C A P Í T U L O 76

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•Para uma melhor experiência deste capítulo, ouça Poolside Alt – After (Original Motion Picture Soundtrack).

SAMANTHA PRICE

     O que resta agora é o silêncio.

     Christian e eu ficamos em um silêncio gostosinho pós-foda, nos recuperando do orgasmo intenso que tivemos há alguns minutos. Eu estou deitada com a cabeça em seu peito, brincando com sua correntinha de prata entre os dedos, enquanto ele está com o braço embaixo do meu corpo, alisando a pele do meu braço com a ponta dos dedos. Olho para baixo, onde nossas pernas estão entrelaçadas, e depois olho para Christian, que sorri pra mim.

     Com vergonha, volto a esconder o rosto em seu peito, e ele dá risada.

     — Você é muito linda. — Christian sussurra próximo ao meu ouvido, e eu fico arrepiada.
     — Você já disse isso. — Sem mostrar meu sorriso todo bobinho, círculo seu mamilo com o dedo indicador, descendo pelas linhas de seus músculos. — Várias vezes.
     — Isso não significa que eu não possa dizer mais uma. Você é linda. Muito, muito, muito linda!

     Dou risada enquanto ele me enche de beijinhos gentis no rosto e na cabeça, apertando-me contra seu corpo. Tinha me esquecido o quão bom momentos assim eram, já estava até começando a me acostumar com a ideia de não ter mais um namorado pra me abraçar e me encher de beijos, me fazendo carinho até dormir, fazendo comentários baixinhos no meu ouvido enquanto assistimos um filme juntos... Espera. Estamos namorando?

     Christian para de me beijar, e me puxa para cima de seu corpo, suas mãos subindo e descendo pelas minhas costas nuas. Apoio os braços em seu peito, e meu queixo em cima de seu braço, abrindo um sorriso para ele.

     — Você também é muito lindo. — Digo
     — E gostoso. — Christian completa, um sorriso maldoso em seu rosto. Reviro os olhos. — Você adora revirar os olhos pra mim, não é?

     Balanço a cabeça para confirmar, a deitando de lado. Christian abre a boca para responder, provavelmente algo pervertido, mas então somos interrompidos pelo som de algo tocando. Algo não, um celular. E é o dele, porque o toque a diferente – o toque do Christian é da abertura de *Brooklyn 99, e o meu toque é o padrão do celular mesmo.

     Saio de cima dele e, suspirando, Christian se levanta para ir pegar o celular. Antes dele entrar no banheiro, dou uma bela conferida em sua bunda, mordendo o lábio de forma maliciosa.

     — Fala, pai. — Ele volta do banheiro usando a cueca, e fazendo sinal com o dedo para que eu fique em silêncio. — Eu tô...com uma amiga.

     Christian olha pra mim, mas eu desvio o olhar e me sento direito no colchão, cobrindo meu corpo com o edredom de bolinhas amarelas. Não é que ser chamada de amiga tenha me deixado abalada, ou sei lá, só é meio desconfortável, porque ainda não nos resolvemos.

     — É...eu sei...eu sei. Desculpa. Eu já vou pra casa. Tchau.

     E então ele encerra a chamada, soltando mais um suspiro ao se sentar do meu lado.

     — Eu preciso ir pra casa, linda.
     — É, eu percebi. — Olho para ele, sorrindo meio sem graça, mas logo volto a desviar o olhar.  — Pode me deixar em casa também?
     — Óbvio.

     Sorrindo, Christian beija minha bochecha demoradamente. Eu me afasto antes que seus lábios façam isso primeiro, me levantando rapidamente para juntar minhas coisas e me vestir – eu deixei algumas roupas no baú que já estava aqui em cima quando entrei pela primeira vez no loft, só por precaução, porque sei que não passaria a noite aqui sozinha de qualquer maneira.

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