C A P Í T U L O 154

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•Para uma melhor experiência deste capítulo, ouça Can't Get Over You – KVSH, The Otherz, Gabriel Froede.

SAMANTHA PRICE

     Essa é a festa mais chique que eu já fui em toda a minha vida.

     Assim que atravessamos o saguão, e saímos pra a área interna do Beach Club, somos envolvidos pelo som alto e animado da música eletrônica tocando por todos os lados. As luzes são coloridas e estão espalhadas por toda a área de lazer, com grandes decorações caras e que lembram uma boate.

     As luzes estão espalhadas de modo que iluminem nossos corpos de um jeito colorido, então, enquanto desço as plataformas de madeira em direção às mesas, meu corpo inteiro é tomado pelo rosa e roxo e azul neon.

     Paramos na última plataforma para olhar ao redor da festa.

     — Puta merda, quanto riquinho. — Nate diz, sorrindo de canto.
     — Do que você está falando? — Olho para ele, arqueando a sobrancelha. — Você também é um riquinho. Os dois são. — Aponto para Beth
    
     Nate me pega pelo pulso, e praticamente esfrega meu braço na minha própria cara.

     — Está usando pulseirinha vip também. — Ele diz — É uma de nós agora.
     — Nem-fudendo. — Puxo meu braço de volta, levantando o dedo do meio para ele. — No máximo, sou uma intrusa.

     Olho para as pessoas curtindo a festa outra vez. Está cheio, mas nem tanto. É um cheio "organizado". É o tipo de cheio que os guardas de uma boate fazem questão de dizer que está lá dentro, quando alguém sem grana tenta entrar depois de esperar meia hora na fila, mas na verdade ainda cabe mais gente.

     Reparo em algumas pessoas que passam pela gente; as roupas no corpo deles pagaria um ano completo de assinatura em algum streaming, tipo Netflix, e ainda sobraria grana. O vestido que estou usando custou 30 dólares num brechó, e eu já achei caro.

     — Beleza, foda-se os riquinhos de merda. — Beth se vira para ficar de frente para mim e Nate. Ela está sorrindo largo, e seus olhos estão brilhando. — O que a gente faz primeiro?
     — Eu... — Olho para um garçom passando pela gente, subindo em direção ao bar. —...vou beber mais piña colada!

     Chega fico com água na boca só de imaginar o gosto doce da bebida descendo pela garganta. Eu bebo a versão sem álcool, mas não procuro ficar bêbada, só gosto muito do sabor do drink, e eu nem sou tão fã assim de abacaxi.

     — Vem comigo, Beth.

     Pego na mão dela, e a saio puxando comigo de volta lá pra cima. Nate grita por nós, e eu apenas me viro para acenar para ele, mas depois continuo em direção ao bar. Estamos logo ali, não vamos nos perder.

     Pisamos no chão do bar, que debaixo de emana uma luz azul esverdeado bem claro, e praticamente empurramos nós mesmas contra o balcão que nos separa do barmen.

     — Duas piña coladas por favor! — Beth e eu pedimos ao mesmo tempo, esticando os braços para que o barmen pudesse ver nossas pulseirinhas.

     O barmen assente com a cabeça, virando-se para pegar os ingredientes dos nosso drinks. Me sento num dos banquinhos, ainda olhando para todo o ambiente, que no momento está muito diferente do que costuma ser pela manhã. Está brilhante e colorido, moderno.

     — Você acha que tem algum gatinho por aí? — Beth pergunta, mas não sei dizer se está falando sozinha ou comigo.

     Ela olha ao redor também, de um jeito diferente, como se estivesse procurando alguém. E ela está procurando alguma pessoa para ser seu alvo de flerte adolescente; tem o DNA do Nate nas veias, nem me surpreendo mais.

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