SAMANTHA PRICE
Na segunda semana de aula, após o Spring Break, as benditas provas finais caem matando sobre nós. Estou estudando feito uma condenada. Christian acha que eu não preciso, porque já garanti minhas notas pra passar de ano no semestre passado. Mas não é assim que funciona; todo o meu currículo escolar tem que estar perfeito para eu conseguir passar para Dartmouth no ano que vem.
Todo final de ano letivo é assim por aqui; uma correria. Eu já deveria ter me acostumado, mas sempre fico frustrada, entregando um monte de trabalhos e tendo que estudar para as provas ao mesmo tempo. Só fica menos tenso quando as provas terminam, porque aí ficamos vindo para as aulas pra fazer um monte de nada, aguardando ansiosamente – nem tanto – pelo baile de verão e pelo último dia de aula.
Acordo cedo na quinta-feira de manhã, para ir a escola – claro –, e percebo que o céu está bastante nublado, bastante mesmo. Parece que vai chover. Enquanto termino de me arrumar para sair, olho a previsão de tempo, porque não quero ser surpreendida pela chuva no meio do caminho, já que eu + moto + chuva = desastre ambulante.
O site de meteorologia de Bridgton diz não deve chover, e as nuvens carregadas são apenas "passageiras", indo em direção ao sul. Faz até sentido, porque está uma ventania da nada. Pelo menos o vento não incomoda tanto quando estou pilotando.
Fecho a tela do notebook, depois de terminar de olhar a previsão do tempo, e puxo minha meia preta 7/8 pela perna. Depois das meias, calço meu All Star branco de cano médio. Estou usando um shortinho preto hoje, curto, mas descente. E como está ventando pra cacete, passo minha jaqueta jeans pelos braços enquanto deixo o quarto, cobrindo a camiseta branca e justa.
— Mãe, já estou indo. — Anuncio ao entrar na cozinha.
— Mas já? Você nem tomou café.Olho ao redor da cozinha, procurando algo para comer no caminho ou quando chegar na escola, porque agora não tenho tempo. Acabo pegando um pacote de mini cenouras.
— Eu como no caminho. — Sorrio, esticando meu corpo para beijar sua bochecha.
— Por que tanta pressa pra chegar na escola assim? — Minha mãe me acompanha com os olhos enquanto volto para sala.
— Por acaso a dona Sally já olhou a hora?Assim que digo isso, minha mãe levanta o pulso para olhar o relógio pequeno que ela usa todo dia, 24h, desde que me entendo por gente. Seus olhos se arregalam de leve, e depois ela olha para mim.
— Meu Deus, eu nem vi a hora passando. — Diz com surpresa — Acho que estou dormindo de olhos abertos.
Dou uma risadinha.
— Tudo bem, mas não vá se atrasar também! — Exclamo, já na porta, quase saíndo para o corredor.
— Tenha um bom dia, querida! — Minha mãe exclama de volta.Aceno com a mão e resmungo algo que nem mesmo eu entendo, porque estou com uma mini cenoura na boca.
Assim que deixo o prédio, o vento atinge meu corpo com mais força do que o esperado. Mas que porra é essa? Estamos na porra da primavera, devia estar um lindo dia de sol, não caloooor, mas sol. Ao invés disso, estamos recebendo dias nublados e com possibilidade de chuva desde o fim de semana passado. Clima bizarrão...
Prendo bem o capacete na cabeça ao montar na moto, porque com esse vento é melhor estar bem previnida. Nunca tive muito problema com ventania, mas vai que né...
Arranco com o motor, e em segundos estou pegando a estrada principal que leva até a escola, torcendo para que não comece a chover no meio do caminho.
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All For Love ✓2
Teen FictionLivro #2 OBS.: Sinopse possui spoiler do livro #1 Samantha Price estava de coração partido. O garoto pela qual jurava estar apaixonado por ela havia cometido um erro - o erro que ela mais temia acontecer. Depois da terrível - e quase fatídica - no...