CHRISTIAN ANDERSON
Eu acordo lentamente. Fico momentaneamente confuso com a parede branca, diferente da parede azul do meu quarto, mas aí me lembro que esse não é o meu quarto. Pisco algumas vezes, respirando pesado, e assim que tento me virar na cama de Sam, eu esbarro nela e quase deito por cima dela. Tinha me esquecido de como essa cama é pequena. Meus pés estão literalmente para fora do colchão, e meu braço também.
Dou um jeito de virar de barriga pra cima sem esmagar minha namorada. Sam continua dormindo pacificamente, de nova aberta, quase babando. Fico surpreso dela estar dormindo tão bem, já que se mexeu a noite inteira e chegou até a me derrubar no chão. Eu só não a julgo por isso, porque não deve ser fácil dormir com o joelho machucado.
Fico olhando para Sam dormindo tão tranquila, imersa em seus próprios sonhos. Essa é a melhor parte de acordar primeiro: ficar vendo ela dormir. Até me atrevo a tocar sua bochecha, suavemente deslizando os dedos por sua bochechinha lisa – ela não tem nenhuma espinhazinha nas bochechas... só na testa.
Sam se mexe sobre meu toque, mas não acorda. Continuo fazendo carinho nela, até sentir vontade de mijar, e então me levanto para ir ao banheiro. Antes de sair do quarto visto a calça, porque nunca de sabe quando posso esbarrar com minha sogra.
Minha sogra. Adoro dizer "minha sogra". É tão surreal; gosto.
Sinto cheiro de chá de camomila quando saio do banheiro. Sally já deve estar acordada, e fico me perguntando se eu devo ir falar com ela ou voltar para o quarto. Mas a infeliz da porta do banheiro faz barulho enquanto eu a fecho, e isso me entrega.
— Sam? — Sally chama — Ou é o Christian?
Eu ando até lá, acenando para Sally com vergonha.
— Sou eu. — Digo, mesmo ela me vendo e sabendo que sou eu.
— Ah, bom dia, Chris. — Sally sorri — Quer um pouco de chá?
— Não, valeu.
Já estou aqui mesmo, então me junto a ela na mesa. Sinceramente, não sei porque fiz isso, deixando um ar constrangedor entre nós. Não me lembro de ficar muito tempo sozinho na presença de Sally, a Sam sempre tava junto ou só saia de perto por alguns segundos.Eu batuco silenciosamente os dedos na madeira, olhando ao redor da cozinha pequena e simples. Sally continua bebericando de sua caneca de chá.
— Obrigada por passar a noite com a Sam. — Ela diz de repente. — Vocês se comportaram, né? — Seus olhos se arregalam, e um sorrisinho de mãe surge em seus lábios.
Olho para ela e sorrio sem graça.
— Uhum, claro. — E dessa vez é verdade, mas só porque a Sam tá machucada e sangrando entre as pernas. Se não fossem essas ocasiões, a caminha pequena dela já tinha quebrado.
Sally me encara, ainda com o mesmo sorriso no rosto, e depois, para minha surpresa, começa a rir. Fico confuso e com ainda mais vergonha, minhas bochechas começam a arder lentamente.
— Ah, querido, não precisa ficar com vergonha! — Ela diz entre as risadas, gesticulando com as mãos. — Está tudo bem. Respeito a intimidade sexual de vocês.
Caralho. Desvio o olhar para qualquer outro ponto da cozinha, cruzando os braços para tentar me "esconder"; estou sem camisa, de repente me sinto tão indecente. Sally ri mais um pouco e mais baixo.
Depois de um tempo voltamos ao silêncio.
É muito, muito estranho falar sobre essas coisas... íntimas com sua sogra. Tipo, você come a filha dela de diversas formas, posições e vezes, e ela simplesmente faz piada com isso. É vergonhoso. Porém, olhando de outro ângulo, é uma coisa positiva, já que o sogro é um escroto que não aceita que a filha dele é uma pervertida de primeira.
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All For Love ✓2
Ficção AdolescenteLivro #2 OBS.: Sinopse possui spoiler do livro #1 Samantha Price estava de coração partido. O garoto pela qual jurava estar apaixonado por ela havia cometido um erro - o erro que ela mais temia acontecer. Depois da terrível - e quase fatídica - no...