SAMANTHA PRICE
— Como o mais velho entre nós três, o Nate vai tomar conta da gente. Ele vai dirigir na ida e na volta – óbvio, porque eu não tenho carteira para carro e a Beth tem quinze anos –, e eu não vou deixar ele beber nada alcoólico, e ele não vai deixar a gente beber nada alcoólico também. É uma festa no Beach Club, tem seguranças para todo lado e é uma festa fechada para apenas membros do clube. Só precisamos do passe, e tá resolvido.
Abro um sorriso confiante quando termino de falar, e olho para Charles e minha mãe. Eles se encaram, depois olham para mim, Nate e Beth. Estamos os três de pé para eles, que estão sentados no sofá, e tentamos parecer o mais santinhos e comportados possível.
— Bom — Minha mãe começa a falar, assumindo uma pose falsamente séria. Ela só está se achando por nossa felicidade depender da sua resposta. —, nós demos um dia pra vocês ficarem sozinhos, e vocês ainda pedem a noite?
— A gente dá o braço, e eles já querem o corpo inteiro. — Charles entra na dela, sorrindo e balançando a cabeça.
— Que feio.Olho para Nate por cima da cabeça de Beth, que está de pé entre nós e é baixinha. Ele afirma com a cabeça quando entende meu olhar de emergência. Hora do plano B.
Cutuco Beth, para ela ficar a par de que vamos partir para nossa maior e mais secreta arma, da qual nenhum pai bonzinho resiste...
— Por favoooooor! — Imploramos os três em coro.
Juntamos as mãos uma na outra, implorando e fazendo carinha de cachorro pidão. Se isso não funcionar, temos o plano C, que é aquela história de fugir quando eles estiverem dormindo. Estou torcendo para não precisarmos usar o plano C.
Charles e minha mãe continuam olhando para nós com aquela falsa sensação de superioridade – ainda que sejam nossos pais e responsáveis legais, e eles sejam sempre os superiores para nós.
Os sorrisinhos em seus rostos são irritantes, e eu sei que eles estão fazendo isso para torturar a gente. Com certeza já devem até ter uma resposta a gente a muito tempo.
— Deixa! Deixa! Deixaaaaa! — Continuamos implorando
Minha mãe revira os olhos.
— Tudo bem, já chega. — Ela diz, entonando uma voz mais alta. — Não podemos deixar vocês irem a uma festa sozinhos num lugar que não conhecem, com gente que vocês conhecem.
— Quando estamos em casa, você praticamente me expulsa de casa para ir em alguma festa e me "socializar". — Argumento, imitando aspas com os dedos.
— É diferente. — Minha mãe arqueia uma sobrancelha. — Em casa festas são dadas por pessoas que você conhece, e você encontra seus colegas da escola. Aqui é um ambiente novo, com pessoas novas.
— Preciso concordar com a Sally. — Charles acrescenta — Deixar vocês saírem pela cidade durante o dia é uma coisa, agora ir para uma festa durante a noite com pessoas desconhecidas? Não é uma boa ideia.Merda, ele tem razão.
E é exatamente por isso que eu quero ainda mais isso na festa. Eu sou adolescente, não preciso ver lógica nas coisas.
— A gente sabe se cuidar. — Digo a eles — Vocês educaram a gente pra isso, né? Não somos idiotas.
— Só um pouquinho. — Nate usa os dedos para indicar um sinal de algo pequeno.Beth chuta o tornozelo dele por mim, e eu seguro o sorriso satisfatório.
— Aí... — Nate resmunga entredentes — Ok, tudo bem, a gente é responsável sim.
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All For Love ✓2
Teen FictionLivro #2 OBS.: Sinopse possui spoiler do livro #1 Samantha Price estava de coração partido. O garoto pela qual jurava estar apaixonado por ela havia cometido um erro - o erro que ela mais temia acontecer. Depois da terrível - e quase fatídica - no...