102° Capítulo

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Mai: Quero te pedir desculpas...Por Tudo.

Dul: Eu não entendo. Por que isso agora?

Mai: Eu sei reconhecer um erro Dulce. E sei que errei bastante com você, aliás nunca deveria ter me metido na vida do meu irmão.

Dul: Ate ai eu entendi. Mas por que você fez tudo aquilo?

Mai: Dulce, veja bem... Você sabe que a mamãe nunca foi a favor do casamento forçado do Christopher. O Christopher era o menininho dela e você parecia tão amarga. Chris sempre foi um doce, tão compreensivo, sensível... Você sabe.

Dul: Sim eu sei (sorri fraco ao lembrar-se do bom caráter do amado) Sei também que a Dona Alexandra me odiava. (Recordou-se da cara que a mulher fazia toda vez que estava no mesmo ambiente que ela)


Mai: A mamãe naquela época já sabia que tinha câncer Dulce. Ela sabia que tinha pouco tempo de vida. Mamãe morreu quando vocês estavam em lua de mel, isso não é novidade pra ninguém

Dul: Eu não to entendendo aonde você quer chegar.

Maite; Foi a mamãe Dulce (ela arregalou os olhos) Antes de morrer ela me fez prometer que eu não deixaria que você machucasse o Christopher. Naquela época ele já era tão apaixonado por você, sempre foi (sua mente vagou a imagem do irmão empolgado depois do jantar em que conheceu Dulce). Eu não tenho absolutamente nada contra você, talvez mágoa por ver meu irmão sofrer tanto (Dulce corou) Cada vez que eu te olhava com o Christopher, eu lembrava do ultimo pedido dela.

*Flash back on*

Lá estava ela, Alexandra Uckermann. Nos seus últimos momentos de vida. A pele pálida demonstrava sofrimento, havia lutado muito contra doença. Mas ao final o mal foi mais forte. Ao seu Lado sua filha mais velha segurava sua mão.

Alexandra: Princesa (disse com voz fraca e falha)

Mai: Sim, ma...mãe (segurou com um pouco mais de força a mão da mãe)

Alexandra: O...O seu irmão. Cuida dele Maite, aquela mulher não presta, ela vai matá-lo aos poucos. Seu pai não será forte o suficiente pra aturar minha morte Mai, eu sei que não. Por favor não deixa seu irmão sofrer nas mãos dela.

Mai: Mamãe ela pode mudar. O Christopher pode mudá-la.

Alexandra: Gen...Gente co..como ela não muda minha linda. E embo... (Gaguejou novamente o ar lhe faltava) Embora seu irmão, seja um bom homem ele não vai poder com ela. Por favor proteja-o, por mim, cuide do seu irmão. Pro..pro..meta que não vai deixar que ela o ma...machuque (com muito esforço conseguiu terminar)

Maite: Eu prometo mamãe, eu prometo (disse entre lágrimas)

Alexandra: Eu te amo minha filha (e no ultimo suspiro ela partiu)

Alguns meses depois, Victor Uckermann veio a óbito. Por ser muito ligado a sua esposa, o mesmo não superou a perda da mesma, e assim como ela partiu... Maite seguia ali disposta a cumprir aquilo que prometeu a mãe.

Flash back off

Dul: Eu jamais poderia imaginar.

Maite: Enfim isso me serviu de motivação enquanto vocês eram casados. Dulce, eu nunca te odiei ou tive algo contra você. Mas toda vez que eu pensava em deixá-los em paz, os olhos da minha mãe implorando pra que eu cuidasse de Christopher vinham a minha mente. Eu precisava, eu precisava manter viva o último pedido da minha mãe.

Dul: Mas e depois? Depois que eu voltei Maite? Você teve provas de que eu mudei, você fez de um tudo pra me ver longe dele, você falsificou um exame de DNA. (Disse com a voz já embargada) Eu o amo com todas minhas forças, cada parte do meu ser pertence aquele homem... E mesmo com todas essas provas. Você nos afastou.

Maite: Eu sei agi de má fé, errei mas... Ela disse "Gente como ela nunca muda" (abaixou a mirada) Eu errei Dulce eu assumo. Por conta dessa maldita promessa, eu perdi meu irmão, minha melhor amiga e meu marido. Eu não agüento mais (desmanchou-se em lágrimas) Entrar na minha casa e não vê no Christian lá, sair pra fazer compras e não ter a Any pra opinar, querer conversar e não ter o meu irmão pra desabafar. Saber que é tudo culpa minha dói, dói muito.

Dul: Não Maite, não chora (rodeou a mesa ajoelhando-se ao lado dela) eu te proponho algo.

Mai: O quê?

Dul: Vamos começar do zero. Passar uma borracha em tudo, esquecer o passado e tudo aquilo de ruim que ambas fizemos. Viver o hoje, o aqui, o agora. Curtir o presente sem imaginar o futuro ou chorar por toda dor do passado. (sorriu compreensiva) Prazer Dulce Maria.

Mai: Você ta falando sério? (Mirou os olhos amendoados da cunhada, que dispunha de um brilho intenso)

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