Adultério

❦ Capítulo 161 ❦

Dulce Maria

Antes mesmo de abrir os olhos, eu sabia que tinha alguém comigo. Podia ouvir as vozes conversando alto demais, minha garganta estava muito seca e minha cabeça doia um pouco.

Fora meus lábios que formingava.

Um formigamento bom, gostoso.

Relutei muito em abrir os olhos.

Eles pareciam grudados.

Mas eu precisava saber aonde estava.

Então, devagar abri os olhos.

Ouvi um grito e um choro, enquanto meus olhos tentavam focar em algo.

A primeira coisa que vi foi um teto branco, e muita luz. Fechei os olhos e voltei abri-los já esperando essa luz, fiquei um tempo parada olhando o teto branco até ver duas cabeças.

Duas mulheres me olhavam.

Elas choravam.

Xxx: Você voltou! Você acordou filha! - tentava me abraçar do jeito que dava.

Zzz: Vou chamar alguém! - saiu.

Eu tentei falar algo mas não conseguia.

Xxx: Ah minha querida. - tocava em meu rosto - Que saudade de olhar para seus olhos tão lindos filha...

Filha...

Franzi o cenho.

Tentei sentar mas percebi que meu corpo estava todo enrolado.

Xxx: Filha eu te ajudo! - me ajudou a sentar levantando a cama um pouco.

Pude ficar sentada de forma confortável.

De repente, três homens de uniforme entraram no quarto e um deles foi pra cima de mim e quase me cegou com uma luz que jogou em meus olhos.

Eee: Vou falar com o médico agora.

Ppp: Mas é importante não deixa-lá agitada por favor - pediu o outro.

A mulher que chamou ele estava chorando e a outra apontava pra mim.

Xxx: Graças a Deus ela acordou! Chame logo o médico...- pediu.

Quando uma voz soou atrás do três.

Qqq: O que está acontecendo aqui?

Os três homens saíram da minha frente e um cara me olhava assustado, na verdade, bem assustado mesmo, e sem mais nem menos se jogou em cima de mim abraçando minha cintura.

Qqq: Ahhhh meu amor. Você acordou, finalmente você acordou - e do nada encostou seus lábios no meu e me beijou de forma desesperada.

Zzz: O que ainda estão fazendo aqui? Vão logo chamar o médico!! - mandou.

Fiquei paralisada.

O cara continuava me beijando.

Tempo depois ele se afastou e fitou meus olhos de forma apressada.

Eu continuava de boca aberta parada.

Tentei falar algo e não consegui.

Torci e o encarei.

Dulce: Quem é você? - falei baixo e devagar - Quem são vocês? - olhei para as duas mulheres que arregalaram os olhos assim que abri a boca.

Qqq: O quê? - murmurou o cara.

Um homem de jaleco entrou no quarto.

Médico: Acordou Dulce. Como se sente? Está se lembrando de algo? - ficou ao lado da cama, na verdade, ao lado do cara que ainda me olhava paralisado, na verdade, me olhava com seus olhos extremamente cheios de lágrimas e medo.