❦ CAPÍTULO SETE

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Revirei os olhos passando em frente dela pegando minha bolsa no sofá. Sofia apenas me fitava de braços cruzados e muito cínica. Como alguém poderia ser tão cínica? Meu Deus! Antes de subir as escadas, a encarei também.

Como descobriu sobre Maite? — eu estava surpresa. Eu tinha o maior cuidado do mundo quando saía com ela pela rua, e nem mesmo, algum paparazzi idiota nos fotografou juntas. Como ela soube?

Ahhh Dulce...— Sofia olhou em volta — Eu sei de tudo. Se lembra que foi eu, que te alertei que Christopher te traia? Ou não? — sorriu de lado. Quis revirar os olhos mais fiquei na minha. Hã!

Ela nem precisou falar. Eu já sabia. Uma mulher sabe muito bem, quando o seu namorado ou marido está pulando a cerca. Era tão, mais tão óbvio pra mim naquele tempo. Quando ele chegava de madrugada em casa, ou quando se deitava ao meu lado pura a bebida. E as festas que foi sem mim. Ou quando as viagens começaram a ser longas e muito, bastante, demoradas, quando ele mesmo colocou senha no celular dele ou quando o sexo ficou raro entre a gente. A ponto de nem ao menos existir mais.

Ela não precisava me lembrar disso. E nem ao menos falar sobre isso. Ela só deveria ficar na dela e sumir dessa casa, Sofia as vezes era tão insuportável.

O que você quer? — perguntei séria.

Dulce Dulce...— se aproximou de mim — Eu queria muito que você não tivesse traindo o meu irmão — negou com a cabeça — Por que não o traiu comigo? Por que preferiu uma vagabunda de esquina do que eu?

Não fale da Maite desse jeito. Você não a conhece e enquanto ao seu irmão, está tudo resolvido. Ele me trai por ai e eu faço o mesmo. — dei de ombros — Você é louca, eu posso ser uma vadia agora, mas jamais Sofia...— me aproximei mais ainda dela, ficando cara a cara — Jamais trairia o Christopher com a própria irmã dele, eu não teria tamanha coragem.

Mas trai ele com qualquer um que te interessar, não é? — disse irritada — Você não passa de uma mal amada que tem que se esfregar em qualquer um, para se satisfazer. Igual a uma cadela no cio. — rosnou com olhos cheios de raiva.

Eu poderia ter revidado a ofensa. Poderia ter dado um tapa na cara dela, mas eu não fiz isso. Eu não fiz nada. Apenas a encarei sem me deixar abalar, porque no fundo eu sabia que era a verdade. A mais pura e difícil verdade pra mim.

Por que não se assume para sua família? Por que não fala a verdade? Que é lésbica e é louca por mim? — debochei.

Ela riu forçado e estreitando os olhos para mim. Sua face  estava quente, pegando fogo de tanta raiva. Nunca vi ela assim antes, até agora. Ela negou com a cabeça.

Se ache menos Dulce. O que eu quero com você é exatamente, o que vocês faz por aí com outras pessoas — ela começou apertando os olhos cinza claros.

— O que você quer para ficar calada Sofia? Fale logo, não tenho todo o tempo do mundo para você e suas idiotices — revirei os olhos já cansada com essa conversa.

O que eu quero, você não quer me dar. — bufou irritada.

Isso não — falei passando por ela subindo as escadas — Isso jamais Sofia. — sussurrei passando pelo longo corredor. Entrei em meu quarto e tranquei a porta. Só por garantia, passei pela janela que estava aberta e vi Sofia sair da mansão com cara nada boa, entrou dentro de um dos carros da casa e o motorista deu a partida.

Com um suspiro, caminhei até o banheiro e tomei uma longa ducha. Vesti uma camisola seda preta, e me joguei na cama pensando no dia de hoje. Minutos depois, me virei para o lado esquerdo da cama, onde deveria está Christopher e adormeci.

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