C A P Í T U L O 144

3.2K 303 189
                                    

CHRISTIAN ANDERSON

     Não faço ideia de que horas são quando eu acordo de manhã. Eu só sei que eu acordo com a claridade do dia entrando no quarto. Talvez tenha acabado de amanhecer, e eu acordei logo...mesmo me lembrando de ter ido dormir com as cortinas fechadas ontem a noite.

     Esfrego os olhos com as mãos, levando alguns segundos para me acostumar com o ambiente quando finalmente "acordo". É bem estranho acordar com a visão desse quarto.

     Me viro de lado na cama, sentindo falta do segundo travesseiro que tenho na minha cama em Bridgton. Era muito bom deitar no meio de um monte de travesseiros, e apertar, abraçar, colocar entre as pernas, chutar enquanto dormia... Mas essa cama vai ser temporária, então ok.

     Respiro fundo, e reparo que a cama da Aly, do outro lado do quarto, está vazia e arrumada. Ela quase nunca arruma a cama, deve ter feito isso porque estamos na casa dos nossos avós e só.

     Enfim, para a preguiçosa da minha irmã já ter acordado, é porque já deve estar um pouco mais tarde do que pensei que estivesse. Até que eu dormi bem, considerando todo o clima estranho com meu avô ontem.

     Ainda não consigo acreditar que ele anda de bengala pra cima e pra baixo, e que não consegue formular frases 100% coerentes, porque às vezes se esquece do que estava falando no meio da conversa. Meus pais tentaram manter a gente longe dele quase o dia inteiro, mas não andiatava, porque às vezes meu avô fugia da onde era mantido trancado, e ficava rondando a casa, me contando coisas que já me contou antes. Eu preferia que ele ficasse trancado, para eu não ter que lidar com nada disso e nem vê-lo assim.

     Estou com horror da palavra que começa com A. Não quero nem pensar que seja isso.

     Porra, mal acordei e já estou pensando demais, puta que pariu.

     Fecho os olhos de novo, assim esfregando meu rosto com as duas mãos. Espero que, esfregando com mais força e por mais tempo, isso afaste os pensamentos ruins da minha cabeça. Odeio quando é assim instantâneo, como se eu me deitasse para dormir com a ansiedade, e acorda-se com ela olhando pra mim e dizendo bom dia.

     A ansiedade e eu temos um puta relacionamento abusivo. Ela é obcecada por mim, e sente ciúmes quando não estou por perto. E eu minto pra ela, às vezes finjo que ela é invisível, e traio ela com a depressão nos meus piores dias. Fazemos mal um para o outro. Um puta relacionamento abusivo.

     Abro os olhos outra vez, bufando, e decido que vou pensar nas jogadas do futebol americano. Isso vai me distrair.

     Enquanto penso nisso – ou tento –, viro de lado outra vez e pego meu celular no chão. Há algumas mensagens e notificações das redes sociais, mas abro primeiro as mensagens que a Sam me enviou essa manhã. Ela acordou bem cedo hoje e...pura que pariu.

     Tenho certeza que minhas pupilas dilatam depois que eu abro a foto da Sam de biquíni. Ela está mostrando a bunda pra mim. A curva entre seu quadril e sua coxa chamam um pouco minha atenção. E seus seios estão um pouco cobertos por seu braço levantado para tirar a foto, mas não importa. Ainda consigo ver a bundinha e a curva da coxa dela – eu acho muito sexy.

     Minha magrela é muito sexy.

     Ela não tem aquele corpão violão da qual tantas garotas fazem questão de ter, mas é exatamente isso o que a faz ser tão sexy. Sua magreza fora dos padrões é seu charme.

     Fico olhando para a foto por um tempo, até sentir que estou duro. Já acordo assim todo dia, e agora eu não estou só duro, mas com tesão também. Olhando para as coxas dela, os quadris e a bunda, passo a mão no volume que formado na frente da minha bermuda, apertando de leve. Queria que ela estivesse aqui pra chupar meu pau.

All For Love ✓2Onde histórias criam vida. Descubra agora