11° Capítulo

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Dulce estava em seu escritório e mirava a vista que as grandes janelas de vidro lhe proporcionava sobre toda a capital.

Seus projetos estavam sobre a mesa e ela não tinha a mínima vontade de tocá-los, não agora.

Ela tinha um copo do starbucks em mãos, e bebia pequenos goles do  capuccino. E Enquanto a bebida quente lhe descia aos estômago, ela se perguntava, o que era aquela sensação de borboletas voando por lá.

Imagens de Christopher lhe desciam a mente. Sorrindo, sério, concentrado, comendo, dormindo. Seu corpo havia sido reclamado por ele e isso lhe despertará variadas emoções. Estaria ela amando seu esposo?

Flagrou-se pensando nisso, e a possibilidade lhe fez corar. Era capaz de amar alguém? Alguém tão bom quanto Christopher? Se verdadeiramente fosse amor, ela estava contente com isso. Lhe fez bem.

Foi tirada de seus devaneios, quando sentiu a presença de alguém. E lá estava Caio, impecável como sempre. Seu terno arrumado, seus cabelos estrategicamente bagunçados, sequer denunciavam o que ele realmente fazia. Contrabandear pedras preciosas.

Isso nunca a incomodou. Caio era sua relação extraconjugal e seu relacionamento baseava-se em sexo e somente sexo. A vida pessoal ou os crimes que ele cometia, nunca fôra de sua conta. A única coisa que esperava dele, era que a fizesse gozar. O que ficou claro, que o homem que tinha em casa, fazia muito melhor.

Dul: O que faz aqui? (Perguntou a primeira coisa que lhe passou pela mente)

E o que diabos ele fazia ali? Não queria vê-lo, não agora. Talvez nunca mais quisesse vê-lo. A presença dele a incomodou, fez com que ela se sentisse suja. E por Deus, ela realmente era podre. Uma adúltera de merda.

Caio: Eu queria ver você ( Disse simples)

Dul: Perdão?

Caio: Querida, faz um mês que você não me liga, que não nos vemos. Eu estou com saudade (Ele tentou tocá-la e ela afastou-se) Dulce, o que aconteceu? ( Parecia confuso)

A presença dele estava lhe enojando, não queria nem saber o que o toque lhe faria.

Ela se levantou e caminhou pela sala, parando na frente de sua mesa e escorando-se no móvel. Cruzou os braços sob o peito e puxando uma longa lufada de ar, disse:

Dul: Não aconteceu nada. Só que não nos veremos mais.

Caio: Como?

Dul: Toda nossa relação foi um erro Caio. Um erro que estou tentando consertar agora. Estou pondo um fim, nisso que temos.

Caio: Posso ao menos perguntar por que?

Dul: Eu tenho alguém. Alguém que sempre esteve comigo e só agora eu descobri que realmente vale a pena e que realmente pode me satisfazer, de forma que você nunca será capaz.

Caio: Não era isso que você dizia quando estava em minha cama, gemendo para mim! ( Furioso)

Dulce encolheu-se sentindo o rubor tomar conta de suas bochechas. Sentia vergonha de sí mesma.

Dul: Foi um erro. E eu estou corrigindo agora.

Caio: Dulce eu te amo ( A tomou em seus braços)

Mal, aquilo estava muito mal. Ela tentou libertar-se, o toque dele já não lhe causava desejo.

Dul: Me largue, por favor (Ele não o fez) Caio eu não posso fazer isso. Eu não amo você. Eu amo meu esposo.

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