140° Capítulo

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Chris: Sai daqui Dulce. ( lá se vai mais um gole da bebida)

Dul: Não, eu não vou, virar as costas sabendo que você ta aqui, nesse estado.

Chris: Eu não quero companhia.

Dul: Não te perguntei.

Chris: SAI DAQUI CARAMBA. ME DEIXA SOZINHO. POR QUE? É SÓ VOCÊ QUE PODE DÁ SEUS ATAQUES POR QUALQUER COISA?

Dul: Para com isso ( recuou um passo, ela realmente estava ficando assustada)

Chris: Se você não sai, saio eu. ( saiu da academia indo em direção a garagem)

Dulce o seguiu....

Dul: O que você ta fazendo? Não vou deixar que saia de casa nesse estado. ( tentou segurá-lo, agarrando o braço dele.)

Chris: Me larga.

Dul: Não. Fala comigo Chris. Amor olha pra mim e me diz o que te passa.

Christopher puxou o braço fazendo Dulce cambelear. Seguiu caminho até a garagem, pegando a primeira chave que viu na frente. Entrou no carro, e quando ia arrancar Dulce entrou na frente do veículo.

Chris: Sai da frente. ( pediu entre dentes)

Dul: Não. Você está bêbado não pode dirigir.

Chris: Eu vou passar por cima.

Dul: Então passa.

Ele realmente acelerou o carro. Dulce quando percebeu que ele não iria parar saiu da frente, e por pouco ele não a atropelava.

Chorando ela fechou o grande portão assim que Christopher a toda velocidade passou por ele.

Depois de alguns minutos absorta em lágrimas Dulce voltou pra dentro de casa e a ficha caiu. Christopher saiu dirigindo bebado... E se ele sofresse um acidente? E se ele causasse um acidente? E se ele matasse alguém?

Correndo ao seu quarto pegou o celular ligando para a primeira pessoa que lhe veio a mente

xx: Dul? ( soou sonolenta)

Dul: Desculpa Mai, eu não queria te acordar ( desculpou-se com voz embargada)

xx: Imagina, não tem problema. O que houve? Ta chorando. ( sentou-se na cama, acordando a Christian)

Dul: O Christopher ele... ( um soluço forte a impediu de terminar)

Mai: O que houve? Ele está bem?

Dul: Eu não sei, ele estava diferente, embriagado, pegou o carro e saiu. Eu estou angustiada Mai.

Mai: Como assim? O que deu nele? (levantou-se da cama indo em direção ao closet)

Dul: Ele estava estranho desde que recebeu a visita do detetive. No jantar mal falou, e agora saiu. O que ta acontecendo com ele Mai? (soluçou)

Mai: Eu e o Christian estamos indo aí. Fica calma, não acorde Valentina. As coisas vão ficar piores se ela se envolver nesse caos. (pos o celular no viva voz e pegou do closet um vestido qualquer)

Dul: Tudo bem (sussurrou) obrigada.

Mai: Disponha (desligou)

••••

Fercho: O que houve? (levantou-se acompanhando a esposa que andava de um lado a outro do closet)

Mai: Eu vou MATAR o meu irmão ( bufou)Onde já se viu fazer uma idiotice dessa... Ahhh mas quando eu encontrá-lo...

Fercho: Dá pra dizer o que aconteceu? (se vestiu rapidamente)

Mai: Agora não dá, estou procurando a chave do meu carro. ONDE ESTÁ ESSA DROGA? POR QUE TUDO SOME QUANDO A GENTE PRECISA? (gritou. Estava preocupada com o irmão. Christopher não cometia imprudências, nunca)

Fercho: Mai, as chaves estão na sua mão. Agora me dá, porque você está muito nervosa pra dirigir. (ele tomou as chaves da mão dela e a acompanhou assim que ela saiu do quarto feito um Furacão)

Mai: Droga Christopher me atende (pela terceira vez ela tentou o celular do irmão)

Já estavam a caminho da casa de Dulce. Era madrugada e as ruas estavam pouco movimentadas o que facilitou a chegada deles o mais rápido possível.

Fercho: Afinal, porque estamos tão nervosos?

Mai: Dulce falou que Christopher estava estranho durante o dia e agora estava caindo de bêbado e saiu de carro.

Fercho: Ele machucou a Dul? (parou em frente a casa da prima. Logo foi reconhecido e os portões foram abertos)

Mai: Emocionalmente sim. Eu espero que fisicamente não ( Não esperou que o carro parasse e correu para a porta)

Dulce abriu a porta aos prantos e se jogou nos braços da cunhada.

Dul: Eu quero o meu Christopher ( soluçou)

Mai: Nós vamos encontrá-lo Dul. ( afagou os cabelos dela) E se ele não morrer eu mato ele.

Fercho: Mai ( a repreendeu)

Dul: Morrer? (afastou-se do abraço) Ai meu Deus (entrou sendo acompanhada pelo casal)

Mai: Desculpa. Você não sabe o que o Detetive falou pra ele? (sentou-se no sofá)

Dul: Não... O Detetive ia trazer mais informações sobre o roubo e como o Fernando agiu. Então ele ficou um bom tempo conversando com o Chris. Depois que o detetive foi embora, ele ficou horas no escritório. Saiu na hora do jantar e mal tocou na comida. Quando eu acordei ele não estava na cama, desci pra procurá-lo e ele estava na academia. Esvaziando a quinta garrafa de Whisky, ele estava tão agressivo, e por pouco não me atropelou .

Fercho: O QUÊ? (Gritou mais logo se conteu quando lembrou de Valentina) Está machucada? (Dulce negou) Achei que ele não bebia whisky

Mai: E não bebe. Somente quando está com ódio, ou angustiado. Não podemos falar com o Detetive?

Dul: Eu já tentei. (suspirou) Mas, só da caixa postal.

Fercho: Valentina? (observou a menina na escada de pijama, cabelos bagunçados e o olhar assutado)

Valentina: O que aconteceu com o papai?

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