148° Capítulo

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Anahí se pos de pé, ao ouvir aquela voz. A voz que ela lembrava-se vagamente. A voz que a fazia tanta falta. A voz que ela desejou todos os dias de sua vida.

Annie: Mãe (virou-se. Piscando várias vezes pra ter total certeza de que aquilo era real)

Ela deu um passo a frente e recuou, para logo depois correr de encontro a Blanca.

Annie: Você está aqui, você é real. Eu não acredito, eu... Meu Deus (ela tocava a extensão do rosto de Blanca como se quiseve gravar cada marca dela)

Blanca: Ahh meu bebê (abraçou a filha mais velha. Permitindo as lágrimas rolarem livres)Eu te amo meu amor, eu te amo muito. Perdão ter esquecido de você minha fadinha, eu... Meu Deus você está tão linda...

Como ela pôde esquecer-se do seu primeiro milagre? Como pode abandonar aquele sentimento que aflorava dentro dela nesse momento.

Annie: Eu te amo mãe, eu senti tanto sua falta... Que... Mãe ( apertou maos Blanca a si)

A frente Dulce não conseguia sequer se mover. Era ela? A sua mãe. A mãe que tanto desejou enquanto era mantida presa no seu próprio quarto. A mãe que desejou quando era espancada no internato. A dona do abraço que ela queria nas noites de tempestade. Ela levantou-se somente para ir de encontro ao chão. Ajoelhada, ela chorou, chorou novamente por tudo. Pela saudade, pela dor, pelo alívio, pela felicidade. Chorou, por que era a única coisa que ela podia fazer, ali e agora.

Blanca afastou-se com custo de Anahí. Para aproximar-se de Dulce. Ela não pestanejou em ajoelhar-se ao lado da filha do meio. Passando os braços ao redor de Dulce. Ela sentiu quando a mesma arrepiou-se.

Dul: Você está viva (pronunciou) Eu não te matei, eu não sou assassina... Eu... Você não morreu por minha culpa. (ela encarou os olhos vermelhos de Blanca) Você não está morta mamãe.

Blanca: Não meu amor, esqueça. Mesmo que eu tivesse realmente morrido para te dar a vida não teria sido sua culpa. Eu te quis tanto, minha Dulce (afagou os cabelos de Dulce) Eu desejei todas as noites para que você nascesse perfeita. E depois que eu descobrir que era "minha vida ou a sua" eu nem sequer pestanejei em escolher você, meu anjo. Eu te amei tanto, todos os meses que eu conseguia manter você dentro de mim, eu sentia tanto orgulho de você, por ser forte desde o ventre, por querer nascer. E quando você nasceu seus olhos foram a minha ultima imagem. Tão pequena, tão frágil. E agora olhando pra vocês assim... Eu me sinto tão inúltil por ter esquecido de vocês. Mas me sinto feliz por ter conseguido trazer mulheres tão fortes ao mundo. Eu te amo tanto minha filha.

Dul: Eu te desejei tanto mãe, todas as horas dos meus dias. A todo momento, eu estava desejando você. Eu queria que você tivesse aqui pra me defender dele. Ou que você tivesse aqui pra ele nunca ter começado. (referiu-se a Fernando) Eu admito que te odiei por dias, por ter me deixado aqui. Mas eu sentia tanta necessidade, tanta ansia por você. Eu te amo.(Agarrou-se a mãe saciando seu desejo mais profundo) Não me deixa nunca mais. Fica comigo pra sempre mãe.

Blanca: Sempre meu amor, sempre. Eu to aqui agora. Vai ficar tudo bem (Sussurrou)

Belinda também já chorava pela cena. Era tão bom ver os olhos da sua mãe agora, era tão gratificante.

Annie: Ahhh Belinda (aproximou-se dela)Obrigada (abraçou a irmã) Me encanta saber que você é minha irmã.

Belinda: Não tem por que me agradecer.(retribuiu ao abraço) Tudo pela nossa mãe(sorriu)

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