C A P Í T U L O 145

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CHRISTIAN ANDERSON

     Eu dei a volta no parque, e depois voltei para casa. Alyssa não tinha voltado quando cheguei, mas mandou uma mensagem dizendo que estava na casa da Jennie.

     A não ser que a Jennie seja bem receptiva, acho que ele deve ter gostado da Aly também. Ou eu só quero que goste para que minha irmã não se magoe de novo.

     Almoço os sanduíches da vovó, e depois vou para o jardim. É claro que meu avô não está mais lá, e foi "tirar um cochilo". Eu conheço meu vô; ele não gosta de cochilos da tarde. Ele costuma dizer que cochilos da tarde são é inúteis, e que se Deus gastou o tempo dele criando o sol e o céu azul, é porque ele queria que saíssemos. Eu adorava isso, mas agora não tenho muitos motivos para ficar aqui fora aproveitando o sol e o céu azul que Deus fez com o sacrifício de seu precioso tempo.

     Me sento na varanda e olho para a árvore gigante que tem no quintal. A casa da árvore continua lá, intacta. Achei que alguém fosse ter a brilhante ideia de derrubar ela depois que nos mudamos, mas ela continua aqui.

     Quero subir e ver como está lá em cima, mas não sei nem se esse treco está seguro. Pode estar podre – a madeira e tudo mais. Fico só admirando aqui debaixo. Aproveito para mandar uma mensagem pra Sam, já que ela ainda não respondeu a minha taradisse com sua foto de biquíni.

Ainda tá viva?

      Fico esperando a mensagem dela, mas ela sequer fica online. Me pergunto o que deve estar fazendo, mas isso é bobagem; Sam provavelmente está dando alguns mergulhos ou ficando bronzeada. Pondo aquela bunda linda virada pro sol. Com um monte de caras olhando.

     Só pra me certificar, mando uma mensagem pro Nate.

Tá aí, corno?
N: Tô, infeliz
Cadê a Sam?

     Começo a digitar "ela não responde minhas mensagens" em seguida, mas não quero parecer desesperado.

N: Na água.
N: Ela não desgruda do mar nem por um caralho.
N: Já está ali já faz um tempão.
N: Só sai pra comer, passar protetor solar e beber alguma coisa.

     Sorrio de canto. Adoraria vê-la agora, toda empolgadinha com o mar e a praia. Deve ser a coisa mais fofa do mundo.

Alguém já deu em cima dela?
Ela tá gostosa demais com aquele biquíni, alguém vai olhar.
N: Primeiramente: tem mais gatinhas na praia, vai por mim.
N: Segundamente: não, ninguém deu em cima dela, seu psicopata ciumento.
N: Se você quer saber, pergunta pra ela.
Não estou com ciúmes, eu só queria saber.
Eu falei pra você ficar de olho por mim...
N: A Sam já é bem grandinha, sabe se cuidar.
Eu sei porra.
Confio nela. Eu não confio são nesses tarados usando sunga com estampa de fruta e relógio caro aprova d'água.

     A Sam facilmente daria um fora neles sozinha. Eu já a vi de perto dando um fora em vários caras. Ainda sim, a ideia de alguém dar em cima dela quando não estou por perto é bem irritante. Ela pode usar o biquíni que quiser, do tamanho que quiser, mas o tarados que não seguram o pau dentro das calças precisam se controlar.

N: Relaxa.
N: Confia no pai, que o primeiro que der em cima da tua não-corninha vai voltar pra casa numa cadeira de rodas.
N:...
N:...
N: É, essa frase não saiu legal.

     Começo a rir, e mando uns emojis pra ele.

Ok, Latrel, fica de olho nela por mim.
N: Vai se foder.

All For Love ✓2Onde histórias criam vida. Descubra agora