88° Capítulo

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Dulce não sabia o que estava sentindo. Uma mistura de alívio de dor, de angustia. A vida conturbada, cheia de reviravoltas estava a pondo louca.

Estava numa parte mais reservada do hospital. Onde não tinha ninguém. Entre lágrimas e soluços, permitiu-se sorrir ao final agora ela estava com a razão e ela foi vítima.

Yy; será que a gente pode...

Dul: Christopher, por favor, sai daqui. Não podemos conversar eu não quero falar com você. Deixe-me.

Chris: Dulce, por favor, digo eu. Escute-me...

Dul: por que eu deveria te escutar? Você não me escutou quando eu precisei que me escuta-se, você não acreditou em mim, quando eu precisei que, acredita-se. (disse magoada) Você me deixou, quando eu precisava que ficasse comigo.

Chris: Dulce entenda, era sua palavra contra a de um exame.

Dul: se me amasse de verdade, teria acreditado em mim, teria ficado do meu lado, e buscado respostas para isso. Mas não, você preferiu me julgar acabar todo nosso relacionamento no estacionamento do laboratório. (sentiu um nó forma-se em sua garganta ao lembra-se daquele episodio) Você me tratou como um nada, me descartou, me insultou. Eu me senti tão mal, eu me sinto mal.

Chris: nunca duvide do meu amor por você ( a segurou pelo braço encarando-a nos olhos firmemente)

Dul: Tarde de mais (soltou-se dos braços dele)

Chris: Dulce, por favor, me dá uma chance. Só mais uma, não desista de nós Eu lhe rogo.

Dul; Não é hora, nem lugar pra conversar sobre isso. Vá doar Christopher, ao menos salve a vida da SUA filha. (saiu)

Chris: Eu errei pequena eu sei que sim. Mas isso não me impede de ter você de volta, e eu não vou descansar até conseguir (pensou alto)

♪♪Horas depois♪♪

Médico: Ótimas, noticias (entrou na pequena sala, onde, encontravam-se Any, Dul, Poncho e Ucker) A Valentina está bem melhor. Ela acordou á poucos minutos e já pode receber visitas.

Any: vai lá Dul. (Encorajou)

Dul: acho melhor não, eu bem... Meio que briguei com ela antes de tudo acontecer.

Any: mas agora as coisas são diferentes.

Dul: tenho medo de deixá-la confusa e piorar a situação.

Poncho: Christopher vá e conte.

Chris: ok (respirou fundo e encarou Dulce que desviou o olhar)

Any: Boa sorte. (disse antes de Christopher sair da sala. Acompanhado do médico)

Dul: cadê o Pollito?

Poncho: ele foi resolver -se com Maite.

Any: espero que tudo fique bem

♦♦♦

Valentina estava mirando um canto qualquer do quarto. Sentia-se cansada e seus braços doíam, sua cabeça latejava. O que ela havia feito? Por que precipitou-se tanto? Como estaria sua mãe?

Perguntas sem respostas rondavam-lhe os pensamentos, despertou quando ouviu o barulho da porta sendo fechada. Sorriu quando viu Christopher passar por ela. Fazia tanto tempo que não o via.

Valentina: Pa...Christopher (sorriu fraco)

Chris: Ei pequena (foi ate a menina e depositou um beijo em sua testa) então não tem nada para me dizer? (mirou os pulsos da garota que estavam enfaixados)

Valentina: eu não sei o que dizer ( falou num sussurro com lágrimas nos olhos) foi tudo tão rápido. Só lembro de estar com muita raiva, a dor tava muito forte e eu precisava de algo, outra dor para esquecer-me do coração ferido. Depois só lembro de ter visto muito sangue e.. apaguei.

Chris: você assustou a todos. A sua mãe ficou muito abalada, chorou tanto, quase teve um troço. Eu tive tanto medo.

Valentina; ela não se importa.

Chris: não fale assim Valentina, ela te ama muito.

Valentina; como tem coragem, de defendê-la? Ela mentiu pra você também (disse com um tom de indignação)

Chris; bem... tenho algo para te contar .

Valentina; Ora pois, conte-me

Chris: o Médico te disse quem doou? (mirou a bolsa de sangue que tava ao lado da cama)

Valentina: a tia Any e o meu pai (fez cara de nojo)pelo menos pra isso o imbecil do Caio serviu.

Chris; e se eu te disser que não foi o Caio que doou?(mostrou o pequeno curativo no seu braço direito e Valentina arregalou os olhos)

Valentina: co..como? você é meu pai novamente?

Chris: eu nunca deixei de ser meu amor (abraçou a garota que soltou as lágrimas que estava segurando) eu tive tanto medo de perder-te minha princesa, medo de nunca mais ver seus olhos sorrirem pra mim novamente. (acariciou os cabelos dela)

Valentina; senti sua falta (confessou) eu te amo. Não me deixa mais, por favor.

Chris; o papai também te ama muito minha pequena (limpou as lágrimas da menina) Eu nunca vou deixar você minha filha.

Valentina: mas como isso é possível? Eu vi o exame.

Chris; Houve alguns erros no laboratório minha linda (mentiu não queria que a menina soubesse de tamanha barbaridade)

Valentina:então a culpa não foi da mamãe?(perguntou sentindo a culpa consumir cada parte de si)

Chris: não meu bebê. A culpa não foi da sua mãe (suspirou) acho que pisamos na bola com ela.

A realidade caiu como uma bomba sobre Valentina. As palavras duras que disse a sua mãe, as ofensas sórdidas que direcionou a ela.

Valentina: eu deixei a mamãe mal por nada, eu fiz ela chorar por nada. pai agora ela me odeia (desesperou-se)

Chris: oh não princesa, ela não te odeia. Sua mãe pode odiar qualquer pessoa do mundo, mas jamais irá sentir ódio de você, magoada sim, te odiando jamais.

Valentina; eu fiz coisas horríveis, eu disse coisas horríveis , eu a humilhei, eu disse que a odiava. (As lágrimas brotaram nos seus olho

Chris: jamais poderia ter feito isso com sua mãe. Independentemente do que estava acontecendo. Sua mãe dedicou-se todos esses anos por você, nunca deixou que nada te faltasse. Foi egoísmo de sua parte (advertiu)

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