❦ CAPÍTULO CINQUENTA E DOIS

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(...)

Quando consegui levantar andava torta, ele tinha sido muito violento, andei até o banheiro e passei uma água no rosto. Me encarei no espelho e vi o lixo sendo meu reflexo.

Entre no chuveiro e me lavei, sentia dores muito forte e sangrava, me sentei no chão do banheiro e comecei a chorar. Meia hora depois, trocava os lençóis da cama e deitei.

Fechei os olhos querendo dormir e esquecer o que aconteceu. Acordei com um puxão muito forte no cabelo, Blanca tinha me jogado da cama para o chão. Atrás dela estava Jhon que sorria pra mim.

- Vagabunda - me deu um tapa.

- O que eu fiz? - segurei as lágrimas.

O quarto já estava claro. Já era de manhã.

- Não se faça de abestada sua vadia. - me deu outro tapa - Jhon me contou que você queria dar pra ele sua vagabunda. QUERIA DAR PARA O MEU HOMEM VADIA? - Começou a me bater com ódio nos olhos.

Tentei desviar dos seus tapas mas era impossível. Deixei que me bastasse quando terminou, começou a falar.

- Você foi um erro que tive. Deveria está morta isso sim....vagabunda. - me deu mais um tapa - Procure um macho pra você e deixe o meu em paz sua cadela mal amada - disse saindo do quarto, Jhon me olhou jogando beijos e saiu com ela do quarto.

Soluçei baixo.

Quando pensei que tinha acabado, ela voltou com ele e me puxou pelos cabelos de novo.

- Quer saber? Cansei de sustentar vadia. Você não é prostituta? Vai morar com o teu cafetão então vadia - abriu a porta de casa e me jogou para fora. Morávamos em um apartamento, por isso, fiquei no corredor. - Não pise mais aqui. - fechou a porta.

Me encolhi chorando.

Uma vizinha abriu a porta da casa dela por causa da gritaria e me viu daquele estado.

Eu estava com o rosto enorme de enxado, os lábios cortados, os olhos roxos e enxados. Meu corpo tinha machucados. O desgraço fez um belo estrago em mim ontem.

- Meu Deus...Dulce? - se aproximou de min - Eles fizeram isso com você? - eu assenti chorando.

Ela olhou para a porta de onde eu sai quando ouviu uns gemidos altos. Chorei mais ainda.

- Venha vamos para casa. - me puxou delicadamente. Entrei na casa dela e sentei no sofá, ela foi buscar uma água com açúcar pra mim já que eu me tremia toda. Peguei o telefone fixo dela e digitei um número decorado.

Levei ao ouvido.

- Alô? - Christopher disse com voz de sono.

- Ch..ri..s...- murmurei aos plantos.

- Dulce? O que foi? - sua voz de sono ficou para assustada e estava preocupada.

- Es..tou pre...cisando d.e vo..cê - falei entre os soluços - M..e a..juda?

Flashback off

Meu celular tocou me tirando daquela infeliz lembrança. O peguei do banco de trás e atendi a chamada vendo que era Christopher.

- Onde você está? - ele falou antes de eu abrir a minha boca - Já são 13:30.

- Nossa... Desculpa. Estou entrando - desliguei.

Como eu passei tanto tempo aqui?

Peguei minha bolsa e sai do carro.

Entrei do restaurante e vi Christopher sentado bebendo um vinho. Quando me viu levantou da cadeira e eu me aproximei.

- Por que demorou tanto? - franziu o cenho analisando o meu rosto - Andou chorando?

- Não - menti sentando na cadeira e deixando minha bolsa em outra. Christopher sentou de novo me encarando.

- Andou sim. O que foi? - pegou minhas mãos.

- Não é nada. Tá? - sorri de lado - Já pediu? - olhei para os lados.

- Dulce o que foi? Você sai de casa alegre e na hora do almoço, está com os olhos um tanto vermelhos e com cara triste.

Suspirei.

- O que foi gatinha? - se aproximou mais de mim - Ainda é por causa de ontem?

- Não...- murmurei - Minha mãe ligou.

Ele ficou me encarando.

- Ahh..- torceu a boca - Ainda está doente?

- Não. Na verdade eu e ela nunca nos acertamos de verdade, sabe? Eu perdoei ela por tudo que me fez, mas ela continua fria comigo, querendo só dinheiro.  E não querendo saber de nada a respeito de mim. Quando ela fica doente, eu vou na casa dela e cuido dela - falei a verdade. Eu ia na casa dela cuidar dela quando ficava doente - Mas ela nem se importa com isso - dei de ombros.

- Ela continua jogando?

- Nunca parou....- sorri nervosa - Ela já tirou de mim quase 1 milhões de dólares, só com esses "me empresta dinheiro". E eu dou, porque não quero ve-la presa ou coisa pior.

Ele ficou calado.

- Pensei que ela tinha mudado, depois de tudo aquilo...- ele negou com a cabeça - Que vocês se dessem bem agora. - ele bufou - Blanca é....

- Eu sei. - Murmurei.

- Lembrou daquilo, não Foi? - apertou minhas mãos na sua.

- Sim. - neguei com a cabeça - Mas não quero falar sobre isso - pedi. - Estou com fome.

- Já pedi. E dessa vez não pedi uma salada.

Ri.

- Percebeu foi?

- Eu não sabia ao certo o que pedia para você, Anahi começou a falar que todas as mulheres gostam de salada ai eu pedi. Mas reparei a sua cara de indignação sobre a minha escolha.

- Pediu o que pra mim agora?

- Um prato de comida típica novaiorquina.

- Que bom - suspiriei - Estava com vontade de comer isso mesmo.

- Gostou das flores?

- Eu amei....- sorri - Tirei foto e tudo, tá?

- Que bom. - olhou ao redor e pegou uma sacola de baixo da Mesa. Abriu a mesma pegando uma caixa preta deixando a sacola no chão.

Reconheci a estampa da sacola.

Era a joalheiria que eu levei Maitê uma vez.

- Sou doido de dar pra você isso aqui. Mas eu não aguentei esperar mais. - me estendeu a caixa preta, eu a peguei - Espero que goste.

Olhei pra ele um tempo, e meus olhos se prenderam na caixa. Abri a mesma degavar e tive dificuldades para respirar.

- Chri..st..ophe..r - levei minha mão à boca.

Era o colar de 1,5 milhão de dólares. O  topázio azul delicado, lindo, e muito caro.

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