P R Ó L O G O Pt.2

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CHRISTIAN ANDERSON
DEPOIS...

     Amar uma pessoa requer confiança. É basicamente isso o que todos os terapeutas de casais do mundo sempre dizem, e é basicamente verdade. Quando não há confiança, há paranóia, brigas e insegurança. Eu sei bem que era exatamente assim que Samantha Price se sentia quando estava comigo.

     Não necessariamente o tempo inteiro, mas em parte – quando estávamos rodeados de garotas principalmente. Eu não a culpo, porque eu a entendia perfeitamente bem; eu sou a merda de um mulherengo. Para minha idade, já transei mais do que gostaria de admitir. Não tenho orgulho disso.

     Era uma garota diferente por semana, e todas elas eram todas iguais – bonitas, delicadas, bobinhas, fáceis, gostosas. E sempre acontecia a mesma coisa no final – ela dizia se apaixonar, e geralmente isso não era nem 50% verdade, era apenas ilusão. E eu gostava de partir o coração delas depois da suposta "declaração de amor". Não é como se sentisse algum tipo de prazer extraordinário quando as via chorando depois de me verem com outra garota, mas é como se eu sentisse a necessidade do desapego.

     Namorar com essas garotas não fazia sentido pra mim. A única coisa que fazia sentido eram os olhos castanhos avelã da Samantha King Price. Isso sim fazia meu coração disparar. Mas eu sabia que não podia ter ela, ou então partiria o coração da minha própria irmã.

     Qual o problema nisso tudo? Eu sou a merda de um mulherengo; eu não me controlo. A desejei secretamente durante quatro anos, e quando aquele trabalho ridiculamente clichê surgiu, me vi livre para me aproximar da Sam como sempre quis. E quando ela me beijou...porra, quando ela me beijou eu senti um monte de coisa diferente – quiser comer ela em cima daquela pia, mas também quis ficar abraçado com ela igual a um pateta, a ao mesmo tempo dizer o quão louco por ela eu sempre fui.

     Mas eu não sabia que um simples beijo fosse trazer um furacão nas nossas vidas.

     Atravessei o inferno com Samantha, apenas para termos algumas semanas de namoro destruído pela minha falta de controle. Eu sempre achei ridículo a insegurança dela, mas depois daquela noite – aquela merda de noite com a Tess e a vodka –, percebi que seu medo nunca foi em vão.

     Posso não ter nem ideia do que eu fiz, mas tenho certeza que destruí o coração da loira motoqueira e que usa moletom ao invés da jaqueta de couro. É exatamente isso o que eu faço – destruir corações –, me lembrando do que aconteceu ou não. Me odeio por isso.

      Vou fazer de tudo para consertar esse erro. Isso significa, que eu faria de tudo para ter o que tínhamos de volta. De tudo por amor..

 De tudo por amor

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