118° Capítulo

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Um tanto quanto assustado com o estado da amada, Chris a apertou contra sí, permitindo que ela chorasse em seu peito. Sentia que aquelas eram lágrimas guardadas a muito tempo e que só agora estavam sendo libertas.

Minutos se passaram e o choro foi cessando, Chris não disse nada, embora sua curiosidade fosse tamanha não queria prescioná-la

Dul: Eu nunca entendi porque ( sussurra)eu o amava Chris, ele era o único exemplo que eu tinha. Eu queria um pai e ganhei um monstro, a medida que eu crescia ele matou todo o amor que por ele eu sentia (suas lágrimas agora eram silenciosas apenas gotas escorrendo por sua face e molhando o peito de Chris)

Chris: Desabafa meu amor. Conta pra mim o que está preso em ti. Divide tua dor comigo.

Dul: Dói tanto, é uma ferida guardada que nunca irá curar, eu sei que não. Você tem razão... Ele é meu ponto fraco.

Fechou os olhos recordando-se de todos os seus horríveis momentos

Dul: Eu comecei a sentir a indiferença nos meus 5 anos. Quando numa raridade das folgas do Fernando ele levou a Annie pra brincar nos jardins da mansão, e deu ordens expressas para que me vigiassem e não me deixassem sair. Da varanda do meu quarto eu vi como se divertiam, eu queria estar lá, eu queria que ele me amasse, como amava a Annie.

Pronunciava cada palavra pausadamente, como se estivesse revivendo aquele momento. Chris tinha uma mão entrelaçada a dela e a outra estava nos cabelos da mesma, num afago.

Dul: Dali as coisas só pioraram, e não tardou a ele proibir-me de chamá-lo de pai (respira fundo, ganhando forças para prosseguir) Meu mundo acabou ali Chris. Eu não tinha minha mãe, eu não tinha tios ou tias, eu não tinha ninguém a não ser minha irmã. Aquela que mais tarde o Fernando arrancaria de mim. (soluçou)

Chris deixou um lágrima teimosa descer por sua face... Deus como queria ter estado com ela naquela época, como queria ter o poder de voltar no tempo e arrancar Dulce das garras de Fernando. Apertou-a mais a sí a incentivando a prosseguir

Dul: Com um tempo eu descobri, que para ele, eu não era sua filha. Eu era a culpada da morte da sua mulher, eu tinha matado o amor da sua vida. Eu me senti a assassina da minha mãe.

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