147° Capítulo

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Chris: Dulce o que eu... Uou ( atropelou suas palavras) O que diabos é isso? (apontou pro corpo dela)

Dul: É uma roupa Christopher. Ta feia?(mordeu o labio inferior)

Chris: Está horrivel, não lhe caiu bem (desviou o olhar)

Dul: Christopher ( o repreendeu)

Chris: Você está linda, incrível, fodidamente perfeita. E eu estaria louco se deixasse você sair de casa assim meu amor. Tira vai(aproximou-se dela tocando o rosto da mesma) Não quero outro homem desejando o que é meu.

Dul: Você está louco por pensar que pode mandar na minha roupa (afastou-se do toque dele) Eu gosto de me sentir desejada (Olhou-se mais uma vez no espelho ajeitando o decote)

Por ser apenas um almoço informal. Dulce optou por um short jans um tanto quanto curto espondo suas belas pernas e uma blusa soltinha com um decote simples porém charmoso. O Sol brilhava tornando o calor insuportável, o que a fez prender o cabelo em um rabo de cavalo alto. Por ser de dia sua maquiagem era leve e o seu batom cor de boca. Nos pés uma sandália baixa de tiras.

Chris: O que eu vou fazer a tarde toda sem você? Sim, porque você provavelmente não volta depois desse tal almoço, ainda vão fofocar e rodar a capital inteira.

Dul: Não sei amor. (escolheu uma bolsa rosinha claro para combinar com o tom da blusa) Que tal sair com a Valentina? (pegou a bolsa que estava usando para mudar os objetos para a outra) Faz tempo que vocês não saem juntos. Ela vai adorar.

Chris: Legal, eu tomo conta da nossa filha enquanto a mãe dela ta "curtindo" com as amigas.

Dul: Exato meu bem. NOSSA filha (pegou a bolsa) Fiquei sozinha com ela a semana inteira. Agora é sua vez (deu-lhe um selinho) Até mais tarde. (foi em direção a porta)

Chris: Ei, Ei, Ei. Se vai ficar horas fora ao menos me beija direito ( a agarrou)

***

Dulce estacionou no estacionamento do Restaurante e extranhou. Estava Vazio, Mandou uma mensagem pra Belinda, e a mesma respondeu que já estava no local.

Um carro estacionou ao lado do de Dulce e ela logo reconheceu a irmã. "O que Diabos estava havendo ali?" Ela saiu do veículo e Anahí também.

Annie: O que vocé esta fazendo aqui?

Dul: Oi Annie, tudo bem? Estou ótima. Obrigada por perguntar. ( Ironizou)

Annie: Não me venha com gracinhas. O que você está fazendo aqui?

Dul: Não é da sua conta mas eu digo. Vim almoça com a Belinda. (Travou as portas do carro)

Annie: Não. Eu vim almoçar com a Belinda.

Dul: Então vejo que almoçaremos juntas.

Annie: Mas nem a pau. Não me socializo com monstros.

Dul: Annie para de ser criança. Quem erra deve pagar por seus erros.

Annie: Ele é seu pai.

Dul: Ele é meu maior e pior pesadelo

Belinda: Meninas (aproximou-se) Que bom que chegaram. (sorrir)

Annie: Vocé não mencionou que teriamos companhia.

Dul: Nem que o restaurante estava fechado.(completou)

Belinda: Calma. Eu preciso muito da ajuda de vocês, das duas, juntas. Reservei o restaurante pra gente.

Annie: Beli eu...

Belinda: É super urgente, e eu não tenho mais nenhuma amiga. Então por favor me ajudem(mentiu. Por uma boa causa)

Dul: Eu não tenho problema nenhum em almoçar com minha querida irmã (mirou Anahí­)

Annie: Eu tenho problema em está com gente falsa (Mirou a Dulce de cima a baixo) Mas como é por uma boa causa. Espero que não seja nada grave.

Encaminharam-se para o estabelecimento propositalmente vazio. Acomodaram-se em uma das tantas mesas.

Escondida atrás de uma porta estava Blanca. Coração acelerado, vizão turva. Suas filhas estavam ali, aqueles bebês de seus sonhos estavam a poucos centímetros­ de distância, as filhas que ela tanto lutou para dar lhes a vida, as filhas que ela tão facilmente esqueceu-se. Não era sua culpa e ela sabia. Mas e se Dulce e Anahí não compreedessem seu motivo de distância? E se elas lhe dessem as costas? Maldito Inferno, ela almejava por abraçá-las

****


Elas fizeram o pedido ao único garçon presente, toda a equipe do restaurante foi instruída a servi-las.

Dul: O que é tão urgente?

Belinda: Hum... Bem... Vocês sabem o que é Catalepsia Patológica?

Annie: Shiii Beli, vocês medicos falam qualquer lí­ngua menos a minha. (Bebericou seu espumante)

Dul: Não é aquela doença que a pessoa morre mas na verdade não está morta?

Annie: Oii??

Belinda: Quase isso (sorrir fraco) Catalepsia patológica é um distúrbio bastante incomum, do qual o indivi­duo encontra-se em um estado onde os músculos do corpo tornam-se rígidos como uma estátua, dando a impressão de que se trata de um óbito. E bem, vocês lembram que eu disse estava aqui no México para encontrar peças perdidas?

Annie: Você é algum tipo de Mafiosa? (arregalou os olhos)

Dul: Ahh pelo amor de Deus. Eu nãpo acredito que você disse isso. (rolou os olhos para a irmã)

Belinda: Gente foco (chamou a atenção) Não Annie, eu não sou Mafiosa (sorriu) A minha mãe sofreu de Catalepsia Patológica a anos atrás. Inexplicavelmente isso afetou também parte do cerébro, infelizmente foram as suas memórias.

Dul: Eu sinto muito. Como ela está?

Belinda: Agora bem, já faz tanto tempo. Ela recontruiu sua vida do zero, como numa página em branco. A uns meses, ela tem tido flashes de sua vida antes de perder a memória. Ao que tudo indica ela foi dada como morta após ter dado a Luz a sua segunda filha, pois ela também tem flashes de um outro nascimento. O Distúrbio deve ter sido desapercido pelos médicos que indicaram óbito. Na certa ninguém da Familia se interessou em sepultá-la.

Annie: Ohh meu Deus, que horror. E o que aconteceu com a criança?

Belinda: As crianças, ela tem memórias de dois partos, isso significa que ela tem duas partes de sua alma pelo mundo, ela ficou tão atordoada com essa descoberta. Ela diz que nos relapsos de memória as duas crianças nascem vivas. Só que nós não tinhamos como saber, onde aquilo aconteceu. Até que um nome, um simples e famoso nome mostrou-se em seus pensamentos. Então vinhemos pra cá e as coisas ficaram nítidas, ela se lembrou de tudo e iniciamos nossa busca.

Dul: Vocês encontraram as crianças?

Belinda: As crianças já não são mais crianças. Eu as encontrei a algum tempo. Elas são adultas, independentes, com filhas lindas, todo um império de moda aos seus pés. Um pai que não foi o mesmo para ambas. E agora elas estão em conflito por esse pai (Belinda observou suas irmãs ficarem rígidas.)

Sim elas já haviam entendido.

Annie: Não, isso não é possí­vel. Ela, eu... Não pode ser.

Dul: Você ta querendo dizer que a minha mãe a nossa mãe, ela está... está (sua voz foi embora no momento em que olhos identicos aos seus a miraram)

Blanca: Sim querida. Eu estou viva.

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