Dulce não sabia o que estava sentindo. Uma mistura de alívio de dor, de angustia. A vida conturbada, cheia de reviravoltas estava a pondo louca.
Estava numa parte mais reservada do hospital. Onde não tinha ninguém. Entre lágrimas e soluços, permitiu-se sorrir ao final agora ela estava com a razão e ela foi vítima.
Yy; será que a gente pode...
Dul: Christopher, por favor, sai daqui. Não podemos conversar eu não quero falar com você. Deixe-me.
Chris: Dulce, por favor, digo eu. Escute-me...
Dul: por que eu deveria te escutar? Você não me escutou quando eu precisei que me escuta-se, você não acreditou em mim, quando eu precisei que, acredita-se. (disse magoada) Você me deixou, quando eu precisava que ficasse comigo.
Chris: Dulce entenda, era sua palavra contra a de um exame.
Dul: se me amasse de verdade, teria acreditado em mim, teria ficado do meu lado, e buscado respostas para isso. Mas não, você preferiu me julgar acabar todo nosso relacionamento no estacionamento do laboratório. (sentiu um nó forma-se em sua garganta ao lembra-se daquele episodio) Você me tratou como um nada, me descartou, me insultou. Eu me senti tão mal, eu me sinto mal.
Chris: nunca duvide do meu amor por você ( a segurou pelo braço encarando-a nos olhos firmemente)
Dul: Tarde de mais (soltou-se dos braços dele)
Chris: Dulce, por favor, me dá uma chance. Só mais uma, não desista de nós Eu lhe rogo.
Dul; Não é hora, nem lugar pra conversar sobre isso. Vá doar Christopher, ao menos salve a vida da SUA filha. (saiu)
Chris: Eu errei pequena eu sei que sim. Mas isso não me impede de ter você de volta, e eu não vou descansar até conseguir (pensou alto)
♪♪Horas depois♪♪
Médico: Ótimas, noticias (entrou na pequena sala, onde, encontravam-se Any, Dul, Poncho e Ucker) A Valentina está bem melhor. Ela acordou á poucos minutos e já pode receber visitas.
Any: vai lá Dul. (Encorajou)
Dul: acho melhor não, eu bem... Meio que briguei com ela antes de tudo acontecer.
Any: mas agora as coisas são diferentes.
Dul: tenho medo de deixá-la confusa e piorar a situação.
Poncho: Christopher vá e conte.
Chris: ok (respirou fundo e encarou Dulce que desviou o olhar)
Any: Boa sorte. (disse antes de Christopher sair da sala. Acompanhado do médico)
Dul: cadê o Pollito?
Poncho: ele foi resolver -se com Maite.
Any: espero que tudo fique bem
♦♦♦
Valentina estava mirando um canto qualquer do quarto. Sentia-se cansada e seus braços doíam, sua cabeça latejava. O que ela havia feito? Por que precipitou-se tanto? Como estaria sua mãe?
Perguntas sem respostas rondavam-lhe os pensamentos, despertou quando ouviu o barulho da porta sendo fechada. Sorriu quando viu Christopher passar por ela. Fazia tanto tempo que não o via.
Valentina: Pa...Christopher (sorriu fraco)
Chris: Ei pequena (foi ate a menina e depositou um beijo em sua testa) então não tem nada para me dizer? (mirou os pulsos da garota que estavam enfaixados)
Valentina: eu não sei o que dizer ( falou num sussurro com lágrimas nos olhos) foi tudo tão rápido. Só lembro de estar com muita raiva, a dor tava muito forte e eu precisava de algo, outra dor para esquecer-me do coração ferido. Depois só lembro de ter visto muito sangue e.. apaguei.
Chris: você assustou a todos. A sua mãe ficou muito abalada, chorou tanto, quase teve um troço. Eu tive tanto medo.
Valentina; ela não se importa.
Chris: não fale assim Valentina, ela te ama muito.
Valentina; como tem coragem, de defendê-la? Ela mentiu pra você também (disse com um tom de indignação)
Chris; bem... tenho algo para te contar .
Valentina; Ora pois, conte-me
Chris: o Médico te disse quem doou? (mirou a bolsa de sangue que tava ao lado da cama)
Valentina: a tia Any e o meu pai (fez cara de nojo)pelo menos pra isso o imbecil do Caio serviu.
Chris; e se eu te disser que não foi o Caio que doou?(mostrou o pequeno curativo no seu braço direito e Valentina arregalou os olhos)
Valentina: co..como? você é meu pai novamente?
Chris: eu nunca deixei de ser meu amor (abraçou a garota que soltou as lágrimas que estava segurando) eu tive tanto medo de perder-te minha princesa, medo de nunca mais ver seus olhos sorrirem pra mim novamente. (acariciou os cabelos dela)
Valentina; senti sua falta (confessou) eu te amo. Não me deixa mais, por favor.
Chris; o papai também te ama muito minha pequena (limpou as lágrimas da menina) Eu nunca vou deixar você minha filha.
Valentina: mas como isso é possível? Eu vi o exame.
Chris; Houve alguns erros no laboratório minha linda (mentiu não queria que a menina soubesse de tamanha barbaridade)
Valentina:então a culpa não foi da mamãe?(perguntou sentindo a culpa consumir cada parte de si)
Chris: não meu bebê. A culpa não foi da sua mãe (suspirou) acho que pisamos na bola com ela.
A realidade caiu como uma bomba sobre Valentina. As palavras duras que disse a sua mãe, as ofensas sórdidas que direcionou a ela.
Valentina: eu deixei a mamãe mal por nada, eu fiz ela chorar por nada. pai agora ela me odeia (desesperou-se)
Chris: oh não princesa, ela não te odeia. Sua mãe pode odiar qualquer pessoa do mundo, mas jamais irá sentir ódio de você, magoada sim, te odiando jamais.
Valentina; eu fiz coisas horríveis, eu disse coisas horríveis , eu a humilhei, eu disse que a odiava. (As lágrimas brotaram nos seus olho
Chris: jamais poderia ter feito isso com sua mãe. Independentemente do que estava acontecendo. Sua mãe dedicou-se todos esses anos por você, nunca deixou que nada te faltasse. Foi egoísmo de sua parte (advertiu)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aprendendo A Dar Valor
Hayran KurguQuando casou-se com Dulce Saviñón, Christopher sabia no que estava se envolvendo. Ela era fria, egoísta, egocêntrica e completamente maldosa. Ele nunca tinha visto uma mulher tão intocável, autoritária e... fascinante. Havia algo sobre Dulce que o i...