121° Capítulo

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Dul: A primeira semana foi a mais difícil. Eles castigavam a todos, a comida era horrível e nos faziam trabalhar no intervalo das aulas. O aprendizado era forçado, e tinha dias que se não soubéssemos responder as perguntas faziam cortes nos braços. Se passasse-mos da hora de acorda, eramos acordadas a pauladas. E foi por esse motivo que tomei minha primeira surra

Chris: Isso era ilegal Dul. A justiça nunca descobriu?

Dul: Eram filhos bastardos de gente importante que estavam lá. Muito dinheiro rolava pra que o internato existisse sem que ninguém pudesse interromper. Era um irferno, mulheres desalmadas que se empanhavam dia e noite em destruir a vida de cada criança ou adolescente, que ali estavam.

Chris: Eu queria ter estado lá, só pra te proteger

Dul: não diga bobeiras meu amor. Provavelmente se você estivesse lá seria como os outros e o internato era feminino (sorriu fraco). Ninguém ajudava ninguém era cada um por sí.(ganhou fôlego) Mas enfim... 1 mês depois de interna eu recebi minha primeira tarefa. Eu teria que limpar a piscina. Fácil, mas eu nunca havia chegado perto de uma, já que eu era proibida de transitar pela área de lazer da mansão. Eu não sabia nadar. Era noite e estava chovendo. Chovendo muito, eu usava apenas um fino baby dool, feito de um pano vagabundo, que eramos obrigados a usar.

Chris: Por que não se recusou?

Dul: Porque a surra seria maior e mais dolorosa. Então eu fui, com medo, com frio mas eu fui. A piscina era do tamanho de uma olímpica, e eu tinha apenas 30 minutos pra limpá-la de todas as folhas que tinha. A piscina não era usada a muito tempo o que só dificultava. Meu tempo esgotou-se, e a piscina não estava limpa (voltou a soluçar) Eu não a vi estava escuro, eu só senti meu corpo e de encontro a água.

Chris: Oh meu Deus ( horrorizado)

Dul: A tenente chefe estava lá. Ela era a mais rigorosa, e o Fernando fez questão de que ela ficasse responsável por mim. Eu gritava por socorro e ela sorria maléfica, parecia divertir-se com meu desespero. Eu fiquei tentando por 20 minutos, mas a chuva era forte e eu não tinha comido. Estava com frio, meu corpo já não respondia meus comandos, e então eu não vi mas nada

Chris: A Tenente assistiu tudo e não fez nada?

Dul: Ela fez, foi ela quem me empurrou, e só me tirou de lá quando eu já estava desacordada... Acordei sentindo pancadas no meu corpo, elas estavam me espancando novamente. Diziam que eu era fraca e que merecia tudo aquilo. A tortura durou muito tempo. Eu não Sabia quanto ia aguentar, iriam matar-me, porém o Fernando chegou e estupidamente me salvou (apertou o corpo de Christopher ao seu)

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