C A P Í T U L O 123

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SAMANTHA PRICE

     A semana passa, e com ela vem a segunda semana de março, mas agora já é quinta-feira de novo. O tempo está passando correndo, um dia atrás do outro, tão rápido que é como se não estivessemos fazendo nada significante.

    Apesar desse "empecilho", pelo menos está tudo na mais perfeita calma. É claro que isso agora é motivos de suspeita na minha vida, porque nada fica tão bem por tanto tempo. Pode ser exagero, mas me acostumei com as coisas acontecendo na minha vida, e aquele dia-a-dia simples e tedioso não existe mais. Por um lado, isso é até que bom.

    Hoje eu vou para a escola com minha mãe – ela já pegou o carro na oficina, então nada de carona com o sugar daddy dela –, porque Christian disse que ia se atrasar e não queria me atrasar também. Mesmo assim, eu sento no pátio para esperar ele chegar, logo depois de pegar e deixar algumas coisas no armário.

    Quando vejo o jipe Land Rover azul entrar no estacionamento da escola, sorrio imediatamente. Alguns vários segundos depois, meu celular vibra com a chegada de uma mensagem.

C: CHEGUEI!
Eu sei.
Tô no pátio...vi você chegando.
C: Stalker.

    Mando em resposta três emojis de carinha dando língua.

     Como Christian não manda mais mensagem, fico atenta para procura-lo. Ele sai de por entre os carros acompanhado por Alyssa. Lhe dá um beijo na testa, depois dela vai embora, e ele continua parado onde está, passando os olhos ao redor do pátio. Balanço o braço para que consiga me ver.

     Christian sorri, e, com as mãos nos bolsos do moletom amarelo, ele corre para chegar até mim.

     — Oi, linda. — Christian me beija assim que chega perto, e eu estico o pescoço para poder tocar melhor sua boca.
     — Oi... — Sorrio

    Christian senta do meu lado, e percebo que parece meio desconfortável, porque grunhiu e fez uma careta.

     — O que foi? — Pergunto levemente preocupada
     — Academia. — Responde Christian — Trabalhei nas pernas hoje, e depois voltei correndo pra casa. Minhas juntas estão me matando de dor.

     Aperto sua coxa com força, só de brincadeira, e Christian geme de dor. Dou risada.

     — Não faz isso. — Ele reclama — Mal consigo andar.
     — Falando assim, parece que você andou dando uma coisa para algum cara por aí. — Sorrio maldosamente, e mordo a boca para que esse sorriso não evolua para uma risada.

     Christian olha pra mim, horrorizado com o tipo de coisa que eu digo por aí.

     — Meu Deus, vai se tratar! — Ele me dá um empurrãozinho no ombro, rindo junto comigo.
     — Não, prefiro continuar falando merda. — Pisco um olho, ainda sorrindo com maldade.
     — Tá, mas se você parar de falar merda por um minuto — Christian se vira no banco para mim. Ele fica sério de repente, e isso me assusta. —, vai me deixar falar o que tenho pra falar.
     — O que foi? — Por que toda vez que temos alguma conversa séria, eu acho que fiz alguma merda que ele descobriu, mesmo sabendo que não fiz nada? — Aconteceu alguma coisa? — Talvez porque Christian chegou animado, e agora tá todo sério do nada.
     — Não, linda, tá tudo bem. — O sorriso dele pequeno me deixa mais aliviada. — Tem haver sobre o processo da Thereza.
     — Então fala logo! Fala!

     Nem me lembro da última vez em que tocamos nesse assunto. Pra falar a verdade, falamos sobre tudo, menos sobre o processo.

     — Tudo bem, meus pais conversaram comigo ontem a noite, e contaram que o juíz finalmente marcou a primeira audiência do caso.
     — Meu Deus... sério? — Seguro suas mãos instintivamente, e Christian as aperta. É um momento delicado pra ele. — Quando?
     — No sábado de manhã.
     — Mas já?
     — Pois é, eu também fiquei surpreso. — Christian suspira — Eu ia te mandar mensagem, mas como você vai dar depoimento, achei que fosse melhor fazer isso pessoalmente.

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