9° Capítulo

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Um mês se passou, este não fôra um dos mais comuns. Por estresse Dulce acabará ficando enferma e por indicações medicas deveria ficar em repouso.

Seu primeiro pensamento ao saber de tal, foi nos momentos que iria passar com Christopher. Raiva lhe correu, já era ruim demais ter que vê-lo em intervalos durante o dia, e vê-lo o dia inteiro seria pior ainda. Foi o que pensou.

Para sua surpresa, esta acostumou-se com os mimos que ele lhe dava e sua forma cuidadosa para com ela. Antes sentiu-se sufocada com sua presença, o que não acontecerá agora.

Seus sentimentos estavam contraditórios. Por vezes pegou-se pensando no sorriso do esposo e na maneira que ele fazia o cenho quando estava preocupado. Chegou ao ponto de acordar durante a noite e observá-lo dormir.

Christopher por outro lado estava adorando ter a esposa tão perto de si. Não que estivesse feliz por ela está doente, mas sim porque ele pôde passar algum tempo com ela.

Eram casados á um ano e meio e os momentos em que estavam sozinhos eram raros, e Dulce sempre arranjava um jeito de deixá-lo desconfortável ou triste.  Desta vez não, ela estava serena e calma, até sorria alguma vezes. Chegou a cogitar a possibilidade de estar sonhando, e nesses momentos, desejava não acordar jamais.

***

O casal estava no quarto Christopher lia um livro e Dulce estava assistindo TV.

A noite era chuvosa, a tempestade caia em raios e trovões, as gotas fortes serpenteavam, pelas janelas de vidro da casa.

Durante a infância, Dulce adquiriu um medo absurdo por tempestades. De tal forma que nesse momento estava pedindo a todos os anjos que a chuva parasse. Ela e Christopher já não brigavam com tanta frequência. Mas, não queria se mostrar fraca na frente dele, não por tão pouco.

Christopher olhava a esposa pelo canto dos olhos e podia ver a mesma se encolher a cada barulho estridente de trovão. Sorriu em mente, jamais poderia imaginar que Dulce tinha medo de chuvas fortes.

Chris: Tem medo de trovão querida?

Dul: Eu? (ele assentiu) Ora Christopher não seja tolo. Imagina Dulce María com medo de uma tempestade boba (Sorriu nervosa )

Chris:  E isso que você está fazendo com o corpo toda vez que um trovão assobia mudou de nome que não medo?

Dul: Do que você ta falando? Eu não tenho medo de nada. Entendeu? De nad..

Fôra interrompida quando a Luz Piscou três vezes antes de apagar e o quarto se tornar um breu, iluminado apenas pelos raios lá fora

Dul: Christopher! (Em um pulo estava encolhida no colo do esposo) Que diabos aconteceu com a luz?

Chris: bem, acho que faltou energia. Eu vou lá embaixo, ligar os geradores (tentou tirá-la de seu colo)

Dul: Não ( disse rápido) você não vai sair desse quarto e me deixar sozinha no escuro e ainda mais chovendo.

Chris: Ué, onde está a mulher que não tem medo de nada? (Caçoou)

Dul: Tá, eu morro de medo. Satisfeito? (Apertou-se a ele quando mais um trovão se ouviu)

Chris: Eu vou lá no porão ligar os geradores (Tentou tirá-la de seu colo)

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