C A P Í T U L O 122

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SAMANTHA PRICE

     — Acha que a Aly escutou alguma coisa? — Pergunto à Christian, sentando-me na beirada da cama para vestir de volta minhas roupas.
     — Falei pra ela usar fones. — Christian diz — Se ela não usou, o problema é dela.

     A ideia de Alyssa ter escutado enquanto fazíamos sexo é engraçada e constrangedora ao mesmo tempo. Quero rir, mas não sei onde vou enfiar minha cara se encontrar ela pelos corredores da casa – isso se ela escutou. Penso em quando Aly reclamava comigo sobre ouvir Christian transando no quarto, e de como achava nojento e queria arrancar os ouvidos fora. Agora eu é quem estou na cama dele, fazendo Alyssa querer arrancar os ouvidos. Que mundo maluco.

     Puxo minhas roupas para perto de mim, e visto a meia calça sem a calcinha, porque ela está...melada. Não completamente, mas acho que dá pra entender. A guardo na nécessaire dentro da mochila, pra lavar quando eu chegar em casa.

     — Você vai embora agora? — Christian pergunta, enrolando uma toalha branca ao redor dos quadris.
     — Não sei... você quer que eu fique? — Sorrio

     Christian senta do meu lado, passando o braço pelos meus ombros, para depois beijar minha bochecha demoradamente.

     — Que horas você tem que estar em casa?
     — Até as nove. Avisei minha mãe que viria pra cá depois da escola.
     — Ainda está cedo. — Christian vira meu rosto em sua direção, dando-me selinhos carinhosos na boca. Sorrio largo, mas sem mostrar os dentes. — Fica mais um pouco, e mais tarde te deixo na porta da dona Sally.

     Finjo pensar por um momento.

     — Hummm... — Murmuro — Vai me dar comida? — Seguro um sorriso brincalhão.

     Christian ri.

     — Vou... vou te dar comida, linda.
     — Então eu fico. — Anuncio o que já era óbvio, deixando-me sorrir.

     Ponho as duas mãos em seu rosto, segurando-o, e o beijo rapidamente, sentindo Christian curvando-se em um sorriso contra meus lábios.

     — Humm...ok. — Digo, e Christian se afasta com um estalo molhado dos lábios nos meus. — Vai se vestir, peladão.
     — Você quer alguma coisa emprestada pra vestir? Já que vai ficar mais um pouco, precisa de algo mais confortável.

     Christian se levanta, mas para e olha pra mim, segurando o nó frouxo da toalha com uma mão, para que a toalha não caia. Adoro vestir as roupas dele, então nem penso duas vezes antes de dar uma resposta.

     — Óbvio. — Franzo a testa e sorrio, agitando a cabeça suavemente. — Vou montar um guarda roupa em casa com todas as roupas que já roubei de você. — Provoco num tom brincalhão – e ligeiramente verdadeiro.
     — Eu quero minha camiseta de volta. — Christian vira as costas pra mim, rindo, enquanto vai até o closet. — Você sabe de qual eu tô falando.

     Aproveito que ele não está olhando, e reviro os olhos, levantando-me da cama para ir me vestir também.

     — A camiseta florida de maconheiro? — Grito
     — É, a minha camiseta florida de maconheiro! — Christian grita de volta, a voz abafada porque está dentro do closet.
     — Você quis dizer "a nossa camiseta florida de maconheiro!"

     Dou uma risadinha de como estamos nos referindo a camiseta. É uma das minha preferidas do Christian. Não sei explicar muito bem – ela é bonita, simples, leve e parece combinar muitíssimo bem com ele, e tudo o que combina com ele, combina comigo também.

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