Bônus: Um Ano Após O Fim

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O sol atravessou as janelas de vidro da casa naquela bela manhã de sexta. O gramado verde ostentava o orvalho da geada da madrugada, a neblina dava lugar ao calor do astro. Seria uma bela sexta feira.

O despertador tocou, fazendo com que o casal resmungasse em meio ao emaranhado de pernas e braços que eram seus corpos.

- Malditos seja! - Christopher protestou escondendo seu rosto no cortina negra e macia que eram os cabelos de sua mulher.

- Não julgue o pobre objeto por fazer o seu trabalho. - Sua esposa o repreendeu sonolenta. - Tampouco use meu cabelo para esconder-se de suas obrigações. Isso puxa minha raiz, dói. - O empurrou com as costas.

Ele suspirou saindo de um de seus lugares favoritos no mundo. Felizmente era sexta feira, passaria todo fim de semana na companhia de sua família. Deus, aquilo era seu paraíso na terra.

- Você é tão chata. - Protestou, quando a libertou de seus braços.

- Por isso somos feitos um para o outro. - Ela virou-se na cama, ficando de frente a ele. Lhe dando a felicidade de por mais um dia encarar as seus olhos repletos de felicidade e amor. - Bom dia meu amor. - Deixou um casto beijo nos lábios dele.

- Bom dia, minha linda. - Sorriu, aquele sorriso que a deixava louca.

Um barulho de choro, saiu da babá eletrônica posta sobre o criado mudo. Sinal de que o morador mais barulhento daquela casa, também deu início ao seu dia.

- Pronta para mais um dia do nosso felizes para sempre? - Ele perguntou levantando-se.

- Mais que pronta. - Sorriu, seria mais um dia do seu conto de fadas.

****

- Mamãe! - O chamado veio da pequena loira em pé na cozinha. - Minha lancheira não fecha. - Resmungou forçando o objeto.

- Querida não faça isso. Vai quebrar o zíper. - Tomou a bolsa das mãos dela, retirando o que havia dentro, pois o volume não permitia que fosse fechada. Não era pra menos. - Lara, você pretende fazer um piquenique na escola, minha filha? - Encarou a filha, que ficava linda dentro do uniforme.

- Não mãe, isso é pra hora do lanche.

- Tudo isso? - Arregalou os olhos para os dois pacotes de biscoitos recheados, um de salgadinho, duas caixinhas de suco e para as uvas dentro de um pote.

- Lara gosta de comer. - Fez bico.

- Disso não tenho dúvidas.

- Sua gorda. - A implicância veio da mocinha que acabara de adentrar o cômodo com os cabelos presos em um rabo de cavalo, cara de sono e típico mau humor.

- Gorda é você e esse seu bumbum gigante. - Mostrou a língua para a irmã.

- Valentina, não chame sua irmã de gorda. - Christopher completou a família quando entrou com o pequeno Nicolas nos braços.

- É Maria, não chame a Lara de gorda! - A pequena reforçou a repreenda do pai.

- Pare de falar de si mesma na terceira pessoa. Você não é um índio. - Pegou uma maçã sobre o balcão.

- Mamãe o que é terceira pessoa? - Virou para a mãe questionamento.

- Você ainda vai aprender, querida. - Beijou o topo da testa dela. - Não pode levar tudo isso para a escola.

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