado. Quando notei sua presença - depois do susto inicial -, sorri para ele. Já estávamos viajando juntos a três dias, mas nunca me esquecerei daquele momento: foi a primeira vez que eu o vi sorrir. Não, assim, curvar os lábios para cima. Não. Sorrir de verdade. Sorrir  com os lábios, os dentes, as bochechas, os olhos... Ele estava sorrindo inteiro para mim.

-- O céu daqui é muito bonito, não é? -- Ele comentou, a voz soando baixa, contemplativa. Era como se ele estivesse reverenciando aquela noite estrelada. Assenti.

-- Realmente... Mas, me faz sentir insignificante... -- Eu admiti, soltando um suspiro. Neste momento, ele pegou minha mão e levou ao meu próprio peito, chapando minha mão ali, onde sentia meu coração bater. 

-- Não tem porquê você se sentir insignificante... Você está aqui, faz parte deste universo, está viva... Você é tão importante quanto qualquer uma dessas estrelas... -- S/N falou com a voz sussurrada. Era como se ele temesse acordar qualquer uma das outras pessoas.

Não consegui respondê-lo, estava chocada demais com sua resposta, por isso, apenas sorri. Na verdade, com S/N, sempre tive a sensação de que palavras não eram necessárias, ele parecia saber tudo o que se passava em minha mente apenas olhando meus olhos.

Então, ele apontou para uma árvore tortuosa que se encontrava a apenas alguns passos de distância da gente. Fomos até lá e nos sentamos. Ficamos observando as estrelas e conversando banalidades, sem entrar em nenhum assunto sério ou profundo. Ele acendeu um baseado, dando algumas tragadas antes de passá-lo para  mim. Aquela foi uma das noites mais agradáveis de minha vida... Acordei no dia seguinte com o sol aquecendo meu corpo nu que se encontrava enrolado ao dele. Havíamos feito amor atrás daquela mesma árvore, banhados por aquela mesma lua, ouvidos por aqueles mesmos animais e assistidos por aquelas mesmas estrelas.

Foi à partir de então que comecei a considerá-lo um amante... 

Quando voltamos a por o pé na estrada, alguns de nossos companheiros havia começado a batucar o banco da van, criando um ritmo meio blues... Comecei a preencher a melodia com minha voz, cantando "This Land Is Your Land", de Woody Guthrie. Quando percebi, para meu total deleite, S/N tirou uma gaita de dentro de sua bolsa de couro puída e começou a me acompanhar. Naquele dia, passamos o tempo inteiro na maior cantoria. Foi maravilhoso.

Finalmente chegamos em Nova Orleans. Naquele ponto, todos nós nos separamos, cada um foi para um lado, afinal, aquele era o destino final... Mas S/N ficou comigo! Passamos três dias maravilhosos lá, assistimos ao Mardi Gras e, bem, tudo parecia perfeito. 

Porém, chegou o dia de voltar para casa. Estávamos nós dois caminhando lado a lado pela estrada, esperando alguma carona. Havia tanta coisa que queríamos dizer um ao outro, mas palavras não pareciam caber ao momento. Sabíamos que não ficaríamos juntos e que nossos caminhos estavam para se separar, mas estávamos tranquilos quanto a isso. Havíamos aproveitado ao máximo nosso curto romance. Porém, de qualquer forma, queria saber o que aconteceria com ele.

-- Para onde você vai? -- Perguntei, chutando as pedrinhas do asfalto, olhando para o chão, vendo nossas sombras compridas se projetarem para a frente. S/N andava ao meu lado, as mãos enfiadas nos bolsos.

-- Preciso ir para casa... -- Ele respondeu simplesmente, dando de ombros. -- Preciso encontrar minha família...

E ali acabou a conversa. Ele precisava seguir a vida dele, assim como eu precisava seguir a minha. Finalmente arranjamos uma carona, um caminhoneiro que nos levou até uma cidadezinha em Oklahoma. E foi ali que meu caminho se separou do de S/N. Nos despedimos com um último beijo. Consegui pegar um ônibus até San Francisco e ele... Bem, sei que seguiu em direção ao Norte, acho que estava indo para Ohio. 

P.O.V. Off - Fim do Flashback 

-- E... O que aconteceu com S/N? Vocês se reencontraram depois disso? -- Uma das pessoas perguntou. Todos pareciam extremamente curiosos com a resposta. 

Janis deu uma risada despreocupada, virando todo o resto de Southern Comfort que havia em seu copo, então respondeu com ternura na voz:

-- Nunca o vi novamente e nem sei se ainda verei... Mas, ele estava atrás da família dele e espero que a tenha encontrado... -- Então, ela olhou para o céu, vendo aquela lua cheia que mal havia aparecido no céu e sorriu, um sorriso genuíno que tomou seu corpo inteiro.


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Ooooi, galera, tudo bem?? Perdão a demora em postar esse imagine, eu acabei ficando ocupada ontem e não consegui escrever.... Mas aqui está, espero que gostem!!! Janis é uma linda maravilhosa que eu amo demais hehehe e acabei gostando bastante desse imagine!! Espero que gostem também!!! É issooooo, um beeeeeijo <3 <3 <3

Too much, an imagine book! (Livro de Imagines - Astros do Rock)Onde histórias criam vida. Descubra agora