❦ CAPÍTULO OITO

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Flashback


Naquela noite eu decidi fazer diferente, ao invés de estudar na biblioteca municipal próximo da minha casa, peguei meus livros e sai pela rua atrás de uma lanchonete confortável, para que eu pudesse estudar em paz e sem me distrair. Eu amava minha cidade. Eu amava New York, e para uma simples garota estudando para entrar na faculdade, isso era insignificante.

Por que a maioria as universidades na qual estudamos para passar, ficam fora de New York, aproximadamente  100 mil km. Eu andei pelas ruas movimentadas de New York, e enfim, encontrei uma lanchonete ao meu gosto. Assim que entrei, minhas narinas foram preenchidas pelo cheiro de café e queijo, típico de lanchonete.

Encontrei uma mesa afastada das poucas pessoas que estavam no ambiente, e coloquei meus livros em cima. Arrumei cada livro e abri o meu caderno, peguei minha caneta e quando ia escrever o resumo do livro no caderno, uma voz charmosa e muito linda chamou a minha total atenção. Levantei a cabeça dando de cara com um cara sorrindo pra mim.

Meu Deus! Ele era lindo. Muito lindo.

Pois não? — me ouvi dizendo.

Posso pegar o açúcar? — apontou para o pequeno pote repleto de açúcar em minha mesa, assenti pegando o pote e estendendo pra ele. Ele esticou o braço e pegou no pote de açúcar encostando sem querer seus dedos nos meus. Automaticamente um arrepio subiu por todo o meu corpo.

Obrigado. — ele agradeceu baixo e se virou voltando para a sua mesa, meus olhos capturaram todo o seu movimento até ele se sentar na mesa na qual estava. Desviei o olhar, quando ele me olhou novamente.

Prestei atenção nos meus livros abertos e tentei, tentei muito prestar atenção ao que estava escrito. Mas era muito difícil com os olhares dele pra mim, na verdade no nossos olhares. Porque eu também o olhava com atenção. Céus ele era tão lindo, como pode existir alguém tão lindo?

Uma hora depois, ele levantou e andou até a saída da lanchonete. Mas antes, parou e me olhou mais uma vez. Meu corpo todo arrepiou com o seu olhar e ele saiu.

Suspirei. Quem era aquele cara?

Flashback off

O alarme do meu celular tocou extridente me obrigando acordar. Gemi quando o sol foi de encontro com a minha cara. Estava morrendo de preguiça de levantar. Por que diabos eu tinha que trabalhar? Quase me arrastando pelo chão, entrei no banheiro.

Meia hora depois, descia as escadas. E a Amélia já me esperava na sala. Como todo sempre, avisou que o café já estava na mesa, me esperando. Me dirigi junto com ela até a cozinha, odiava comer na sala de jantar quando não tinha ninguém para me fazer companhia. Tomei um café muito bem reforçado, vinte minutos depois, saia de casa a caminho da minha empresa de perfume e cosméticos.

Entre uma parada e outra com o sinal vermelho, meu celular tocou. O peguei de dentro da bolsa e atendi a chamada.

Bom Dia amor...— Maite saudou.

Bom Dia. Já está na faculdade?

- Não. Estou terminando o meu café... — falou baixo, provavelmente comendo algo ainda — Vamos almoçar juntas?

É claro. Onde você que ir? — me olhei no espelho do retrovisor. Eu estava linda.

Eu quero ir naquele restaurante super chique francês que um dia você me levou, lembra? Quero provar de novo os pratos deliciosos da França.

Claro. E depois? — olhei para rua vazia.

Tenho curso, mas depois dele podemos ir ao cinema. Está em cartaz um filme que eu estou louca para assistir com você — falou melosa. Muito melosa.

Ri.

Ok. Tenho uma reunião muito importante agora, mas do almoço diante estou livre — avisei — Tenho que desligar...— falei vendo o sinal ficar verde. Maite riu.

— É bom saber disso. Tchau. — desligou.

Joguei meu celular na bolsa e acelerei com tudo o carro. Meia hora depois, eu entrava na garagem da empresa de perfume e cosméticos SaviñónGloss. E quando pisei os pés na presidência, minha secretária já me cercou.

Bom Dia. A senhora tem uma reunião daqui a dez minutos, os acionistas da empresa já estão à sua espera — falou me acompanho até minha sala.

Virei para ela colocando mãos na minha cintura, minha secretária de muitos anos estava nervosa e não parava quieta. Ri de seu nervossimos. Anos trabalhando com isso, e ela ainda fica nervosa.

Respira, e se acalma — pedi — E depois arrumo os documentos e...me espere lá na sala junto com eles. Já estou indo. — falei me virado de costas para ela e sentado na minha cadeira de couro.

Suspirei quando Verônica fez o que pedi e saiu da minha sala. Seria uma longa e chata reunião pela frente...

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