❦ CAPÍTULO 102 ❦

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POV Christopher Uckermann

A porta daquela ala estava aberta, tinha apenas uma mulher, um médico e uma criança de uns dois anos e ele chorava muito.

- PAPA....- gritava - QUER ME PAPAAAAAAA

- Filho por favor, seu pai ele não está. - a mulher tentava abraçar o menino e ele a empurrava

- QUEEEEEEER PAPAAAAAAAA - gritou chorando muito - QUEEEEEEEEEEEEEEER PAPAAAAAAAA

- Cadê o pai dele? - o médico perguntou á mulher.

- Ele n..

- Senhora se o pai dele não aparecer, ele pode piorar, o estado emocional dele está bagunçado e a única coisa que pode "ajeitar" é dando o que ele quer, ou seja, o pai dele.

- QUEEEEEEEEER MEU PAPAAAAAAAAAA - o menino gritava tanto que estava vermelho.

Não sei bem o que me deu, na verdade, foi um impulso, o menino era um bebê, e só queria o pai, e então sem pensar, me aproximei.

- Eu sou o pai dele! - falei pegando o menino no colo que imediatamente parou de chorar.

A mulher arregalou os olhos.

- Você....- ela foi enterrompida pelo menino que me abraçou e me chamou de "papa" de forma baixa - Meu Deus....- sussurrou chorando.

- Estou aqui...- murmurei o abraçando.

Fim PVO

- Eu não consegui me conter, eu tive que pegar aquele menino, e a partir dali eu virei o pai, eu virei o que ele mais queria. - Christopher respirou fundo - Depois desse episódio, ele não quis mais sair do meu colo, e Belinda no começo foi contra, mas ela mudou de opinião depois que viu que Lorenzo tinha melhorado muito o quadro dele.

- Quem é o pai dele? - sussurrei.

Christopher respirou fundo.

- Dulce eu sou o pai dele. Eu, só eu. Mas Belinda teve um relacionamento com um cara ai que quando descobriu que ela estava Grávida não quis assumir e sumiu no mundo. Lorenzo nasceu e foi diagnosticado com leucemia...

- Meu Deus...- levei minha mãos á boca.

- Tão pequeno e tão sofredor. Quando descobri que ela era o irmão do médico que estava cuidando do meu caso, virou tipo família. Ela e Christian concordaram que eu botasse o Lorenzo com o meu sobrenome. Eu fui e sou o pai dele. Belinda trabalhava em uma empresa e ganhava pouco, e não tinha tempo para cuidar de Lorenzo, Christian ganhava o suficiente para mante-los, mas as despesas com os medicamentos de Lorenzo, ia quase todo o salário dele. E então, eu quis sustenta-los, eu já tinha me apegado ao menino, ele era aquilo que eu precisava no momento, no começo negaram, mas depois aceitaram. Por isso, eu sustento eles. Belinda foi sofredora, ela tinha que cuidar dele, do trabalho, do pai alcoólatra que morreu um tempo depois que Lorenzo tinha quatro anos.

Fiquei calada.

- Com o tempo eu e ela ficamos próximos, muito próximos, viramos muito amigos, tanto ela e Christian. Eu queria que ela tivesse uma vida boa, uma vida que ela merece. Por isso, que dou tudo o que ela e Lorenzo merece, que precisa, que gostaria. Lorenzo ainda está doente, quando Belinda me ligou na noite que estavamos conversando, era porque ele tinha tido mais uma crise...- se aproximou de mim - Eu nunca coloquei ela na sua frente, ela nunca foi a primeira em minha vida, sempre foi e sempre vai ser você. Só que Lorenzo também ocupa esse espaço com você. Ele não pode ser o meu filho de sangue mas eu o amo tanto...

- O que realmente veio fazer no Brasil? - meu coração estava acelerado com a descoberta.

Lorenzo não era filho do Christopher. Ele nunca tinha me traído. Christopher estava doente.

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