C A P Í T U L O 87

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SAMANTHA PRICE

     Ainda está chovendo um pouco quando Christian estaciona o carro de frente para a garagem de sua casa. Posso sentir os respingos do chuvisco caindo no meu rosto quando desço do carro, e, por isso, rapidamente corro com Christian até a entrada. Ele abre a porta, e nós entramos na casa quentinha e acolhedora.

     — Lá fora está tão frio. — Comento, enquanto Christian tira a jaqueta e a pendura no cabideiro.
     — Falou a garota que está usando saia e meia calça. — Ele olha pra mim com deboche, e eu reviro meus olhos. — Não sei se a senhorita King sabe, mas ainda é inverno.
     — Sério? Achei que eu estivesse sentido frio de verão.

     Quem revira os olhos agora é Christian, e eu dou risada.

     Pressionando a palma da mão contra minhas costas, ele sai me empurrando escada a cima, em direção ao seu quarto. A casa dele é tão chique, que as luzes do corredor se acendem com sensor de movimentos, e assim Christian não precisa apertar nenhum interruptor pra isso. Ele fecha a porta depois que entramos no quarto, deixando minhas coisas em cima da cadeira de sua escrivaninha.

     Faz muito tempo que não entro aqui, mas tudo parece exatamente igual. Quando foi a última vez mesmo? Ah, foi quando Alyssa me chamou de piranha, por eu ter transado com Christian, mesmo sendo "corna". As lembranças daquela noite fazem um nó no meu estômago.

     Eu me sento na cama, o colchão extremamente macio afundando embaixo de mim, e então solto um suspiro. O troféu do último Campeonato Estadual de Futebol Americano está posto na prateleira de Christian – uma prateleira toda moderna, com luzes, uma camiseta do Giants autografada e tudo. Christian tem muitos troféus, medalhas – não só de futebol americano, mas também de futebol "brasileiro" e natação –, bandeirinhas de seus times favoritos, bolas de futebol americano em pedestais, etc. É uma coleção digna de um adolescente de 17 anos, parece até cenário de filme.

     — O quê? — Christian segue meu olhar até seu "templo particular", depois volta a olhar para mim e abre um sorriso pequeno. — Você coleciona desenhos, e eu coleciono troféus. Sem julgamentos, King.
     — Hum...e você mostra seus troféus para todas as suas conquistas? — Mordo o lábio inferior, sorrindo quase como um diabinho atentado prestes a pôr fogo na casa de alguém.
      — Não estou, tentando impressionar você.

     Os lábios de Christian se curvam num sorriso ainda mais malicioso que o meu, e ele vem até mim, lentamente se insinuando sobre meu corpo. Ele sustenta seu peso nas mãos, ao pressiona-las contra o colchão colchão, uma de cada lado da minha cabeça, olhando bem nos meus olhos quando me deito.

     — Funcionou? — Christian sussurra

     Ele sobe com os joelhos na cama, e eu abro as pernas para lhe dar mais espaço, minha saia escorregando por minhas coxas até minha calcinha de renda borgonha aparecer.

      — Humm... não. — Franzo o nariz e nego com a cabeça, rindo em seguida. — Atletas são idiotas metidos a superiores. Troféus não me excitam.
     — Ah...eu sei o que te excita. — Christian cochicha no meu ouvido, encostando a cabeça próxima a minha. Uma onda de arrepios sobe por todos meus nervos sensíveis, tudo isso porque seus lábios estão frios contra minha orelha.

     Rastejo minhas mãos em seus ombros, sorrindo para Christian quando ele levanta a cabeça. Ele me beija devagar, adentrando minha boca com a língua para que eu a abra mais. Eu aqueço sua boca com meus beijos, tornando-a mais agradável, mais úmida. Seguro sua nuca com uma mão, e laço seu quadril com uma de minhas pernas, puxando-o para baixo. No momento em que Christian encosta o corpo no meu, eu o empurro pelos ombros para inverter as posições, me sentando sobre seu colo.

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