Eu não queria ir para o colégio naquele dia, não estava afim. Tinha acabado de ficar naqueles malditos dias e eu estava um nojo, qualquer coisa me irritava. Só que a Jaque me impediu, isso era uma droga.
Cheguei naquele inferno chamado colégio atrasada, e quase levava uma advertência, sorte que consegui converser o diretor que minha mãe estava tendo um infarto, por isso que tinha chegado atrasada. Idiota, ele acreditava em tudo. Era tão fácil engna-lo.
Quatro horas depois de aula, eu estava guardando minhas coisas no meu armário, quando Zoraida apareceu alegre demais para o meu gosto. Apenas revirei os olhos e ela soube, que eu estava de TPM.
- Então, vai para festa do Italo? - perguntou abrindo seu armário e jogando suas coisas nela. Logo fechou a fina porta azul e se encostou na mesma, cruzando os braços e me olhando. Neguei com a cabeça - Por que? O colégio todo vai está lá. - disse óbvia. Revirei os olhos.
- Eu tenho que estudar para as provas, já estamos quase no fim do ano - suspirei - Preciso passar naquela faculdade que eu falei para você. - Fechei o meu armário e então, começamos a andar pelo corredor.
- Eu sei. Mas você também precisa se divertir de verdade. Ficar com a cara tempo todo enfiada nos livros não dar.
- Não posso me dar ao luxo disso. Fora que eu estou naqueles dias, então...- dei de ombros - Prefiro ficar em casa estudando ou lendo algum livro, enquanto tomo chocolate quente - falei um pouco mais alegre. Pensar em chocolate sempre me acalmava. Era tão gostoso, eu não sabia o que deveria ser mais gostoso nesse mundo, do que chocolate quente.
- Só você amiga - negou com a cabeça rindo. Então, suspirou - Tenho que ir...- olhou para as ruas movimentadas em frente ao nosso colégio público - Preciso chegar hoje no trabalho na hora certa, se não, o filho do meu chefe me mata - bufou.
- Ok. Depois nos falamos no celular - a abraçei e então cada um seguiu o seu rumo, ela parada de ônibus e eu indo pegar o metrô naquele dia.
O dia estava frio, como a maioria da vezes em New York, mas não era aquele frio que nos fazia congelar e sim, daqueles bem gostosinhos, que nos fazem suspirar. Era bom quando estava assim. Puxei mais o casaco para mim, e sai andando um pouco apressada até o vagão, já iria dar a hora do almoço e eu estava morrendo de fome.
Quando cheguei no vagão, como esperado, ele estava lotado. Fui até a minha estação e fiquei esperando em pé o meu trem, uma hora depois, quando eu estava prestes a pegar algum taxista, por causa da demora, meu trem apareceu. Suspirei. As portas se abriram, algumas pessoas saíram e outras entram, como eu.
Para minha surpresa estava, vazio, não vazia...vazio, mais o suficiente para ter vários bancos para sentar. Andei até a última parte do trem que tinha apenas três pessoas, e sentei em um dos bancos perto da janela, abraçei minha bolsa quando o trem fechou as portas e começou a sua trilha. Olhei ao meu redor, e um cara estava lendo com a cabeça baixa, uma mulher estava com um bebê no colo e um senhor de idade estava mexendo no celular
Suspirei fechando os olhos e encostando minha cabeça na janela. Quando eu voltei abri-los, olhei novamente para as pessoas em minha volta e arregalei os olhos.
O cara que estava lendo, estava com a cabeça levantada e olhava para mim fixo e bastante surpreso. Ele não era só um cara, ou qualquer cara era AQUELE CARA. Aquele que me pediu açúcar no café, aquele que tem me tirado o sono, durante ad duas semanas que se passaram.
Era ele.
Acordei suada e ofegante. Precisei de dez minutos ou mais, para me recompor ou pelo menos tentar. Me sentei na cama e olhei para o quarto completamente escuro e gelado, só estava eu em casa, não vi mais Christopher depois do almoço, logo que sai do Flet onde estava com Caleb, vim direto para casa. Suspirei.
Por que ultimamente estava tendo essas lembranças? Por Deus! Faz anos que isso aconteceu. Muitos anos. Por que o meu cérebro está tentando me lembrar disso? Quando eu não quero me lembrar de nada daquele tempo? Que Droga! Saco!
Levantei da cama e me dirigi ao banheiro, tomei uma longa ducha, meu corpo estava quente e precisava disso. Logo vesti uma uma outra camisola, só que curta e voltei para o quarto. Assim que sentei na cama notei que faltava água na minha cômada, peguei o copo e sai do quarto.
Desci as escadas e tudo que vi foi escuro, a casa toda estava escura. Como sempre, com nenhuma diferença. Caminhei até a cozinha e nem fiz questão de acender a luz, só iria pegar água e a luz da geladeira já era o bastante para mim. Peguei a jarra de água e coloquei até a metade do copo e virei com tudo o copo na minha boca, minha garganta estava seca, e quando a água desceu goela abaixo gemi.
Coloquei mais água no copo e guardei a jarra de volta na geladeira, virei para fecha com a minha outra mão vazia a porta da geladeira, mas uma respiração pesada quase perto da minha nuca me fez parar. Me virei lentamente, e gritei vendo uma sombra no meio da escuridão.
O susto foi tão grande que deixei cair o copo em minha que caiu e se despedaçou todo, voando caco de vidro e água por todo os lados próximo dos meus pés. A sombração se aproximou um pouco e eu prendi a respiração. E agora?
ྉྉྉྉྉ
Feliz Natal ♥️
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Adultério
Fanfiction|| CONCLUÍDA || +18 SINOPSE Escrevo essa carta com o propósito de lhê pedir perdão, pois tudo o que eu quero é lhe pedir desculpas meu amor, tudo o que eu quero é dizer que cometi um grande equívoco quando resolvi me afastar de você, e que este equ...