Adultério

❦ CAPÍTULO DEZOITO

Acordei cedo, era estranho acordar e não ser em seu quarto, ver sua coisas e na sua cama, era muito estranho. Maite dormia tranquila ao meu lado, por isso, com todo cuidado, sai da cama e peguei meu celular em cima da comada vendo as horas.

06:20 da manhã.

Corri para o banheiro e tomei uma ducha rapida, vesti a calcinha e o sutiã que tinha trago e coloquei novamente a mesma roupa que tinha vindo pra cá ontem.

Quando sai do banheiro, Maite já estava acordada e falava ao celular, eu ia passar direto, mas parei no meio do caminho, quando percebi que ela falava com o meu celular.

— Só um instante...— Maite pediu e estendeu a mão pra mim.

Quem ela pensa que é para atender o meu celular? Ela olhou para minha cara e logo percebeu que fez algo errado.

— Quem é? — murmurei com raiva.

— Uma tal de Natália....— respondeu baixo.

Peguei o celular e me afastei um pouco dela que me fitava com atenção.

— Alô?...— falei.

— Dulce é a Natália Miller. Acho que lembra de mim, não? — perguntou simpática.

— Lembro sim. O que devo a sua ligação?

— Primeiro eu queria pedir desculpas por ligar tão cedo, mas estava com medo de você ter um outro compromisso e não poder ir comigo. Mas eu gostaria de te convidar para um almoço...sabe entre amigas...claro, se você me considerar uma amiga — disse calma.

— Ah...claro. Só nós duas?

— Vou convidar mais umas duas amigas, ok pra você?

— Tudo bem. Aonde?

— Sabe aquele restaurante que fica perto do Shopping do centro? Ele é novo.

— Acho que sei...

— Lá pelas 13:00. Ok?

— Ótimo. Bom Dia Natália.

— Bom Dia Dulce.

Desliguei o celular e virei para Maite.

— O que te deu para atender o meu celular?

— Estava tocando — deu de ombros — Me desculpa....

— Não desculpo não. Não é a primeira vez que você faz isso. Sabe que eu não gosto que mexam no meu celular. Isso me irrita, me dá raiva...— bufei.

Ela ficou calada.

— Não faça mais isso, tá? — falei um pouco mais controlada — Se tocar, deixar tocar até eu chegar ou atender. Mas nunca mais toque no meu celular. Estamos entendidas?

— Mas...

— Estamos entendidas Maite? - perguntei bem séria.

— Sim...— murmurou e se aproximou de mim me abraçando — Não quero brigar com você amor...— beijou meu rosto.

Suspirei.

— Só não faça mais isso.

— Quem é Natália? — me encarou.

— É uma amiga. É a mulher de um amigo do meu marido — respondi me afastando e pegando minha bolsa — Já vou. — avisei.

— Ok. — suspirou.