CHRISTIAN ANDERSON
É Natal, e tudo o que eu fiz desde que a ceia de almoço acabou, foi andar de um lado pro outro na casa, carregando um monte de coisa para a caminhonete estacionada no meio fio lá fora. Meu avô e meu pai, sentados na sala enquanto conversam, apenas observam atentamente meus movimentos de ida e vinda.
Saio do porão carregando embaixo dos braços uma escada de madeira bem grande. Meu pai franze a testa, e depois se levanta, me seguindo até lá fora.
— Tenho até medo de perguntar o que você está aprontando, depois do último fim de semana. — Ele diz
Olho para trás rapidamente, depois volto a prestar atenção no que estou fazendo, para não deixar a escada cair nos meus pés enquanto a ponho na caçamba.
— Não é nada demais. Só fazendo uma..."reforma" no loft. — Limpo as mãos na calça. Aqui fora está bem frio, mas toda essa agitação me deixa quente, então estou confortável sem me encapar todo com roupas de frio.
— E pra quê isso agora?Dou de ombros enquanto passo pelo meu pai, de volta para dentro. Dessa vez ele me segue apenas com o olhar.
— Passatempo. — Minto; ninguém precisa saber que tô montando um ateliê pra menina que eu gosto, já tô sem graça o suficiente só de pensar em "entregar" isso pra ela.
Volto no porão, e pego o tapete persa que eu enrolei e amarrei com o maior lacre que eu achei, para não soltar no meio do caminho e dar merda. Subir as escadas com essa merda é um sacrifício, já que pesa pra cacete, mas pelo menos já vou estar exercitando os braços e não vou precisar praticar durante o restante do recesso. Quando enfim subo na sala com aquele tapete enorme, meu avô da risada.
— Quer ajuda aí? — Ele pergunta
— Nem precisa se incomodar. — Respiro bem fundo, grunhindo quando ergo o tapete e apoio no ombro, o segurando com as duas mãos. — Mas valeu.
Enquanto me afasto para voltar para a caminhonete, meu avô me observa atentamente, com um sorriso nos lábios como de alguém que sabe das coisas.Passo pelo meu pai uma última vez, porque ele ainda está parado lá fora, e então jogo o tapete dentro da caminhonete, soltando um gemido de dor; o ombro chega estalou agora. Quando eu terminar de arrumar aquele loft, vou estar todo de quebrado – já estou mais ou menos, pra dizer a verdade, já que passei o resto do dia de ontem limpando aquele lugar. Mexo os ombros e braços em movimentos circulares para trás, relaxando um pouco os músculos.
— Já acabou? — Meu pai pergunta
— Ainda preciso ir no loft. Não carreguei isso tudo atoa. — Fecho a traseira da caminhonete, e visto a jaqueta jeans que deixei em cima da lateral, aquela que por baixo é revestida por um tecido macio de pelo falso.
— Eu já não mandei você parar de me responder com deboche? Também pedi para não testar minha paciência, Christian.Bufo e passo a mão nos cabelos, antes de pôr uma touca branca na cabeça.
— Tá, desculpa...eu só tô aproveitando que não estou de castigo agora, pra resolver algumas coisas, não tô fazendo nenhuma merda que teste sua paciência. — Só Deus sabe a força paranormal que eu tive que fazer pra não usar uma voz debochada pra remendar meu pai agora, só Deus sabe!
— Só chega às seis, ok? Sua mãe vai querer abrir os presentes. — Suspirando, ele passa a mão na testa. — E cuidado por aí com essa caminhonete; a estrada tá congelada.Afirmo com a cabeça, e meu pai se vira para voltar pra dentro rapidamente, provavelmente deve estar congelando de frio. Quando abro a porta da caminhonete, Alyssa grita meu nome. Suspiro e me viro.
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All For Love ✓2
Novela JuvenilLivro #2 OBS.: Sinopse possui spoiler do livro #1 Samantha Price estava de coração partido. O garoto pela qual jurava estar apaixonado por ela havia cometido um erro - o erro que ela mais temia acontecer. Depois da terrível - e quase fatídica - no...