112° Capítulo

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Horas depois ela desperta. Seus olhos ardiam, sua cabeça doía, seu corpo dolorido talvez por ter dormido de mal jeito, talvez porque ainda restavam rastros. Mirou a grande porta de vidro, que dava acesso á varanda do quarto. E constatou que deveria ser madrugada. Christopher não estava no quarto e ela sentiu-se mal por isso. Levantou-se com cuidado e foi em direção ao banheiro.

Ao olhar-se no espelho deparou-se com uma Dulce totalmente destruída. Passou a mão nos fios revoltos, na tentativa de dominá-los. Acaba por derrubar um pequeno frasco de hidratante abaixa-se para pegá-lo, e ao mirar-se no espelho novamente...

Dul: AHHHHHHHHHHHHHHHHHH (a imagem de Pablo estava refletida lá, como se ele tivesse atrás dela)

Ao virar-se constatou que não havia ninguém atrás dela. Mas ao olhar novamente para o espelho ele estava lá. Desesperada, assustada, totalmente angustiada, arremessa o frasco de hidratante no espelho o quebrando em mil pedaços. Volta para o quarto e lá estava Pablo ou a imagem dele, ao lado de sua cama, sorrindo maldoso como havia feito no Elevador.

Dul: SOCORRO... (tenta voltar pro banheiro mais Pablo já estava lá na porta do mesmo) ME DEIXA EM PAZ, AHHHH (já chorava não sabia se aquilo era real ou coisa de sua cabeça mais o fato de ver Pablo a deixava desesperada) Você está morto, sai da minha cabeça, SAAAI (esbarra-se no móvel próximo a cama derrubando o abaju e quebrando o objeto) AHHHHHHHHH CHRISTOPHER (sai do quarto ás pressas)

O Corredor de quartos parecia não ter fim. A casa estava parcialmente escura, o que a apavorava mais ainda. Paraa todo lugar que olhava ele Pablo estava lá. Chorava compulsivamente, mas não tinha forças pra gritar sua voz não saia. Sentiu seu corpo chocar-se com algo e foi de encontro ao chão.

Dul: NÃO. SAI, NÃO TOCA EM MIM, ME DEIXA, VOCÊ ESTÁ MORTO ME DEIXA SAI. ME LARGA, NÃO FAZ NADA, NÃO ME MACHUCA,POR FAVOR NÃO (debatia-se no chão incapaz de abrir os olhos)

Chris; Dul sou eu, Amor (ajoelha-se) Dulce calma, sou só eu (Segura os braços dela a imobilizando) Abre os olhos pequena, nada vai te fazer mal.

Dulce ao reconhecer a voz do amado, lentamente vai abrindo os olhos. O abraça sem pestanejar, afundando o rosto em seu pescoço soluçando.

Dul: O Pablo, Chris ele está aqui. Ele quer me matar, não deixa. Não deixa ele chegar perto de mim nem da nossa filha, Christopher por favor...

Chris; Dul, á apenas nós dois aqui. Aquele cara ta morto e se tivesse vivo eu o mataria antes dele sonhar em se aproximar de você ou da nossa pequena. (Afagou os cabelos dela) Respira fundo, nessa casa só estamos eu e você.

Dul: Não. Eu o vi, ele está aqui Chris. Ele quer me matar, terminar o que começou. Me protege, por favor me protege.

Chris: Não princesa, olha pra mim (ela o encara com os olhos inundados) ele está morto entendeu? Morto, ele não pode fazer nada contra você.

Dul: Mas. Parecia tão real (sussurra)

Chris; Você está assustada porque foi tudo muito recente. Está vendo coisas, eu vou pegar um calmante pra você. (Faz menção de levantar-se)

Dul: Não, não me deixa sozinha, eu não preciso de nada, só preciso de você, fica comigo (encolheu-se no chão abraçando o próprio corpo)

Christopher sem dificuldade a pega em seus braços a levando pro quarto. Deposita a mesma na cama e deita-se em seguida. Dulce vira-se de costas pro banheiro tentando evitar os restos do espelho.

Dul: Ele estava aqui, no espelho, ao lado da nossa cama, na porta do banheiro, no corredor (Enrrosca-se totalemnte em Chris descansando o no peito dele) ele está me atormentando. Depois de morto ele que me deixar louca, me destruir (solução se apertando ao noivo)

Chris; Não deixa meu anjo. Para de pensar nele, faz qualquer coisa. Me bate, me xinga, só para de chorar, porque nada me dói mais do que te ver assim, tão frágil (afaga os cabelos dela)

Dul: Eu nunca vou esquecer. f
Foi tão horrível, repugnante, humilhante, tem marcas daquele infeliz em todo meu corpo. (o mira) eu não agüento mais. Ta doendo Chris...

Chris: Eu sei, maldito inferno eu sei (sente raiva por não poder ter impedido tal agressão) mas você tem que tentar, meu amor. A propósito desculpa, Não devia ter dito aquilo.

Dul: Não devia mesmo. Nunca sentir tanta raiva de você na minha vida, Como você pode cogitar a possibilidade de que eu tivesse gostado... Daquilo ?(fecha os olhos com força espantando a lembranças das palavras de Christopher)

Chris: Foi um impulso. Me irritei por estar chorando a morte dele.

Dul: Eu não estava chorando a morte dele (o encara) eu só não suportaria que algo te acontecesse por conta desse assassinato. Você foi o mandante de um crime Christopher. Se a polícia descobre a morte você ou eu seremos os primeiros suspeitos. (desespera-se) Eu não quero ficar longe de você, nunca mais.

Chris: Não vai acontecer nada (afaga os cabelos dela) Ninguém vai me separar de você. Você precisa confiar em mim.

Dul: Eu confio meu amor, eu confio (volta a aconchegar-se nos braços dele)

O silêncio toma conta do ambiente. Christopher começa a fazer carinhos leves no cabelo de Dulce e aos poucos a tensão da mesma vai se dissipando. Christopher só consegue dormir quando sente a respiração profunda da amada, anunciando que ela já estava a léguas de distância. Acomodando ela a sí, ele fecha os olhos, desejando que todo aquele pesadelo desaparecesse no dia seguinte.

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